quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CLASSIFICAÇÃO DAS  MELHORES ESCOLAS DO PAÍS: DADOS DO INEP...

Por Alacir Arruda

O Ministério da Educação (MEC), através do INEP divulgou, na manhã desta terça-feira (26/11), as notas médias das escolas de todo o país no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. Essas notas devem ajudar as escolas a elaborar estratégias para melhorar a qualidade do ensino.  O MEC torna público apenas os resultados de instituições de ensino em que pelo menos metade dos estudantes tenha feito o teste do Enem no ano passado. Para entender melhor  esse  ranking, o Colégio Maxi de  Cuiabá, que  foi o primeiro colocado do Estado de Mato Grosso, com uma  media de 616 pontos  (menos a redaçao), não figura nem entre as 350  do país.   Para se ter uma  idéia do nível educacional do nosso Estado, com essa nota, 616 pontos,  um aluno não entra nem em Pedagogia na UFRJ ou UFPB  isso demonstra que é necessário rever algumas metodologias  que hoje são aplicadas .
Quem me  conhece sabe que defendo há muito tempo uma reformulação nessa   estrutura. Acredito que enquanto as escolas matogrossenses  não adotarem  a  metodologia ENEM continuarão com essas notas “medíocres”.
Desde 2009 eu tenho a oportunidade de elaborar ITENS para o ENEM na área das humanidades. Participei da primeira capacitação de Elaboradores de Itens  em 2008 em Brasília realizado pelo INEP  e tive a oportunidade de voltar outras duas vezes. Em Brasília uma  discussão constate entre os Elaboradores era  essa dicotomia entre aquilo que o ENEM cobra e aquilo que é ensinado hoje pelas escolas a partir de seus sistemas de ensino. Uma coisa era unânime entre nós, são duas coisas distintas.  Um aluno preparado para o ENEM tem a possibilidade de entender o exame e a partir de sua metodologia e isso torna a prova muito mais tranquila. Essa metodologia consiste em: Ensinar ao aluno as matrizes das disciplinas de acordo com a matriz ENEM, deixá-lo ciente de que o ENEM não cobra conteúdo, mas Competências e Habilidades mínimas e que as disciplinas precisam  interagir entre si.  
Quando coordenei uma grande escola particular de SP em 2010, comecei um processo de reformulação dos conteúdos do Ensino Médio a partir da Primeira Serie. Capacitei todos os professores de acordo com a Matriz ENEM e comecei algo inédito ate então, colocar dois a três professores em sala de aula ao mesmo tempo  com o objetivo de  inserir no aluno a idéia de interdisciplinaridade, por ultimo,  a cada 15 dias eles realizavam um simulado nos moldes e sistema do ENEM, inclusive com o mesmo tempo. Evidente que no Enem daquele ano a Escola melhorou sua classificação  no Ranking, saindo da desconfortável posição de numero 273 indo para a  38. Em  apenas um ano ela se transformou na trigésima oitava   melhor escola do Brasil.  Esse dado deixa claro que  contra números não há argumentos, bastou a direção da escola comprar a ideia de que o ENEM e algo novo na educação e,   em função disso,  a escola precisa se preparar, que  os resultados vieram.   
Não acredito que as escolas particulares  insistam em um modelo de ensino que já deu sinais de colapso, que, alem de alienante,  não ensina absolutamente nada a  ninguém e pior, faz com que as notas de seus alunos   no ENEM sejam “ridículas”.  Como sempre digo, o ENEM chegou para ficar, e quem não se adaptar a esse modelo,  caminha para o fechamento.  Das 10 primeiras colocadas no Brasil hoje, 9 delas adotam o modelo ENEM, abolindo as disciplinas isoladas e ministrando aulas por áreas do conhecimento.

Confira as 20 melhores colocadas do país (média  na prova objetiva)*

1    MG    Privada    COLEGIO BERNOULLI - UNIDADE LOURDES     722.15
2    MG    Privada    COLEGIO ELITE VALE DO ACO    720.89 m
3    RJ    Privada    COL DE SAO BENTO   712.79
4    MG    Federal    COL DE APLICACAO DA UFV - COLUNI   706.22
5    SP    Privada    VERTICE COLEGIO UNIDADE II   705.56
6    MG    Privada    COLEGIO SANTO AGOSTINHO UNIDADE NOVA LIMA     695.8
7    BA    Privada    COLEGIO HELYOS    695.55
8    MG    Privada    COLEGIO MAGNUM AGOSTINIANO - NOVA FLORESTA     694.67
9    PE    Federal     COLEGIO DE APLICACAO DO CE DA UFPE  692.42
10    SP    Privada    COLEGIO ANGLO LEONARDO DA VINCI    692.07
11    RJ    Privada    COLEGIO SANTO AGOSTINHO - NL  691.24
12    RJ    Privada    COLEGIO SANTO AGOSTINHO    690.05
13    RJ    Privada    COLEGIO CRUZEIRO-CENTRO    689.80
14    GO    Privada    COLEGIO WR    689.43
15    RJ    Privada    COLEGIO IPIRANGA    686.87
16    SP    Privada    MOBILE COLEGIO    685.50
17    MG    Privada    COLEGIO SANTA MARCELINA  684.76
18    SP    Privada    ANGLO - LEONARDO DA VINCI COLEGIO   682.99
19    PI    Privada    CEV COLEGIO UNIDADE JOCKEY     681.94
20    SP    Privada    SANTA CRUZ COLEGIO    681.47

Como podemos observar, apenas uma  escola do Centro Oeste figura nesta  lista. A melhor escola da região e de Goias e esta no numero 14 na lista geral , a segunda é  do DF na posição de numero 87.  Em Campo Grande-MS  a melhor  escola  esta na posição de numero 287, Cuiabá ou Mato Grosso  não possui nenhuma na lista das 300 do país. Existe algum motivo para comemorar? Não quero acreditar que no Mato Grosso não possua alunos com competências mínimas ou professores  que não saibam  ministrar aula, prefiro acreditar que existe algo de errado no modelo adotado pelas  escolas.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

NÃO A UMA ECONOMIA QUE MATA!

Por Alacir Arruda
“Um mundo melhor  é possível,  mas é caríssimo”

O Papa Francisco I publicou nesta terça-feira, 26 de novembro,  um documento que já é  considerado por vaticanistas,  a Bula mais importante desde o Concilio Vaticano II. Neste documento o Papa demonstra toda a sua indignação com o modelo econômico que predomina na sociedade moderna. Segundo ele, não podemos aceitar um sistema econômico que “mata pessoas de fome”, que excluí e que valoriza as pessoas pelo “ter". Ele convida todos os católicos que empreendam uma verdadeira cruzada contra a desigualdade produzida pelo capitalismo neoliberal e selvagem.  
Ate ai tudo bem, o Papa é um Chefe de Estado e como tal precisa tomar algumas posições no que diz respeito aos descaminhos do capitalismo, o que me causa uma certa preocupação,  é o porquê ter que pedir isso aos católicos.  Eles não são seguidores Cristo? Ao que me consta isso deveria estar implícito em seus dogmas, lutar pela igualdade, fazer o bem ao próximo entre outras obrigações dessa natureza. O Papa ter que criar um documento fazendo esse chamamento é sinal de que existe algo de tenebroso nos valores judaico-cristãos. O  que para mim não e nenhuma surpresa, afinal, onde estava a bondosa Igreja Católica Apostólica Romana    durante a II Guerra? Ou a pergunta deveria ser: de que lado ela estava? Suposições a parte, esse documento divulgado hoje pelo Papa Francisco serve, no mínimo, pra que cada  católico faça uma auto analise sobre o verdadeiro papel do cristão, sobretudo os que dizem segui-lo.
Durante toda a sua vida, Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores, ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a   mais-valia a lei fundamental do sistema. A força vendida pelo operário ao patrão vai ser utilizada não durante 6 horas,mas durante 8, 10, 12 ou mais horas. A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende o resultado (10 horas, por exemplo).
Desse modo,quanto menor o preço pago ao operário e quanto maior a duração da jornada de trabalho, tanto maior o lucro empresarial. No capitalismo moderno, com a redução progressiva da jornada de trabalho, o lucro empresarial seria sustentado através do que se denomina mais-valia relativa (em oposição à primeira forma, chamada mais-valia absoluta), que consiste em aumentar a produtividade do trabalho, através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico, mas ainda assim não deixa de ser o sistema semi-escravista, pois"o operário cada vez se empobrece mais quando produz mais riquezas", o que faz com que ele "se torne uma mercadoria mais vil do que as mercadorias por ele criadas". Assim, quanto mais o mundo das coisas aumenta de valor, mais o mundo dos homens se desvaloriza. Ocorre então a alienação,  já que todo trabalho é alienado, na medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio ao sujeito criador.
 O raciocínio de Marx é muito simples: ao criar algo fora de si, o operário se nega no objeto criado. É o processo de  objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado (porque cria algo alheio ao sujeito criador) permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador. Em outras palavras, a produção representa uma  negação , já que o objeto se opõe ao sujeito e o nega na medida em que o pressupõe e até o define. A apropriação do valor incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito-produtor promove a negação da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a desalienação. Ou seja, a partir do momento que o sujeito-produtor dá valor ao que produziu, ele já não está mais alienado.



Freud e o entendimento do fenômeno político..
 Por Alacir Arruda
Sigmund Freud e daqueles homens que marcaram sua época. As contribuições de seus inscritos transcendem o campo da psicanálise, Freud é também lembrado na Sociologia, filosofia ciência política etc... Uma cabeça tão profícua não se limitaria há apenas uma área do conhecimento humano. Logo, falar de Freud é falar de um visionário. Dito isso, não pretendo com esse artigo abordar as relações entre Psicanálise e Política, mas, a contribuição de Freud para o esclarecimento do fenômeno político. Isso significa limitarmo-nos a seu universo discursivo, sem ampliar a análise do político, abrangendo as várias correntes psicanalíticas, de Reich a Adorno, de Guatari a Lacan. A volta de Freud significa a preocupação em compreender a sua contribuição específica ao estudo do fenômeno político, sua pertinência e atualidade.
Durante mais ou menos um século, o estudo do “político” centrou-se nas instituições. Fourier esperava que, através delas, o vício individual se transformasse em virtude social.
A preocupação de Freud com o “social” se acentua após o impacto da Primeira Guerra. Nos seus dois ensaios a respeito, um escrito em 1915 e outro em 1922, procurou ele mostrar a hipocrisia da sociedade moderna, a coerção social funcionando e o caráter primário das tendências agressivas. Impressionado, como Max Weber, com o empobrecimento da vida, ele valoriza, inicialmente, a guerra como alternativa ao conceito convencional de morte, porem, a guerra condicionou seu interesse o estudo da agressão, como o câncer que o vitimaria, levou-o a aprofundar o conceito de “instinto de morte”.
Admitindo que o nosso inconsciente mata, mesmo por motivos insignificantes, vê na eclosão da guerra uma prova disso. Os homens não desceram tão baixo por ocasião da guerra, dizia ele, porque nunca estiveram tão alto como pensavam achar-se. assim, o homem renuncia a seus instintos agressivos substituindo-os pelas agressões estatais, o Estado proíbe ao indivíduo infrações, não porque queira aboli-las, mas sim, para monopolizá-las.
A autenticidade e espontaneidade podem andar vinculadas ao instinto da morte. Pode a pessoa “autenticamente” matar alguém e “espontaneamente” apertar o botão que despeja centenas de bombas, espalhando a morte. Embora admitisse a existência de soluções culturais; sugere a existência de uma autoridade universal para julgar os conflitos de interesse entre as nações.
A sua admissão da existência de uma agressividade “inata” não o impediu de considerar os meios indiretos de satisfação. O ódio básico em Freud, é fundido com as tendências sociais na medida em que o indivíduo amadurece.
Hobbes e Freud
Como Burke, admite a Freud a positividade das restrições sociais que nos livram da escravidão às paixões.
Enquanto, para Hobbes, o homem natural é egoísta, em Freud também o é, com a diferença de que ele tem necessidade social. Enquanto, para Hobbes, o homem segue a lei da astúcia e da força, Freud reconhece a sua existência, porém, afirma, concomitantemente, a existência do amor e da autoridade, daí a ambivalência. A figura do contrato social, em Hobbes, Locke e Rousseau, era para explicar a legitimidade original da sociedade capitalista. Para Hobbes, o pacto social funda-se na existência do medo, que torna o homem prudente.
Para Freud, a sociedade política corresponde ao desejo irracional do homem em restaurar a autoridade; com a morte do pai primitivo, surge no homem a “nostalgia do pai”. Para ele, o governo não surge de um contrato social, mas, de uma resposta contra-revolucionária, que emerge após a queda do governo patriarcal e representa o desejo majoritário dos cidadãos-irmãos, não é uma manifestação de prudência do grupo. Os mitos do contrato social, no universo psicanalítico, podem ser vistos como reafirmação da vontade do pai acima dos impulsos rebeldes dos filhos.
O contrato social, na medida em que significa o ingresso da sociedade na organização política histórica, representa a aceitação da derrota da maioria, ela que, mediante a restrição exogâmica de novas conquistas sociais, ninguém pode alcançar outra vez o supremo poder do pai, embora todos tivessem lutado para isso. Na forma de horda, família ou governo, para Freud o que existe é o controle da liberdade de ação. A existência da lei mostra a força dos desejos ocultos, a existência de uma necessidade interna, que a consciência desconhece. Daí Freud reconhecer que o desejo funda a necessidade da lei. O caráter complexo dos desejos explica a complexidade das interdições sociais.
As proibições
Freud relaciona as proibições auto-impostas, mediante as quais os neuróticos controlam os impulsos proibidos com as complicações rituais, mediante as quais os povos primitivos se defendem da “desordem”, os sentimentos libertários que possam surgir originam auto-controles compensadores, e esses, por sua vez, a renúncia a uma posse ou liberdade entendida como repressão e objetivada como tabu ou lei. A ambivalência, o tabu significam a existência de uma dialética que oscila entre repressão e rebelião; essa leva a nova repressão. A luta entre a lei e o impulso só pode ser sintetizada pelo “ego”. A liberdade procurada é a liberdade para se tornar um amo. Os impulsos conscientes de rebelião, para Freud, originam-se na inveja. O desejo de poder pe contagiante, todos querem ser reis. O excessivo respeito, a cortesia, e as regras estritas de etiqueta em relação ao “chefe” são derivadas do “medo de tocar” do primitivo, segundo Freud, medo de contatar pessoas pelas quais sente hostilidade inconsciente, sejam chefes, mortos ou recém-nascidos. Para ele, todos os gestos de submissão são ambivalentes, daí o respeito e o afeto esconderem hostilidade inconsciente. Freud venera quem estabelece regras como Moisés e simpatiza com que as contraria, como Ricardo III. Todos nós sofremos alguma ferida narcisista, daí a nossa simpatia para com ele.
Ao produzir Psicologia das Massas e Análise do Eu, Freud estava abandonando o evolucionismo linear de Totem e Tabu e a preocupação pelas origens pré-históricas cedia lugar à análise contemporânea. Essa preocupação transparece no seu texto Novas Contribuições à Psicanálise, onde relata seu conhecimento da obra de Marx. Embora reconhecendo que as pesquisas de Marx sobre a estrutura econômica da sociedade e a influência das distintas formas de economia sobre a vida humana impuseram-se com indiscutível autoridade, mantém seu ponto de vista, segundo o qual as diferenças sociais se originaram por diferenças raciais. Assim, para Freud, fatores psicológicos, como o excesso de tendências agressivas constitucionais, a coerência organizatória da horda e a posse de armas, decidiram a vitória; os vencedores se transformaram em senhores e os vencidos em escravos; isso exclui o domínio exclusivo dos fatores econômicos. Na sua crítica a Marx, partia ele do conceito de ato econômico como “ato puro”, difundido pela Escola Clássica.
Freud não só se preocupava com a herança de Marx, como, também, com o fenômeno da ascensão das massas após a revolução industrial, para tanto, fundado em Gustavo Le Bon, a quem corrigia em algumas particularidades, procurava estudar as vinculações da massa com o líder. Para Freud, a relação política básica consistia numa relação erótica, da massa com a autoridade. Para ele, a autoridade sempre existe personificada. A horda supõe um chefe, o hipnotizado, um hipnotizador, o amor, um objeto, a massa, um líder. Para ele a condição de líder exige que este se aparte de seus subordinados e, ao mesmo tempo, evite que eles o abandonem. O líder atua como um “centro” para organizar vidas que procuram um sentido. Porém, situações de pânico e desorganização social podem levar a massa a reorientar-se em torno de novos líderes. Para Freud, o líder toma a forma de pai perseguidor, como o pai primitivo, ou perseguido como Cristo. O líder aparece como figura segura de si, com poucos vínculos libidinosos; a sua vontade é reforçada pela dos outros. Freud vê toda a atividade política, sem distinção, como influenciada pela autoridade. Segundo Freud, isso dá um sentido permanente às manifestações de autoridade.




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PREFIRO A INFELICIDADE, EMBORA LOUCO, QUE  UMA FELICIDADE CONFORMISTA..

Por Alacir Arruda

“Atendendo a pedidos, resolvi publicar novamente  esse artigo escrito em outubro ultimo. Fiz apenas uma readaptação no nome. Eu, apesar de suspeito, adoro ele..”

Sempre questionei  as pessoas que afirmam terem encontrado um caminho para a felicidade plena, como se essa felicidade fosse uma joia rara destinada a poucos. Aliás sempre achei esse lance de felicidade um embuste do nosso Ego. Porém, quando toco nesse assunto, muita gente me olha com aquela cara, do que é que você está falando? Você está maluco?...Nossa sociedade é viciada em felicidade. Aprendemos desde cedo que nossas decisões na vida devem ser tomadas baseadas no potencial que as escolhas a nossa frente possuem de nos proporcionar uma vida feliz. Com quem vou me casar? Vou ter filhos? Que profissão vai me realizar mais? E por aí vai. A cada passo que damos, supostamente, devemos fazer a matemática da felicidade em nossa mente e analisar qual opção tem maior potencial. Ficamos furiosos quando depois de um tempo descobrimos que a escolha que fizemos não era a que trazia felicidade, mas sim a outra que abrimos mão. Tudo isso culpa da nossa moral  Judaico-cristã ocidental, diria Nietzsche.
Esse raciocínio está tão impregnado em nossas mentes que temos muita dificuldade em percebermos toda a sua armadilha e decepção. A reação natural quando toco nesse assunto é o questionamento contrário: então se não vamos procurar a felicidade, vamos fazer o que? Procurar a infelicidade? Aceitar uma vida que não queremos? Qual o propósito disso?
Esse raciocínio provém da noção de que se não buscarmos a felicidade na vida, então nada nos sobra. Bom, vamos pensar um pouquinho aqui com lógica, ok?!
O que é realmente essa tal de felicidade? Não de uma forma concreta, mas o que as pessoas estão buscando quando elas medem alternativas tentando descobrir qual delas as fará felizes?
Conforto, ausência de problemas e desafios, alegria, tranqüilidade, paz… Humm… parece ótimo, não? Do ponto de vista social, o final feliz é esse, não é mesmo? Mas você já parou para pensar que não há final algum? Não há final feliz, nem triste, não há final até que sua própria vida acabe! Nossa vida não é um filme que acaba depois que alcançamos nossos objetivos. Então porque tanta gente persegue “sonhos” como se esses carregassem seus finais felizes?
Mas vamos um pouco mais fundo… que vidinha mais medíocre essa feliz, hein? Nenhum problema, nenhum desafio, só alegria, só conforto, só paz, só tranqüilidade… O quanto demoraria para você se sentir infeliz com toda essa felicidade?!
Mas  Alacir,  você está dizendo então  que deveríamos ser infelizes?
É aí que muita gente não entende exatamente do que é que estou falando… 
Felicidade ou infelicidade são percepções do ego, inclusive, já falei sobre isso em artigos anteriores, mas percebi pelos comentários que muita gente não entendeu direito o que eu estava falando…
Nosso lado egoísta, aquele que tem vontade, que quer as coisas, é que quer ser feliz. Nosso ego não gosta de nada que atrapalhe seu prazer. Se dependesse do nosso ego, ficaríamos em casa o dia inteiro sentados na frente da TV, comendo pipoca e pizza e só levantaríamos para fazer coisas que também são prazerosas. Jamais aceitaríamos qualquer situação que nos proporcionasse qualquer tipo de desconforto… a não ser que visualizássemos um benefício futuro resultante do sacrifício de abrir mão do próprio prazer.
Como a maioria das pessoas não pode se dar ao luxo de só fazer o que quer de acordo com suas próprias vontades, elas desgostosamente fazem os sacrifícios que a vida lhes impõe, mas seu “sonho” é voltar à condição de prazer máximo. É por isso que buscam a felicidade com tanto ardor. O que elas querem na verdade é eliminar todas as atividades que a vida lhes impõe para que elas possam então desfrutar de tudo de bom que a vida tem a oferecer.
Muitas pessoas erroneamente interpretam a filosofia carpe diem dessa forma. O motivo é que simplesmente não entendem o que poderia haver na vida além de se buscar a própria felicidade. Esse raciocínio, como eu mencionei, é resultado de uma vida inteira tendo essa idéia martelada na cabeça, assistindo filmes de Hollywood que mostram exatamente esse conceito – o filme sempre acaba quando o herói finalmente conquista seus objetivos e então supõe-se que depois do final da estória, ele viveu feliz para sempre.
A minha percepção sobre esse assunto é altamente influenciada pelas diversas teorias orientais que abominam o ego e suas vontades e também pela ocidental
Esse meu background me leva a crer que não viemos a esse mundo para curtir a vida e sermos felizes, mas sim para evoluir e ajudarmos uns aos outros. Dentro dessa perspectiva, a felicidade parece ser uma grande perda de tempo, um poço sem fundo de mediocridade.
Acredito que temos uma programação de vida, uma missão (ou várias!) e que a realização desse propósito não envolve conforto, alegria ou tranqüilidade. Quem sente essas emoções é o ego, justamente a parte de nós que não está a fim de cumprir missão alguma, está a fim de ficar quieto, sem ser perturbado ou melhor, só curtir a vida no maior conforto. O ego não gosta de nada difícil, evidentemente! “Difícil” envolve desconforto, desafios e muitas vezes sacrifício sem benefício do final das contas. O ego não quer saber desse tipo de coisa, o ego só topa o sacrifício se ele estiver de olho no benefício que vai usufruir quando terminar.
O próprio conceito de evolução carrega inerente consigo uma interpretação de benefício, porém, muitos de nós, na condição de seres humanos sem visão de conjunto alguma, não conseguimos ver os benefícios reais. Nosso ego, por sua vez, não topa desafio algum se não for para ganhar nada em troca de todo o sacrifício. É por isso que muita gente simplesmente não entende porque precisamos abrir mão da felicidade. Nossa sociedade está tão impregnada com a idéia de que se não há benefício, não vale à pena, que muita gente não consegue deixar cair a ficha.
Não é uma questão de ser infeliz, não é isso que estou defendendo! A minha posição é que se preocupar com felicidade ou infelicidade é uma atividade puramente egóica. O que defendo é não se importar com felicidade ou com infelicidade, simplesmente fazer o que tem que ser feito e ponto final. É difícil? Ok. Vou ter que fazer sacrifícios sem benefício algum? Ok. Viver seu propósito de vida requer esse tipo de postura.
Não acredito que a felicidade seja o propósito de ninguém! Se fosse pra ser fácil, você não estaria nesse mundo! Você já pensou nisso?
O negócio então é aceitar a dificuldade sem reclamar, sem ficar dizendo com aquela voz chorona “mas não é fácil!”… (por que deveria ser?)
Ao aceitar o que vier, encarar as dificuldades, vencer os desafios sem fugir deles, sem ficar tentando eliminá-los porque você quer ser feliz, porque você quer sombra e água fresca, ao ter essa postura, você encontra sua força interior. É só a partir daí que você pode realmente viver seu propósito de vida!


educação moderna

A ESCOLA MODERNA E O EDUCADOR NECESSÁRIO
Por Alacir Arruda

Em 1995,  na França,  um grupo de intelectuais convidados pela ONU se reuniram para elaborar as características da escola e do aluno do século XXI.  Esse documento, denominado: “Educação um tesouro a descobrir”,   além de conter  os pilares daquilo que chamamos de  educação moderna, orienta as escolas de como encarar  esse processo de transição.  Pena que 99% delas não conhecem esse documento e  continuam  no período medieval.  A espinha dorsal de qualquer escola é seu corpo docente que, nesse contexto, deve estar    preparado  para cumprir suas tarefas. Esse educador necessário deve ter algumas características fundamentais.
Em primeiro lugar, ele deve estar comprometido politicamente com a sua tarefa de educador. Esse comprometimento exige que as pessoas tenham consciência da responsabilidade que lhes foi confiada. Não se é educador como se é operário de uma fábrica de automóveis.
O educador não pode julgar que a atividade da educação funciona do mesmo modo que a de um trabalhador de fábrica. Não há como o educador começar a ser educador na hora em que bate o ponto e deixar de sê-lo na hora em que o relógio indica o fim do expediente.
Do educador se exige uma constante ocupação com o ato educativo. Ele tem de ser. É uma questão de ser e não uma questão de situação. Exige-se, portanto, um crescimento dessa consciência política, que se obtém no próprio processo político do trabalho. Essa consciência política não se obtém através de uma verificação da tendência psicológica de alguém ou de um teste psicológico para avalaiar a vocação. Mesmo porque as vocações também são históricas e se dão na história.
À medida que o educador, enquanto educador, compreende a importância social do seu trabalho, a dimensão transformadora da sua ação, a importância social, cultural, coletiva e política da sua tarefa, o seu compromisso cresce.
Ninguém é comprometido, politicamente, de uma vez por todas. O compromisso é como um ato de amor, que tem de se renovar diariamente. Na realidade, o ato de educação exige necessariamente uma espécie de renovação diária do compromisso com o ato educativo.
Em segundo lugar, o professor comprometido politicamente tem de ser tecnicamente competente. A competência técnica se renova da mesma forma que o compromisso político. Nenhum professor está, em algum momento, adequadamente preparado.
Há de se lembrar que a preparação técnica, a ampliação do conhecimento e a atualização exigem um exercício freqüente e diário por parte do educador e do sistema no qual ele está inserido. Mas, necessariamente, exigem vontade, desejo, carência do profissional professor.
Aquele educador que se sente comprometido politicamente já está com a vontade direcionada para a sua preparação técnica. Não há como preparar alguém para o exercício da função educativa se ele não se encontra, interiormente, comprometido com essa função.
É por isso que a questão do compromisso político é fundamental até para que se possa desenvolver a competência técnica.
Não podemos ter a ilusão de que os professores a partir de um determinado momento estão preparados. Nenhum professor está preparado porque cursou a faculdade ou a universidade, ou porque leu cinco, dez, cinqüenta ou duzentos livros, ouviu um determinado número de conferências, participou de uma determinada quantidade de cursos. Estes são instrumentos que podem auxiliar o processo de sua elevação técnica. Em cada momento, temos educadores em níveis diferenciados de preparação. O processo de preparação dos professores, tecnicamente, tem de considerar o ponto de partida em que se encontra esse professor para que se possa elevar sua competência técnica.
Em terceiro lugar, se a escola se pretende democrática, o educador necessário para ela deve assumir, democraticamente, a sua tarefa educativa. Como conseqüência, ele deve compreender a importância coletiva do seu trabalho. Se não compreende, ou é incapaz de compreender, que sua tarefa educativa não se encerra no âmbito de sua disciplina, no período de sua aula e na sua forma de avaliação, ele não vai concorrer para o exercício e para a formação de uma escola e de uma educação democráticas.
Há de se advertir aos educandos para compreenderem a importância do trabalho democrático e, portanto, solidário e cooperativo no interior da escola e levá-los a se despirem do individualismo e do egoísmo.
A atividade pedagógica não é solitária: ela é uma atividade solidária. É a totalidade dos atos pedagógicos no interior da escola que concorre para o seu crescimento e a formação do educador e não a totalidade dos atos de qualquer professor, individualmente considerado.
Por último, a escola necessária exige, além de um educador com perfil diferente para o trabalho escolar, também um currículo e uma organização administrativa necessários.
- O CURRÌCULO NECESSÁRIO
O que a escola faz, de maneira essencial e fundamental, é aquilo que circula no seu interior, como sua atividade principal, como sua matéria-prima fundamental: o “currículo”. O currículo é o instrumento através do qual a escola vai preparar o indivíduo para o exercício da cidadania. Aqui, também, com respeito ao currículo, temos de pensar no que é permanente e no que é principal e no que secundário, no que é secundário, no que é central e no que é periférico. Dentro dele há uma essencialidade que, se não for cumprida, descaracteriza a escola, comprometendo a função de preparação para a cidadania.
Lembremos que a escola prepara para a cidadania através da prática – porque não se ensina alguém somente através de discursos. Ensina-se através do discurso e da prática. Pode-se fazer um discurso democrático na escola: se a prática da escola é autoritária, se ensinará muito mais o comportamento autoritário do que a prática democrática. A escola, para ensinar, precisa fazer o discurso da democracia e executá-la; tem, inclusive, de demonstrar as dificuldades de se praticá-la, pois faz parte do discurso da democracia dizer que praticá-la é difícil, para que não se pense que praticar a democracia é a coisa mais fácil do mundo. Faz parte do discurso da democracia demonstrar como, na prática, é difícil praticá-la e mesmo entendê-la. Mesmo porque não temos nenhum exemplo histórico no mundo ou na história da civilização do que constitui a sociedade democrática. Temos instituições, homens, ações permeadas do espírito democrático – mas a democracia, em seu estado puro, não existe. Então, a escola ensina através da atividade curricular e através de sua prática.
Dissemos que é fundamental saber qual é a essencialidade do currículo. Na preparação para a cidadania, há duas questões que se colocam essenciais. Primeiro, compreender o que se passa no mundo onde estamos vivendo. Segundo, compreender as formas de agir e atuar neste mundo.
É discurso bastante universal dizer que a escola precisa preparar o cidadão crítico. O cidadão crítico não é apenas aquele que é capaz de fazer a crítica da consciência. Ele tem que dominar, necessariamente, o conhecimento daquilo que vai criticar. O cidadão é alguém capaz de distinguir as coisas na sociedade – o verbo grego kritein, de onde vem a palavra CRÍTICA, significa julgar, distinguir, analisar, separar. Ao fazer a crítica, tenho de ser capaz de fazer distinção, julgamento, separação das coisas. Só posso fazer isso se dominar o conhecimento sobre as coisas, sobre a realidade da qual vou fazer a crítica.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Algumas dicas dos Campeões em Vestibulares.
Por Alacir Arruda

Entrar na lista dos primeiros colocados das universidades mais concorridas do País não é tarefa fácil: a concorrência cresce a cada ano e a oferta de vagas avança em ritmo menor. Os jovens que conquistaram esses primeiros lugares contam o segredo e afirmam que estudar em excesso só prejudica o desempenho.
Vinícius Meirelles Pereira Ferrarini, 17 anos, encarou e viveu esse desafio. Somou 885,3 pontos no vestibular da Fuvest para Engenharia e garantiu o posto de segundo colocado, com uma diferença de apenas 3 milésimos do primeiro. O candidato afirma que não esperava por esse resultado, mesmo porque já tinha garantido uma vaga no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), onde estuda atualmente.
A estudante Angela Shanchi Chieh, de 17 anos, também passou em duas superfaculdades. A ex-vestibulanda foi a primeira colocada na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e terceiro lugar em Engenharia da Poli.
Já é complicado entrar em algumas faculdades. Imagina passar em primeiro lugar? Álvaro Antônio da Justa Menezes, 20 anos, primeiro lugar do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi um dos que não acreditaram que o primeiro lugar tinha sido alcançado. Já Daniel Frossard Rodrigues, 18 anos, preparou-se durante dois anos na escola PH, no Rio de Janeiro para garantir uma vaga na faculdade. Resultado: primeiro lugar em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mas o que fazer para alcançar os primeiros lugares dos principais vestibulares do País? Ou, pelo menos, conseguir passar com segurança na faculdade que você escolheu? Veja as dicas que estes superferas deram. Nada melhor do que seguir os conselhos de quem entende do assunto!
Segredos e dicas
Vinícius (Poli) - Fazer exercícios em casa é a melhor maneira de estudar, depois de algum tempo, não será preciso decorar musiquinhas para não esquecer a fórmula na hora de fazer a prova. Dividia minhas horas para estudo e nunca deixava passar uma dúvida. 
Angela (Poli e FGV) - Nada de deixar para estudar na última hora e quando sentir dificuldade em alguma matéria, reserve mais tempo para se dedicar a ela. Não adianta você estudar o ano todo e chegar na prova com a cabeça quente. O melhor a fazer é manter a calma para evitar dar branco na hora da prova.
Álvaro (UFC) - Não existe segredo para conquistar o primeiro lugar. Um curso como Medicina é difícil mas a pessoa tem que saber o que quer e se dedicar. Você pode ser o melhor aluno e não passar por qualquer outro motivo, como o nervosismo, por exemplo.
Daniel (UFRJ) - Tudo é uma questão de prioridade na vida, a pessoa tem que estar confiante e acreditar no seu potencial, na sua capacidade de passar num vestibular concorrido. Coloquei na minha cabeça que queria entrar na faculdade e me dediquei, mas claro, sem alterar demais minha rotina. É só uma questão de organizar o seu tempo e saber exatamente onde você quer chegar
Estudar em casa é válido?
Vinícius (Poli) - Imprescindível é a maneira de você organizar seu tempo com os estudos e a vida pessoal. Se é para estudar em casa, que faça isso bem concentrado. Todos os dias eu separava algumas horas de estudo, sem me preocupar com outras coisas. Hora de estudo é hora de estudo; diversão é diversão. 
Angela (Poli e FGV) - A melhor maneira de você garantir o aprendizado é treinar em casa, sem perturbação. A prática é o segredo do bom desempenho. Fazia tantos exercícios em casa que nem precisava decorar fórmulas, aprender músicas ou qualquer outra facilidade que nos oferecem para facilitar da matéria dada.
Álvaro (UFC) - Antes de pensar em estudar em casa, deve-se ter uma maneira eficiente para administrar seu tempo e saber as matérias que você sente mais dúvidas. Eu era bom em Matemática e Física, por isso, me empenhava mais nas outras matérias.
Daniel (UFRJ) - É muito importante dedicar um tempo para estudar em casa, desta forma, você treina bastante e faz exercícios de maneira tranqüila. Tudo é questão de prioridade, tem que praticar e saber que é só no período de um ano que você vai passar por isso, depois o resultado pode compensar o esforço.





terça-feira, 19 de novembro de 2013

             NÃO TE FIZ NENHUM BEM, POR QUE ME INJURIAS TANTO ?
Por: Alacir Arruda

"nada ofende mais do que o benefício, nada agride mais do que o favor. A vida é a arte de não fazer favores".
                                                            (Nelson Rodrigues)

     Resolvi começar esse texto citando o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, um gênio do teatro brasileiro que como ninguém sabia lidar com maestria `as criticas que recebia. Entender o comportamento humano é uma  coisa que nem Freud, Jung ou Lacan  conseguiram explicar, não seria eu, um simples sociólogo, que me atreveria. Porém, a irracionalidade de alguns me obriga a tecer esses  comentários..  A palavra injúria, do latim injuria, de in + jus = injustiça, falsidade. É  também um Substantivo feminino - 1 ato ou efeito de injuriar - 2 injustiça, aquilo que é injusto; tudo o que é contrário ao direito - 3 dito ou ato insultuoso, ofensivo - 4 ato ou efeito de danificar; dano . Em suma, injuria é “falar mal dos outros por trás” como dizem os mais velhos.  Na educação isso é muito comum, principalmente quando aparece alguém que demonstra conhecimento sobre determinado tema e se atreve  a mudar uma estrutura criada por acomodados e  despossuídos de um espírito educacional,  que chamam  a si mesmos de "genios"  e  se julgam acima do bem e do mal.
      Quando o Sociólogo  da UNB  ( Universidade de Brasília)  Pedro Demo afirmou em uma de suas entrevistas que:  dentre as atribuições do professor moderno, a mais inútil é a aula”,  alguns pseudo-educadores se ofenderam com  essa  crítica,  pois acreditam que aquela aula tradicional aliada às apostilas são as únicas formas de inserir conhecimento em seres humanos, ledo engano. Pedro Demo., com essa frase,  esta fazendo um alerta aos  educadores acomodados que se assentam sob a pedra da “ignorância” e de lá injuriam aqueles que efetivamente produzem educação e conhecimento, que buscam a inovação e a interação entre professor-aluno utilizando de linguagens modernas e acessíveis a todos.
         Mais os compreendo, e acho esse comportamento até normal,  se levarmos em conta o país que vivemos,   onde 93% da população acreditam que Médicos e Advogados são Doutores, que possui o  antepenúltimo pior sistema de educacional  do Planeta e que adotou a inércia e  a falácia como  sistemas pedagógicos.. Aliás,  nunca agradeci tanto a existência de Bangladesh e Mali que são os únicos atrás de nós no PISA que é  coordenado  pela ONU, ( sugiro que  pesquisem a realidade desses dois  países e comparem com a nossa). O Sociólogo Pedro Demo ainda alerta  em seus inscritos,  que cada  professor deve produzir seu próprio material didático e  não ser cópia de um sistema que já deu sinais de colapso há muito tempo. Quanto aos que insistem em me injuriar segue abaixo um sucesso do grande Chico Buarque de Holanda  seguido de   um pedido.."Me Esqueçam."




       "Injuriado"
          (Chico Buarque)

"Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim.

Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso, meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim"


                                      

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

JUSTIÇA, AINDA QUE TARDIA!

Por Alacir Arruda
“O Brasil é uma nação de espertos que reunidos, formam uma multidão de idiotas.”
                                  ( Gilberto Dimenstein)
                                                                 
O país  acordou essa segunda feira com um fio de esperança na justiça  reaceso. Na última sexta feira,  o Presidente do Supremo Tribunal Federal e também relator do caso “mensalão”, Ministro Joaquim Barbosa  decretou a prisão de doze  réus já condenados em ultima instância desse, que é considerado, o maior caso de desvio do erário já praticado por agentes públicos. Lógico que três deles são  mais  conhecidos da opinião publica; os Ex- ministros Jose Dirceu e Jose Genoíno,  ainda o operador do mensalão Marcos Valério.   Pela primeira vez eu vi a população estarrecida, mas desta vez  pela coragem da Justiça em mandar pra cadeia,  de forma inédita, políticos de grande calibre. Esse fato foi manchete nos principais jornais do mundo, sendo que o francês Le Monde chegou a afirmar que os brasileiros não conheciam justiça ate sexta-feira.
O que me chamou  muito a atenção em toda essa celeuma, foi a cara de  ”coitadinho” de ambos- Dirceu e Genoíno-, dizendo-se inocentes, perseguidos, e até presos políticos entre outras baboseiras. Ora,  esses senhores são  perigosos,  dissimulados, cínicos, fazem parte do Staff  dessa “quadrilha” denominada PT que juntos,   instalaram um verdadeiro escritório do crime organizado em Brasília,  responsável pelo desvio de mais de 300 milhões de reais dos erário publico. Alguém teria que pagar por isso, ou eles se acham acima do bem e do mal?
Quando optamos pela República, também optamos pela democracia com todas as virtudes e defeitos desse sistema político considerado por Churchill como “a pior forma de governo, com exceção de todas as outras”. Pois o julgamento do mensalão, ainda que facções inconformadas tentem classificá-lo como farsa, foi democrático e republicano. 
O desprezo pela democracia,  precisamos lembrar, é o próprio fio condutor do mensalão. Que respeito têm por um dos principais pilares democráticos, a independência entre poderes, aqueles que tramam um esquema de subordinação do Legislativo ao Executivo, por meio da compra de apoio parlamentar? Deixemos que os ministros do STF respondam, em frases que nunca poderão ser esquecidas. “Com a velha, matreira e renitente inspiração patrimonialista, um projeto de poder foi arquitetado. (...) um projeto de poder que vai muito além de um quadriênio quadruplicado, muito mais de continuidade administrativa. É continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia, que é o republicanismo, que postula renovação dos quadros de dirigentes”, disse Carlos Ayres Britto, ao condenar o núcleo político do mensalão por corrupção ativa. Na mesma ocasião, Celso de Mello disse que “os atos praticados por estes réus em particular [José Dirceu e José Genoino] descaracterizaram por completo o modelo de democracia congressual” e que “a conquista de adesões mediante, por exemplo, migrações partidárias obtidas com estímulo de práticas criminosas representa atentado aos valores estruturantes do Estado Democrático de Direito” 
A prisão dessa quadrilha não indica que a sociedade brasileira já pode descansar tranquilamente. Diversos ladrões do dinheiro público seguem à solta, talvez rindo do destino dos mensaleiros. Os próprios deputados condenados pelo mensalão terão a oportunidade de rir do Brasil se tiverem seus mandatos mantidos pelos colegas. Mas na última  sexta-feira morreu um pouco do ceticismo brasileiro, aquele que, acostumado às pizzas, começou pensando “estão sendo investigados, mas nunca serão julgados”, passou para “estão sendo julgados, mas não serão condenados” e terminou se perguntando “foram condenados, mas serão presos?” Pois foram presos. Que esse dia seja um marco na maneira como o Brasil lida com o desrespeito às instituições e ao cidadão.




domingo, 17 de novembro de 2013

Medicina: redação  Unic  e Univag 
Por Alacir Arruda
Atendendo aos pedidos dos  alunos que irão prestar esses dois exames, resolvi conjecturar a respeito daquilo que imagino que essas instituições devam cobrar em suas redações. Um dos grandes desafios do vestibulando é, sem duvida nenhuma, dissertar com qualidade. Essa  dificuldade  acaba fazendo com que muitos tenham um desempenho não muito bom nos principais   vestibulares do país.
Para fazer uma boa redação é essencial que o jovem mantenha-se bem informado, domine a língua portuguesa e também conheça algumas técnicas que o ajudarão a escrever melhor. Lembrando que é necessário também conhecer os tipos de redação que podem em cair nos vestbulares
Ler, assistir a jornais e pesquisar Blogs e  páginas interessantes na internet é muito importante para que os jovens consigam obter um bom desempenho nos vestibulares.
A redação na maioria das vezes conta muitos pontos no vestibular, por isso é preciso capricho. Lembre-se que ela deve conter determinados elementos que são essenciais e que os temas costumam ser referentes a assuntos do nosso cotidiano.
Disponibilizarei  abaixo algumas sugestões de temas para redações tanto para escrever sobre eles ou apenas como especulações do que pode cair nos vestibulares. Sugiro que  façam uma redação de no mínimo 15 e no Maximo 30 linhas sobre esses temas como treinamentos.
Temas que devem ser cobrados nas redações da UNIC e UNIVAG
• A fragilidade econômica dos países emergentes;
. Programa Mais Médicos do Governo Federal
• Movimento sem terra;
• Desemprego/Efeitos da Copa do Mundo no Brasil;
• Desmatamento na Amazônia/ Instalação de Hidrelétricas- Belo Monte;
• Direitos humanos;
• Conseqüências da crise econômica européia;
• Sobrevivendo as crises;
• Barack Obama no poder;
• Instabilidade econômica;
• Sociedade fragilizada pelos efeitos da crise;
• Futuro do planeta;
• Transição econômica;
• Trabalho infantil;
• Trabalho escravo;
• Diversidade e igualdade;
• Preservação ambiental.



Boa sorte a todos..........