ABAIXO
UMA ´PEQUENA “PITADA” DO QUE TRATAREMOS NO CAFÉ FILOSÓFICO DO DIA
09/11 – Aguardo a presença de todos que admiram a filosofia........
Alacir Arruda
Amor, por Schopenhauer
Se um
relacionamento deu errado, parta para outro sem culpas.
Poucos
filósofos foram tão pessimistas como Arthur Schopenhauer (1788-1860). Quando um
amigo sugeriu que os dois procurassem por mulheres, ele respondeu: "A vida
é tão curta, questionável e evanescente que não merece qualquer tipo de esforço
maior." Quando, em viagem pela Itália, desobedeceu seu próprio preceito e
cortejou várias mulheres, foi rejeitado por todas - o que só piorou suas
expectativas com relação ao amor. Ainda assim, Schopenhauer tem dicas muito
atuais a respeito de relacionamentos. Em linhas gerais, ele defende: desista do
sonho do amor para toda a vida. Se um relacionamento deu errado (e, em algum
momento, ele provavelmente vai dar), parta para outro, sem culpas.
Schopenhauer
acreditava que o amor era um mal necessário. O erro estaria em esperar demais
dele e acreditar que só amamos uma vez na vida. "Para ele, o amor era
terrível, instável, dilacerante, mas fundamental. Só não poderíamos sofrer
tanto por ele", afirma Douglas Burnham.
filósofo pessimista aprendeu com o trabalho de
Montaigne que a mente não controla o corpo como gostaríamos, e tentou entender
o porquê de tanta urgência, tanta angústia, tanta energia dedicada aos
relacionamentos. Não seria por diversão, por intimidade ou por sexo, concluiu.
Mas por um motivo mais fundamental: a necessidade de procriar e levar adiante o
legado humano. E isso não teria nada a ver com o casamento ou a monogamia tão
perseguida pelos amantes. Aliás, o filósofo tinha uma visão bem pessimista
sobre juntar as escovas de dentes. "Casar significa fazer todo o
possível para se tornar objeto de repulsa do outro", dizia.
Ranzinza?
Pode ser. O fato é que Schopenhauer, que teve alguns casos, mas nunca se casou,
não tinha problemas em buscar novos amores quando um relacionamento acabava.
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