AVANÇO DO BRASIL NA EDUCAÇÃO
PERDE FÔLEGO, REVELA O PISA
Especialistas
divergem sobre razões da mediocridade que assola nossa educaçao, mas concordam sobre o futuro: para
acelerar, é preciso promover mudanças profundas
Fonte: Veja.com
“Saiu hoje o resultado do PISA, a maior avaliação realizada no planeta sobre desempenho de alunos que é coordenado pela OCDE. Vejam a vergonha que é o nosso país, em especial o nosso estado Mato Grosso. Esse artigo eu mando especialmente aos “gênios” que comandam a educação nas escolas de nosso estado e aos críticos plantão” (Alacir Arruda)
O ensino nas escolas públicas
brasileiras é, em geral, muito ruim. Ponto. Resta saber se ele está melhorando.
O relatório do Pisa, mais importante avaliação da educação internacional,
publicado nesta terça-feira mostra que a formação oferecida nas escolas
(públicas e privadas) do país vem avançando desde 2000, quando a primeira
edição do levantamento foi lançada. Contudo, o movimento ascendente vem
perdendo força muito antes de colocar o Brasil ao lado dos melhores ou até
mesmo dos medianos. Isso faz com que especialistas sentenciem: para avançar
mais, o país terá que promover reformas profundas. "Não cresceremos mais
sem isso", diz Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação,
ONG que atua ao mesmo tempo vigiando e propondo políticas públicas.
Comparadas as notas das avaliações de 2009 e 2012, o Brasil — 58º do
novo ranking — caiu em leitura (412 pontos para 410), marcou passo em ciências (405) e registrou melhora em matemática (386 para 391).
Praticamente estagnado na faixa dos 400 pontos, o país permanece distante dos
líderes do levantamento — a província chinesa de Xangai, por exemplo, com média
geral de 588 pontos — e se mantém na vizinhança de nações como Albânia,
Tunísia. A pontuação não é decorativa.
Estar na faixa dos 400 pontos significa possuir jovens que, em média, possuem baixíssimo nível de
proficiência. Notas em torno dos 600 são sinal de que os estudantes dominam
habilidades refinadas fundamentais para lidar com tarefas do dia a dia,
incluindo o trabalho. Isso porque o objetivo do Pisa não é descobrir se os alunos
memorizaram conteúdos vistos em aula, mas, sim, se conseguem usar conhecimentos
aprendidos para solucionar questões semelhantes às vividas fora da escola.
O Brasil só se destaca no Pisa quando se olha para a ascensão medida na
prova de matemática. Entre 2000 e 2013, o país registrou a segunda maior
evolução em número de pontos entre todas as nações participantes da avaliação;
entre 2003 e 2013, foi o primeiro: alta de 35 pontos. Vale ressalvar, contudo,
que o ponto de partida nacional era bastante baixo: 334 pontos. De 2009 para
2012, o avanço foi de cinco pontos. No mesmo período, Xangai afrontou a tese
que é impossível continuar subindo quando já se está no topo e avançou 13, batendo nos 613 pontos.
São 222 pontos a mais do que o Brasil.
A favor do Brasil, o relatório do Pisa e Priscila, do Todos pela Educação,
ponderam que a qualidade do ensino avançou, ainda que não na velocidade
desejada, ao mesmo tempo em que o sistema de ensino nacional incorporava
estudantes e reduzia o atraso deles nos ciclos escolares. Em 2003, a parcela de
alunos com 15 anos que não haviam chegado sequer ao sétimo ano era de 35%, taxa
que caiu para 22% no ano passado. No mesmo período, a percentagem de jovens
daquela idade matriculados passou de 65% para 78%. "Essa população é
aquela com nível socioeconômico mais baixo, com pior desempenho escolar. Isso
puxa para baixo a média do país nos indicadores", diz Priscila.
A consultora em educação Ilona Becskeházy reconhece o desafio do sistema
de ensino brasileiro de incluir jovens e melhorar ao mesmo tempo. Ainda assim,
avalia que o avanço tem sido modesto. "É um aumento vegetativo. O acesso à escola foi ampliado, mas a qualidade evoluiu muito pouco", diz.
As duas especialistas concordam que o sistema só terá fôlego para crescer mais
e mais rápido se promover mudanças profundas.
Para isso, seria preciso, por exemplo, estabelecer um currículo para o
ensino básico a ser seguido por todas as escolas, determinando aonde o sistema
de ensino pretende chegar, além de preparar professores para abordar aquele
currículo. Mais: dedicar atenção especial aos alunos com pior desempenho e ampliar o número de crianças que frequentam a pré-escola. "O
desafio é melhorar melhorando os piores. Até agora, colocamos na escola
parcelas da população que estavam de fora dela, mas ainda não sabemos como
ensinar a elas o que é necessário", diz Priscila. Ilona completa: "Os
países que têm feito grandes reformas, como o Chile, elevam o desempenho dos
mais fracos e fazem com que as condições socieconômicas não sejam tão
determinantes no resultado dos alunos."
Avaliar para mudar
O Pisa (Programme for International Student Assessment) é uma avaliação
realizada a cada três anos pela OCDE, Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico. Participam estudantes com 15 anos de idade. A
avaliação pretende aferir o quanto os alunos aprenderam em sala de aula, mas
também se conseguem aplicarconhecimentos
na solução de problemas reais. Outro objetivo da avaliação é fornecer subsídio
para políticas de educação. Em 2012, 501.000 jovens de 65 países ou regiões
econômicas delimitadas (caso de Xangai) aplicaram a prova. No Brasil, foram
19.877 estudantes, divididos em 837 escolas.
Alacir...vc provoca demais...O Homem que provoca!! Rss
ResponderExcluirprofessor queria saber quando vai ser marcado o café filosófico e os temas
ResponderExcluirProfessor, também gostaria de saber do café filosófico, referente ao local. Em sala o senhor já deixou claro que o horário seria às 7 pm e o dia seria sábado, mas o local ainda estava por decidir.
ResponderExcluirOlha ainda não consegui o local....tem um aluno da Administração que ofereceu a casa dele no santa rosa...hoje a noite vou definir ok..e amanha posto no Blog
ResponderExcluirQuanto ao Tema sera "FREUD DA HISTERIA AO EGOISMO"
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