terça-feira, 3 de março de 2015

PT e seu projeto

"O BRASIL NÃO É PARA PRINCIPIANTES"

Por Alacir Arruda

Começo esse artigo invocando o grande maestro Tom Jobim. Em 1972 um jornalista norte americano perguntou  ao ilustre musico brasileiro, muito respeitado por aquelas bandas: "Tom, como entender o Brasil?" O nosso maestro sabiamente respondeu: "meu caro, o Brasil não é para principiantes". Ciente de que Tom Jobim estava certo eu aqui, 42 anos depois, pergunto:   "O que aconteceu com o nosso país?"  De promessa emergente no inicio dos anos 2000,  a tartaruga dos BRINCS. O Brasil é o que menos cresce desse grupo de países denominados de emergentes (Brasil, Russia, Índia, China e Africa do Sul). Hoje temos um país mergulhado na incerteza;  uma inflação galopante, uma previsão de crescimento de O% no PIB para 2015, aumento da divida publica de 53% do PIB para quase 70%, não cumprimento do superávit primário, desaquecimento da economia e suas consequências, além de  um governo absolutamente inoperante e sob suspeição que levou a bancarrota nossa maior empresa, a Petrobras. Mas o que houve? Onde erramos? Bom,  talvez a resposta a todos esses questionamentos transcendam o limite do bom senso, mas precisamos aprofundá-las.

Ora, o primeiro e maior dos nossos erros é a nossa tradicional e histórica arrogância camuflada de esperteza, que é característica dessa região tupiniquim. Aliado a isso temos um grupo político que se instalou no poder em 2002 e transformou Brasília no Escritório Central do Crime Organizado, aparelhando completamente o Estado brasileiro de tal forma que hoje não há um so ministério que não esteja sob investigação da C.G.U e T.C.U. 

A quem diga que no Brasil sempre foi assim, desde Cabral, isso aqui foi criado para não dar certo, fomos forjados sob a lâmina da “expropriação” do levar vantagem a qualquer custo e da preguiça entranhada no nosso DNA sob o julgo do nepotismo. É, foram os nossos “irmãos” portugueses que nos ensinaram isso. Na carta de descobrimento do Brasil, redigida por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota pede um favor ao rei. Seu genro Jorge de Osório, criminoso, estava preso na ilha de São Tomé, no litoral atlântico da África, desterrado. Caminha pede ao monarca "que lhe faça singular mercê" de mandar vir da ilha seu primo criminoso para Lisboa seguido ainda de um pedido de emprego para o contraventor. Ou seja, o Supremo ter perdoado recentemente Genoíno de sua pena no mensalão, ainda favorecido Jose Dirceu entre outros com o regime semi-aberto esta tudo sob controle (........) deles...

Voltando ainda aos nossos patrícios: No Brasil, para agravar as coisas, a população foi constituída sobretudo de três espécies de pessoas: portugueses que vinham na esperança de enriquecer e não conseguiam voltar, negros apanhados à força e índios que não tinham nada a ver com a história e de repente se viam mal integrados numa sociedade que não compreendiam. É fácil perceber daí o imediatismo materialista dos primeiros (o qual, quando frustrado, se transforma em inveja e azedume que tudo deprecia, e que com tanta facilidade se disfarça em indignação moralista contra a corrupção e as ‘injustiças sociais’), e mais ainda a total desorientação vocacional do segundo e do terceiro grupos, brutalmente amputados do sentido da vida e por isto mesmo facilmente inclinados a sentir-se marginalizados mesmo quando já não o são mais”

Bom,  talvez a historia explique a anarquia aqui instalada, mas não justifica a inércia do povo. No país da “roubalheira descarada” e de um partido que tem um projeto de poder de 30 anos, encaremos 2015 como um desafio, um desafio não apenas político, mas, sobretudo, moral, pois é o nosso futuro em jogo. E isso é um desafio do povo, uma vez que é inútil tentar convencer quem acha que já sabe. Sem a humilhação preliminar que quebra a autoconfiança postiça e cria o desejo de saber, nada é possível. 




"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça.  De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da  virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." 

                                                                                                                            Rui Barbosa


2 comentários:

  1. amei a frase de Ruy Barbosa..valeu professor querido..saudades. Bianca UNB

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  2. Alacir a que vc atribui tanta incompetência...do povo? Dos políticos? Da nossa herança pórtuguesa?? Me responde por favor..Tamara. bjs

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