quinta-feira, 18 de abril de 2013



PÉROLAS DO ENEM - Nova Safra!
 
Não devemos levar a vida tão a sério..rir é bom... 
 
1) - Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.
(Já imaginou?)
 
2) - A harpa é uma asa que toca.
(Imagine a definição para Trombone de Vara...)
 
3) - O vento é uma imensa quantidade de ar.
(Não tinha pensado isso... )
 
4) - O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
(Só faltou completar que esse movimento é um braço armado do MST!)
 
5) - Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os
'mortos pudessem viver melhor.
(Nada mais justo. Não dá para viver a eternidade desconfortavelmente...)
 
6) - Péricles foi o principal ditador da democracia grega.
(Isso. E Stalin foi o principal seguidor de Mahatma Ghandi... )
 
7) - O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de
'necessidades.
(deve ter raciocinado com abundância e não com o cérebro...)
 
8) - O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se
afogavam dentro d'água.
(Sim, por isto o Petróleo é preto. Está de luto...)
 
9) - A principal função da raiz é se enterrar.
(Profunda!!! )
 
10) - A igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela.
(Podemos concluir que a culpa é do Papa, que seria o VP de Marteking!). E a
Companhia de Jesus seria > '>'a mais antiga das SA's.)
 
11) - O sol nos dá luz, calor e turistas.
(Esse com certeza é cearense ou baiano. )
 
12) - As aves tem na boca um dente chamado bico.
(É para ficar de queixo caído! Ou melhor, de porta bicos caído...)
 
 
13) - A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que
realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário.
(Simples, não???)
 
14) - Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
(Assim, todo discurso de político é uma Lenda. )
 
15) - O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro.
(Se o cara é vesgo, o nervo dele deve transmitir idéias tortas e
Sombreadas, talvez??...)
 
16) - A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.
(Se Marco Polo tivesse viajado para a África, teria sido a pestenegra,
então..)
 
17) - Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem,
comem por duas vezes.
(Impressionante!!!.)
 
18) - O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.
(Ufa... que alívio! Já o seu cérebro?!)
 
19) - Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se
for empalhado.
(Superou qualquer expectativa! Como vc está vivo?...)
 
20) - A insônia consiste em dormir ao contrário.
(Perfeito. Morrer deve ser viver ao contrário...)
 
21) - A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.
(Melhor pular essa.... )
 
22) - A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos
escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país.
(É... E ainda faltam muitas para comentar.... )
 
23) - O Chile é um país muito alto e magro.
(Coitada da Espanha...)
 
24) - As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia.
(Essa deve ser a mais "marcante" de todas. )
 
25) - O batismo é uma espécie de detergente do pecado original.
(Já a confissão poderia ser o sabonete, para uso diário... )
 
26) - Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não
estavam de acordo se envenenavam.
(Pensando bem, não é má idéia. Leu essa Dilma?)
 
27) - A prosopopéia é o começo de uma epopéia.
(E a centopéia???)
 
28) - Os crustáceos fora d'água respiram como podem.
(Coragem meu alunos, faltam poucas.)
 
29) - As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite.
(Que perspicácia! )
 
30) - Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.
(Já pensou se a pergunta fosse "o que são xifópagos"???)
 
31) - As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de
cuspir.
(Bem, já chegamos até aqui.... )
 
32) - A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos.
(CEGOS DESSE MUNDÃO... TENHAM FÉ!!!)
 
33) - Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia.
(O que que é isso???!!!!!)
 
34) - O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas.
(....)
 
35) - A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.
(Faz sentido...)
 
36) - O Ateísmo é uma religião anônima.
(Não lhe perguntem sobre o Politeísmo, pelo amor de Deus!)
 
37) - A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de
três minutos.
(Ai, Jesus...)
 
38) - O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo.
(Fala sério... Não dá uma sensação de vazio, de impotência?...)
 
39) - Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto.
(Graças a Deus, só falta uma..... )
 
40) - Caracter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas
por um indivíduo após manter relações sexuais.
(Imagina a aparência de uma prostituta depois de 15 a 20 anos de "Modificações morfológicas")


Freud e à Religião

Por. Alacir Arruda


– Freud é considerado um dos maiores nomes da ciência no século XX. Em seus vários inscritos, manteve sempre um postura racional na avaliação do homem e sua relação com os fenômenos sociais, dentre eles a Religião. O Mal-Estar na Civilização é um livro em que Freud descreve sua teoria sobre a religião e a moral. Em linhas gerais, ambas representam, para Freud, uma repressão sobre as pulsões humanas, tanto as de vida quanto as de morte, na medida em que pregam valores sobre-humanos como os de modéstia, caridade, solidariedade, paz, todos valores que supostamente se realizariam numa época vindoura e extra-terrena, mas que já poderiam começar a ser realizadas na vida terrena. Mas esses valores são anti-humanos porque supõem, segundo Freud, a repressão dos instintos mais básicos, que são sempre egoístas.

– No item I do livro, Freud destaca a idéia de sentimento oceânico – levantada por seu amigo Romain Rolland, colocando-a sob a crítica da psicanálise. Freud introduz o texto com um breve questionamento dos valores sociais. Afirma que há duas ordens de pessoas admiráveis, aquelas que admiramos mas que não queremos imitar, e aquelas que admiramos e queremos imitar. A primeira diz respeito às pessoas cujos valores são os de caráter ético; essas pessoas são admiráveis, mas ninguém quer imitá-las. A segunda diz respeito às pessoas cujos valores são o poder, o sucesso e a riqueza; essas pessoas são admiráveis, e todos querem imitá-las. Freud considera seu amigo Rolland como uma pessoa da primeira ordem; um ser excepcional. Mas Freud quer questionar seus princípios (valores), o que significa igualmente questionar sua própria pessoa.

 – Freud tinha enviado a Rolland um livro expressando sua opinião sobre a religião: a religião é uma ilusão. Rolland, que era religioso, afirmara não ter Freud compreendido a verdadeira fonte da religião, uma espécie de sensação de eternidade, um sentimento de algo ilimitado, sem fronteiras – oceânico, por assim dizer (p. 81). A religião seria, para Rolland, apenas um expediente de expressão deste sentimento profundo, um sentimento de divindade que o ser humano sente em face de sua pequenez. Poder-se-ia aniquilar a religião que o sentimento permaneceria no íntimo do ser humano.

– O questionamento de Freud é simples; representa o paradigma do questionamento psicanalítico da religião. Freud afirma que ego maduro designa algo autônomo e unitário, distintamente demarcado de tudo o mais (p. 83). No entanto, este ego, no início de sua vida, ainda no recém-nascido, não era precisamente demarcado, isto é, o bebê ainda não se percebia como diferente do mundo e o mundo como diferente de si. Ambos, bebê e mundo mantinham uma unidade. Isso ocorre sobretudo na vida uterina, onde há unidade entre o bebê e seu ambiente.




-No entanto, há interrupções nesta relação. A separação entre bebê e o útero é a primeira interrupção, a separação entre o bebê e o seio da mãe também. O bebê passa a se sentir desamparado com essas interrupções e sonha com a unidade perdida. O ego maduro ainda conserva, inconscientemente (mente inconsciente), memórias deste elo perdido com o ambiente e, via de regra, regride a estágios anteriores da infância em busca dele. Ora, este sentimento oceânico (que Freud diz não encontrar em si mesmo, mas que admite existir na maioria dos seres humanos), representa, para Freud e a psicanálise, uma expressão do elo perdido com o universo, com algo maior, mais perfeito, preenchedor, poder-se-ia dizer.

 – Em suma, tanto a religião quanto a suposta fonte inspiradora da mesma são, para Freud, apenas funções de uma mente cindida entre um ego autônomo e um ego ainda retido nas relações com o mundo externo, quer dizer, funções de uma mente psiconeurótica: a origem da atitude religiosa pode ser remontada, em linhas muito claras, até o sentimento de desamparo infantil (p. 90).

– Logo, os verdadeiros valores sociais são aqueles do segundo tipo de pessoa, expressão do nosso egoísmo natural, o que põe por terra todos os valores ético-religiosos.

sábado, 6 de abril de 2013


A SIMBIOSE DA VIDA MODERNA

Por Alacir Arruda
       

Outro dia assisti a uma cena do cotidiano que, apesar de corriqueira, jamais havia atentando. Como as pessoas são dependentes de celulares! Sobretudo, os celulares modernos. Estava sentado em um Café no centro da cidade quando passei a observar as pessoas na rua, algumas chegavam a tropeçar nas calçadas por estarem com o olhar fixado na tela de seus celulares, não enxergavam um palmo a sua frente. Caminhavam como robôs hipnotizados com seus “brinquedinhos”. Isso me fez questionar! E se alguém,   ao passar por eles,  desse um singelo Bom Dia? Será que se lembrariam o que é isso?
Há algumas gerações, os indivíduos têm nascido imersos nesse paradigma denominado “sociedade digital” e são envolvidos por essa cultura. Vêem como natural operar e orientar seus processos subjetivos mais diversos e fundamentais no consumismo, na fugacidade, no culto à aparência, na imagem e em tantas outras estampagens de sua identidade, ou identidades. “Trata-se aqui do que Freud designou como sistemas de ilusões coletivas e como ideais de ego da cultura, e do que Marx designou como ideologia” (Ibid., p. 67).
Assim sendo, esse ideal consumista, que chega até mesmo a ser definidor da atualidade, não é simplesmente um “complô de sinistros especuladores. Antes de qualquer coisa, ele é um grande movimento cultural, talvez, o maior na história de nossa cultura desde o cristianismo’’(Calligaris, 1999, p. 31).
Com efeito, podemos observar que o Shopping Center substitui a Igreja ou a Catedral como referência arquitetônica da cidade. As imagens idolatradas, agora cobiçadas, são, sobretudo, aquelas expostas nas vitrines de lojas suntuosas. A sociedade atual cultiva o imediatismo, a fugacidade, o simulacro e, acima de tudo, se orienta pelo e para o consumo. O templo do consumo acrescenta às antigas dívidas contraídas pelos cristãos com Deus, as dívidas contraídas com os credores: sacerdotes do sistema financeiro pós-moderno.
A “hipertrofia da economia capitalista”, como diz Costa (2004, p. 131), “diluiu esferas da vida social, como a política, a religião e a tradição familiar em um consumismo hedonista e narcisista [...]” sendo estes, hedonismo e narcisismo, os principais estruturantes do sujeito atual.

Basear a identidade no narcisismo significa dizer que o sujeito é o ponto de partida e chegada do cuidado de si. [...] Família, pátria, Deus, sociedade, futuras gerações só interessam ao narcisista como instrumentos de auto-realização [...]. O hedonismo, por sua vez, é um efeito desta dinâmica identitária. O narcisista cuida apenas de si, porque aprendeu a acreditar que a felicidade é sinônimo de satisfação sensorial. Assim, o sujeito da moral hodierna teria se tornado indiferente a compromissos com os outros – faceta narcisista – e a projetos pessoais duradouros – faceta hedonista. (Ibid., p.185)

À primeira vista, somos levados a acreditar que, com a inserção desses novos valores, os antigos são abandonados ou substituídos. Entretanto, o referido autor descarta a hipótese da substituição e diz que há, na verdade, uma “re-hierarquização dos valores tradicionais sob o dossel da moda” (Ibid., p.131). Os valores que norteavam fortemente os sujeitos na modernidade continuam presentes na subjetividade dos sujeitos pós-modernos, porém, subjugados e enfraquecidos, literalmente fora de moda.
Atualmente “[...] a maioria dos indivíduos urbanos elegeram o bem estar e os prazeres físicos como a bússola moral da vida” (Ibid., p. 131). Logo, grande parte dos sujeitos pós-modernos busca um ideal de felicidade que está, sem dúvida, intimamente ligado à dinâmica psíquica designada por Freud (1911/2004) de Princípio do Prazer, maneira pela qual interagimos com o mundo nas fases iniciais da vida. “De início as pulsões só procuram descarregar-se, satisfazer-se pelos caminhos mais curtos” (Laplanche & Pontalis, 2001, p. 367). Contudo, a vida em sociedade impõe o funcionamento psicológico pautado no Princípio da Realidade que: exige um mínimo de relações interpessoais. Tenho saudade de um tempo onde um simples Bom Dia bastava...