sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Escola: Um Dos Aparelhos Ideológicos do Estado, representando  a verdadeira Pobreza Política

Por: Alacir Arruda - Sociólogo

A escola não fala a língua do povo. Ela consegue tagarelar aquilo que a minoria quer ver repetido e reforçado pela maioria esmagadora que compõe a população brasileira. Os currículos são constituídos de falas e falácias extremamente incompreensíveis para aquele (a)s que vêem nesta instituição a mola propulsora para vencer na vida (sic!). Tanto é, que não existe o interesse que deveria haver nas questões relativas à formação humana. No entendimento de um número expressivo de professores, “isto é balela e discurso daquele(a)s que não têm nada o que fazer na escola e ficam inventando modismos. O importante mesmo são os conteúdos escolares, os conhecimentos científicos que os alunos têm que dominar, para se dar bem na vida. O domínio cognitivo é o que continua valendo. Sem essa de avaliação sócio-afetiva ! ”. Esta concepção de aluno vem dominando o cenário educacional desde o período jesuítico, passando, no século XVII, mais explicitamente, a focar a educação da nobreza. Foi neste período histórico que surgiu o criador de uma concepção, que perdura até os dias de hoje: o filósofo francês René Descartes (1596-1650). “Cogito, ergo sum” -Penso, Logo Existo- passou a ser o foco das atenções e o carro-chefe de Descartes. Segundo este mote, o sujeito individual, formado numa competência para ponderar e refletir, passa a ser o ponto de convergência do domínio cognitivo, do conhecimento (Hall, 2006). Século após século, até o atual, este é o paradigma do bom aluno. Este autor (Op. Cit.), em seus estudos sobre ´A identidade cultural na pós-modernidade` denuncia que “esta concepção do sujeito racional, pensante e consciente, situado no centro do conhecimento, tem sido conhecida como o ´sujeito cartesiano`(p. 27). Nessa reflexão, a escola continua inserida num contexto caracterizado por Althusser (1998) como Aparelho Ideológico do Estado. É ela uma das maiores, senão a maior, construtora de marionetes, que vêem o estado como o grande pai ou que se integram aos elementos que aceitam as ações dos governos como verdadeiras paternalizações. As ´beneficências`, as ´doações`, todos os tipos de vales (gás,leite etc.). Para o alimento do espírito, o Pai Todo Poderoso, que nos nutre com as suas bênçãos. Para a matéria, o pai, também poderoso, que nos abastece com esses programinhas sem-vergonhas, que se transformam em verdadeiras rédeas eleitoreiras. Essas minúcias politiqueiras no remete a  Maquiavel que  ensinava em "O Príncipe" que uma das funções do governante,  é  a entreter o povo com muita festa e jogos. Esse comportamento foi denominado por  Foucault ( 1982) como Microfísica do Poder. Hoje, diante de tantas falcatruas que levam ao enriquecimento ilícito de uma minoria através das inúmeras imoralidades que transformaram a  saúde pública a educação e segurança em uma grande piada,  não se pode aceitar a implantação de um currículo escolar que reforce os anseios das classes dominantes desse país, prescindindo desses fatos que maculam o espírito do bom cidadão, do exemplar ser humano enquanto elementos de análise e discussão, como conteúdo escolar. Pedro Demo (2006), nesta linha de raciocínio, norteia que a pobreza política é bem mais profunda e arrasadora que a pobreza sócio-econômica, até porque esta é conseqüência daquela. Ao pobre não lhe é dado o direito (já que ele não tem forças para conquistar) de saber porque é pobre. Entendemos a partir dessa reflexão de Demo, que, antes do aluno, é necessário que o professor se enriqueça politicamente, para, então, incentivar aquele para a sua conquista nesse campo. Diante de tantas mazelas, de tão ignóbil ato de falsificações que vai do   leite a seus derivados, das bebidas alcoólicas (do whisky à cachaça), ficaria difícil para um homem do povo, se consciência política tivesse de que essas ações o prejudicam profundamente, querer afogar as suas mágoas com um porre homérico. não cabem falas e falácias da escola, que buscam dar continuidade à formação de sujeitos cartesianos num currículo não constituído de matrizes, mas, ainda e por muito tempo, de grades curriculares, aprisionando a criatividade do povo brasileiro e desrespeitando o seu cotidiano, a sua história.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTHUSSER, L. P. Aparelhos Ideológicos de Estado. 7ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
 DEMO, Pedro. Pobreza Política - A pobreza mais intensa da pobreza brasileira. Autores Associados, Campinas, 2006. FOUCAULT. Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
 HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomás Tadeu da Silva e Guaracira Lopes Louro. – 11. ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2006
Autor: ALACIR ARRUDA

Etica: Uma Eterna Esquecida


É possível a qualquer cidadão  ter acesso a um dos últimos discursos do saudoso Senador Jéferson Peres (PDT-AM) no youtube, discurso esse, realizado na Tribuna do Senado no dia 30 de agosto de 2006. Gostaria de transcrever apenas a introdução desse memorável discurso:
“Senhor  Presidente, senhoras e senhores senadores, depois de uma longa ausência de algumas semanas volto a esta tribuna para manifestar o meu desalento com a vida pública deste país, eu gostaria de estar aqui discutindo, como fez o Senador José Jorge, a respeito das riquezas do Brasil, com as quais ele  tanto se  preocupa e não como falarei de algo muito pior: que é a Dilapidação do Capital Ético desse país”.
Infelizmente Jéferson Peres viria a morrer  no dia 28 de março de 2008. Sua morte fez com que o comentarista Arnaldo Jabour (Jornal da Globo) expressasse a seguinte opinião: “Morreu hoje a ética!  Jéferson Peres, assim como alguns poucos homens públicos desse país, foi  o exemplo de que é possível realizar política de qualidade e  com honestidade”.
Hoje em dia, muito se fala em crise da ética. Os progressos da técnica, as descobertas da ciência, as ideologias políticas levaram de roldão os princípios de ordem e as forças de ordenamento que, por séculos, guiaram com a majestade de fins e virtudes éticos, morais e religiosos, a dignidade das ações e reações de indivíduos e grupos, de poderes e instituições. Por toda parte, se instala cada vez mais a ordem da desordem. E ainda não é tudo. Nossa situação atual é bem mais grave. Não vivemos apenas uma crise de ética. Vivemos a radicalidade da crise. Na radicalização de contestar tudo e rejeitar todos, reside toda a nossa ética. A crise não é somente de regras, de parâmetros e padrões. É crise de princípios. O atropelamento da ética não subtrai apenas valores nem retira somente virtudes. Impossibilita qualquer valoração ou juízo de valor. Não se trata somente de trocar modelos, de por o comportamento em novas bases nem de dar às ações e à conduta outra fundamentação. A crise é tão radical que temos a necessidade da ética, e não apenas de uma nova ética, à flor da pele.
Nos dias de hoje, já não basta produzir os bens de satisfação. É imperioso, sobretudo, produzir as necessidades. Nada pode ficar de fora. A ciranda é uma só: deve-se produzir mais, para lucrar mais, para investir mais, para produzir mais, para lucrar mais, para investir mais, para produzir mais, para lucrar mais, e assim por diante, e tudo isto a qualquer preço! Não é difícil perceber que nenhuma ética poderá sobreviver a esta atropelada do valor econômico, entronizado, como supremo tribunal de julgamento de todo valor.
Em consequência, desaparece junto também a política. É que, para se poder pensar em política, é indispensável dispor, tanto de uma pluralidade de políticas, quanto da prevalência, alternada pela sucessão no poder, de uma política sobre todas as outras políticas possíveis. Ora com o domínio absoluto da economia sobre todos os demais valores, só é possível uma única política, a política do lucro, que provém e leva inexoravelmente tudo de arrastão para a ditadura do mercado. Assistimos cada vez mais, nos horizontes da história e nos principais quadrantes do globo, a um espetáculo desolador e obsceno: as trocas de poder nos diversos países não acarretam nenhuma mudança de política.
Quando os chamados “opositores” chegam ao poder, fazem exatamente a mesma política da situação anterior. Uma ditadura se perpetua com qualquer partido. Ora, onde só se dá uma política, onde só é possível uma única política, acabou toda política. Instalou-se, então, a voracidade não, de certo, do partido único, mas da política única. É a nova ditadura do terceiro milênio: a ditadura do lucro e do mercado, impondo, com a globalização, o totalitarismo da política única em todo o globo.
Esta crise radical da política, alimentando-se a si mesma, nutre-se, então, com a radicalidade de todas as demais. Implanta-se, com isso, uma gangorra curiosa: sem política no plural, não há ética no singular. É para o abismo desta radicalidade que nos fazem rolar as crises da ética e da política.
Nesta situação de radicalidade, qual será, então, o desafio que o pensamento de hoje é convocado a enfrentar e assumir?

Por que não indignamos mais???


Desde muito jovem uma coisa sempre me chamou atenção em nosso país;  de onde vem nosso jeitinho, nosso modo de falar, nossa malandragem? Depois de mais uma temporada de escândalos políticos Brasil afora, a discussão em torno da origem do caráter nacional está de volta.  Em função disso, e  como sociólogo, fui buscar nessa ciência as explicações para que possamos entender esse fenômeno.
Afinal, quem somos nós, os brasileiros? À primeira vista, a resposta para essa pergunta é fácil: somos o produto da miscigenação entre os colonizadores portugueses, os índios que aqui viviam e os africanos trazidos como mão-de-obra escrava, além dos imigrantes que chegaram entre os séculos 19 e 20 (alemães, italianos, japoneses).  Até aí, tudo bem. Somos, enfim, um povo mestiço genética e culturalmente que, apesar da diversidade, compartilha certos traços em comum.
A questão, porém, fica um pouco mais complicada quando se trata de buscar a essência do que se convencionou chamar de caráter nacional, aqueles traços que explicam uma série de comportamentos que costumamos encarar com naturalidade, mas que, quase sempre, causam surpresa entre os estrangeiros.
“Não é só um estereótipo. As pessoas aqui se relacionam com mais afetividade. Os brasileiros conversam na rua, enquanto na Europa o silêncio predomina nas estações de ônibus e metrô”, diz o jornalista espanhol Juan Arias, que há 7 anos vive no Rio como correspondente do jornal El País. “Mas fiquei chocado com a burocracia kafkiana para tirar o visto de permanência após casar com uma brasileira. Foram mais de 600 dias de espera, 6 quilos de documentos e a insinuação de que tudo poderia sair rapidamente se pagasse 8 mil reais”,  afirmou Árias ao deparar com a nossa já famosa “Burocracia”.
Brooke Unger, correspondente da revista inglesa The Economist, em São Paulo, é mais um que se diz a um só tempo encantado e estarrecido com certos traços do povo brasileiro. “Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, vi garis em um desfile pelas praias do Rio, numa cena impensável para um americano”. Em compensação, ele diz não entender a espécie de amnésia coletiva diante de casos graves de violência e impunidade. “A maioria dos brasileiros sabe mais sobre o atentado terrorista do dia 7 de julho, em Londres, do que sobre a chacina na Baixada Fluminense que matou 29 pessoas no dia 31 de março”. Afinal somos o quê? Criativos ou enrolões, extrovertidos ou indiscretos, cordiais ou malandros, maleáveis ou corruptíveis?
Após mais uma enxurrada de denúncias de corrupção que assistimos em 2011 – com direito a queda de 7 ministros e outros estão a perigo – a discussão sobre a essência do nosso caráter volta à berlinda. De onde vem nosso jeitinho, nossa informalidade (aqui, até um ex-presidente da República era tratado pelo apelido), nossa naturalidade diante da miséria, nossos preconceitos, nossa capacidade de depositar fé em mais de uma religião?
Aqueles que gostam de entender o Brasil, se lembrarão que no século XX, livros como Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda e Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Júnior, tentaram responder a algumas dessas perguntas. Mas as interpretações clássicas sobre o que é o brasileiro seguem válidas hoje?
“A base dessas interpretações ainda é essencial, mas é preciso lembrar que o chamado caráter de um povo é algo que muda a cada instante”, diz a antropóloga Lilia Schwarcz, da USP.
Se o Brasil e, por extensão, o brasileiro “não é para principiantes”, como disse Tom Jobim,  com ajuda de alguns dos principais especialistas em nossas origens, temos hoje um guia para entendermos mais por que somos assim – da genética ao jeitinho.

Quando a Corrupção Deteriora a Nação


Temos sido bombardeados, nos últimos dias, pelos veículos de comunicação, por mais uma onda de denúncias envolvendo algumas autoridades de Brasília. Essa é mais demonstração medonha de falta de comprometimento com a coisa pública e desvios, não apenas de dinheiro, mas, sobretudo de caráter, por parte de alguns dos nossos homens públicos.
Em 1907, o grande jurista brasileiro Ruy Barbosa disse: “de tanto conviver e assistir a corrupção em meu país, sinto vergonha de ser honesto”.  Esse desabafo tem mais de cem anos e a coisa continua a mesma por aqui.
A pergunta que se faz é: até quando? Até quando assistiremos anestesiados a esses descalabros? Até quando “bandidos”, travestidos de homens públicos, se sentirão à vontade para se apropriarem do erário sem qualquer punição? Até quando teremos que abrir os jornais diários na expectativa de qual será o próximo escândalo? Até quando…?
Martin Luther King, líder negro americano, certa vez disse: “O que me preocupa não são os gritos dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.
Que nós temos um sistema político contaminado pelo fisiologismo, disso ninguém tem dúvida e, talvez seja essa a maior herança do modelo colonizador implantado pelos portugueses desde 1500. Modelo esse centrado na exploração de bens primários e num pseudo fortalecimento do Estado a partir de uma elite que dele se apropria e deleita.  Mas, daí a adotarmos a inércia e a anomia como reposta, é algo inaceitável numa nação que pretende ser protagonista no plano internacional.
A Presidenta Dilma, após ter que demitir alguns dos seus principais ministros, além de outros membros do segundo escalão envolvidos em corrupção, começou o seu segundo ano de governo com um saldo nada positivo para quem, na visão de seu antecessor, herdou um país nos “trilhos”. O que talvez o seu antecessor esqueceu de alertar é que os vagões desse trem estavam repletos de “sovinas”, fisiologistas profissionais  que transformaram alguns ministérios em verdadeiros escritórios do crime organizado, onde  “chacais”, regados a caviar e champanhe francês, definem qual será o próximo golpe. E tudo isso patrocinado pelo povo que, anestesiados por cartões do Bolsa Família, Minha Casa Minha vida e Prouni, são incapazes de se indignar.
O que está sendo divulgado em Brasília é apenas a ponta de um iceberg que, se for explorado um pouco mais, levará a outros setores do governo uma vez que o fisiologismo e a troca de “gentilezas” entre o público e o privado tem sido regra na política brasileira.
Basta acessar o site Transparência Brasil e conferir as empresas que patrocinaram as últimas candidaturas vencedoras. Esses “favores” precisam ser pagos de alguma forma e a solução encontrada é o superfaturamento de obras públicas, o direcionamento das concorrências e a nomeação de pessoas com caráter duvidoso para cargos estratégicos. Nesse samba do crioulo doido que se transformou o jogo político nacional, o principal lesado é o povo que arca com o alto custo desse fisiologismo.
Estradas esburacadas, educação pública sucateada, saúde pedindo socorro e índices de violência urbana que superam países em guerra são o saldo de anos de corrupção. O fisiologismo político é a síntese de tudo de ruim que a política brasileira produziu nos últimos anos e, talvez, seja o melhor exemplo de que quando o povo se abstém de sua obrigação constitucional, que é fiscalizar as ações do governo,  o resultado é o caos.
Pense Nisso!!!

Quando a Imbecilidade Impera


A “infelicidade” não é nenhum mal, conforme pensam os ignorantes ilustrados, mas a expressão objetiva da impossibilidade da natureza humana em viver rigidamente sob os moldes do capitalismo. Mais saudável é o indivíduo que fica triste com sua precária condição, e não aquele que sufoca sua tristeza e a “transmuta” para viver “feliz”, mesmo que alienado.
Tampouco viver confortavelmente e ter saúde são garantia de felicidade. Pode-se muito bem ser rico e gozar de plena saúde e não ser uma pessoa feliz. Outro dia li, numa grande Revista, uma reportagem que tratava das diferenças entre um porteiro e  um homem de classe média. O jeito que a reportagem pôs as coisas, principalmente comparando o homem de classe média com o porteiro feliz, parece que o homem de classe média tem a obrigação (?!) de ser feliz, e como não é, dá a entender que o mesmo só pode estar doente.
Isso é outra mistificação, só porque todo mundo busca dinheiro e bens materiais, inferem que isso realmente traz felicidade. Não traz, só traz felicidade mundana, a mesma que temos quando usufruímos pequenos prazeres ou quando nos esquecemos de nós mesmos. Por si só, ter dinheiro ou poder consumir, não traz felicidade pra ninguém.
A “consciência feliz” não precisa mesmo de conteúdo material para se sustentar, pois existe tanta fome de imaginário, como há de comida. Tudo contribui para matar nossa fome de imaginário, desde as religiões, até o futebol, a música ou a “bunda da mulher melancia”.
A “alienação” faz as pessoas felizes. Isso ninguém pode negar.
Se não preenchesse uma necessidade psicológica, porque haveria tanta no mundo? Já a desalienação faz a pessoa mergulhar -pelos menos por algum momento- na consciência infeliz. Ela se sente isolada da sociedade e dos seus valores egoístas. Começa a não ver sentido no modo de vida que lhe impuseram. Não perde mais muito tempo tentando satisfazer desejos pueris. A pessoa, então, fica melancólica, pois não tem pra onde fugir, não consegue encontrar abrigo no seio da sociedade porque a considera decadente, tampouco acha que uma vida de prazeres resolve alguma coisa.
O porteiro só é feliz porque desconhece todas essas coisas, sua felicidade está na ignorância, é a felicidade de todos que estão inseridos no mundo, que se perdem no cotidiano. Ele, na verdade, é a grande vítima, é o bobo alegre, que ri da sua exploração, o homem, que mesmo tendo conforto, é triste, age de acordo com a natureza humana, que não pode se satisfazer plenamente no capitalismo. Tomar Serotonina e Prozac também são formas  de se alienar, pois quem, ao invés de lutar e resolver seus próprios problemas se ampara em muletas químicas, não só busca um método eficiente de não ter que lidar consigo mesmo, como cai no engodo ideológico de que devemos estar sempre -ou pelo menos predominantemente- felizes.
Nesta data começo uma nova viagem...Uma  viagem pelo imaginário a partir dessa nova ferramente, o Blog. Pretendo com esse espaço discutir idéias, renovar pensamentos e acima de tudo, ser o instrumento que possibilite um dialogo humano e voltado aos interesses de todos..
Sou professor universitário há mais de 15 anos  Graduado em Sociologia com mestrado e doutorado também nessa área. Existencialista de pensamento acredito que o ser humano é o grande agente de transformação nessa grande engrenagem denominada mundo. Sendo assim, convido a todos, ex-alunos, amigos e demais interessados a embarcarem comigo nessa grande viagem, sem rumo na verdade, mas com muita consciência...Sejam bem vindos