quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Um mundo enlouquecido..!!

PRECISO DE UM PROZAC !


Por Alacir Arruda - (ainda vivo...)

O que esta havendo com o mundo? "O mundo enlouqueceu!!!!" Não encontro adjetivo melhor para definir o que assistimos na atualidade. Senão vejamos, hoje em dia basta você fazer um comentário sobre qualquer assunto-tema em uma rede social , para que os achincalhamentos iniciem. Tudo e motivo para desavenças, discussões, algumas por pura banalidade, como o caso daquele ator que tirou uma foto de seu filho tomando banho e recebeu milhares de criticas em sua rede social, ou, "deslikes" (nem sei que porra e isso). A impressão é que hoje somos vigiados 24hs por dia, como na famosa obra "O Grande Irmão" de George Orwel . por um exército de " moralistas" prontos para aplicar corretivos em quem não se "comporta" no "uso" Rede. A grande verdade e que o mundo esta chato!!! E isso não está circunscrito apenas a Internet, essa imbecilidade comportamental se transferiu para as nossas relações pessoais, profissionais e até política. Tudo e motivo para radicalização.

A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos no fim de 2016, a saída do Reino Unido da União Europeia no mesmo ano – o famoso Brexit –, a quase vitória de Marine Le Pen nas eleições presidenciais francesas no meio de 2017 e o crescimento do nacionalismo extremistas em países desenvolvidos como Suécia, Áustria e Holanda. O que todos esses eventos têm em comum? A grande verdade é que desde o nosso comportamento agressivo em Redes Sociais, por vezes ingênuos, até os fenômenos políticos citados acima são partes de um fenômeno social maior e muito mais perigoso que um simples "deslike", trata-se do ressurgimento de ideias do nacionalismo na contemporaneidade.

Esses valores não são novos: datam no início do século XIX, tendo surgido na Europa e cujos valores foram adotados em todo o globo em diversos momentos históricos. Vamos entender o que é o nacionalismo e como essa ideologia está presente no mundo atual? que é nacionalismo? O nacionalismo e uma ideologia política, uma corrente de pensamento que valoriza todas as características de uma nação. Uma das formas pelas quais o nacionalismo
se expressa é por meio do patriotismo, que envolve a utilização dos símbolos nacionais, da bandeira, de cantar o hino nacional, etc.

Você já reparou que o hino nacional de países diferentes têm elementos muito similares? A letra normalmente ressalta as belezas naturais do país, a sua cultura, a coragem do povo, exalta figuras históricas, faz referência a lutas armadas – exemplos disso são os hinos brasileiro, estadunidense e francês, originados em países bastante diferentes, mas cujos hinos se assemelham. A ideologia do nacionalismo provém desse sentimento de pertencimento à cultura de um país e de identificação com a pátria. Diferente do patriotismo, que cultua questões mais palpáveis relativas ao Estado – os símbolos, o hino, a bandeira –, o nacionalismo tem um quê mais político.

Um dos ideais nacionalistas é a preservação da nação, na defesa de territórios e fronteiras, assim como na manutenção do idioma, nas manifestações culturais, opondo-se a todos os processos que possam destruir essa identidade ou transformá-la. Existem formas mais extremas de demonstrar esse sentimento nacionalista, que é o ultranacionalismo e/ou o ufanismo, que explicaremos mais tarde.

Mas como surgiu o nacionalismo?

Depois da consolidação dos ideais iluministas na França do, que valorizavam a ciência e a racionalidade em vez da religião e da espiritualidade, no início do século XIX a população francesa passou a rejeitar o Estado absolutista e monárquico que vigorava em seu país. Por isso, começaram a buscar um governo democrático, em que fossem destacados os ideais democráticos e em que houvesse participação dos cidadãos em primeiro lugar, não de um rei. Esses valores se espalharam pelo continente europeu e chegaram a países que ainda não estavam consolidados como Estados-nação, como a Itália, a Alemanha, a Bulgária, a Noruega e a Albânia.

O historiador inglês Eric Hobsbawn reflete que o nacionalismo despertava um sentimento comum a todas as pessoas que se identificavam com sua nação e poderiam ser mobilizados a explorar esse sentimento com finalidades políticas. A unificação alemã e a unificação italiana – a Alemanha e a Itália ainda não eram países consolidados em meados do século XIX – foram diretamente influenciadas pelos valores nacionalistas, na busca de uma identidade nacional e da formação de uma nação. Como veremos adiante, o nacionalismo influenciou movimentos extremistas, como o regime nazista na Alemanha, o fascismo na Itália e no Japão.

No Brasil já teve uma onda nacionalista?
O nacionalismo no Brasil está diretamente relacionado ao período de governo de Getúlio Vargas , principalmente no período da ditadura do Estado Novo , quando era presidente no Brasil. O Estado Novo foi de 1937 a 1945 e tinha como principais características o anticomunismo, o autoritarismo e o nacionalismo. Vargas incentivava o nacionalismo de diversas formas, desde a implementação de políticas populistas, a utilização de propaganda do seu governo, a extrema valorização do território brasileiro. Economicamente, ele optou por fortalecer – em muitos casos até criar – a economia brasileira, ao diversificar a sua gama de atuação e se fechar para as importações. Também criou grandes empresas estatais no país, como a Petrobras, a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

Durante o regime militar brasileiro, o nacionalismo também foi bastante incentivado por meio de campanhas ufanistas para conquistar simpatia da população. Assim, surgiram os slogans “Ninguém segura este país” e “Brasil, ame-o ou deixe-o”, além das músicas com refrão “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”, “Este é um país que vai pra frente (…)”.

O hino da copa de 70 era cantado pelo país: “noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração (…) Salve a seleção”. A ideia era a de contagiar a população em torno de um mesmo objetivo: amar a sua nação. E deu certo, pois a vitória da Seleção Brasileira Masculina de Futebol na primeira transmissão ao vivo de uma Copa do Mundo levou grande parte do país às ruas para cantar versinhos patrióticos, o que foi uma grande vitória para a ditadura militar.

Ufanismo: existiu na história? O nacionalismo exacerbado ou exagerado pode ser chamado de ufanismo e acontece quando um político, uma cultura, a população de um país tem orgulho excessivo de seu país, o que normalmente leva a medidas também exacerbadas. Normalmente é guiado pelo autoritarismo e esforços para a proibição, expulsão e opressão a imigrantes. Além disso, é comum a criação de inimigos externos ao país – reais ou não –, esforços militares – convocação da população a agir militarmente, alistar-se e servir ao serviço –, muita propaganda, entre outros artifícios.

Uma das principais consequências desse sentimento nacionalista exagerado é o sentimento de superioridade da sua cultura e do seu país frente a outros. Isso gera grandes problemas de embates interiores ao país, como racismo, xenofobia e discriminação com imigrantes, por exemplo. Confira um dos casos mais clássicos já existentes de nacionalismo exagerado:

O exemplo maior de nacionalismo foi o Nazismo na Alemanha.
O nacionalismo na Alemanha foi fomentado desde a formação do Estado, durante a sua unificação, que ocorreu em 1815, a fim de criar uma identidade e um território próprio. O nazismo foi uma maneira extrema e exacerbada de manifestar ideias nacionalistas, que resultou em ideias antissemitas – de oposição aos judeus, o que causou o Holocausto – e de superioridade racial – acreditavam e pregavam a supremacia branca do que chamavam de raça ariana, os germânicos.

O movimento tinha como objetivo criar uma sociedade homogênea e inteiramente alemã, excluindo da sua formação os “estrangeiros”, ao mesmo tempo em que buscava unidade nacional e tradicionalismo. Esse é um dos casos mais clássicos ao se tratar do nacionalismo exacerbado, pois envolve discriminação racial, xenofobia e o totalitarismo, já que o regime era muito autoritário e havia a ideia de que Adolf Hitler, precursor do nazismo alemão, deveria governar tudo e todos. Além disso, o uso do nacionalismo a fim de gerar rivalidade com outros países, como se eles fossem uma ameaça à unidade da nação alemã: quando o povo se une contra um inimigo externo, isso intensifica ainda mais o sentimento de pertencimento e o nacionalismo.

Risco do nacionalismo no mundo contemporâneo..

Além  dos exemplos citados acima, o nacionalismo que vemos hoje nas democracias consolidadas é muito diferente daquele da Alemanha nazista e do Brasil dos anos 30. Afinal, o mundo está muito diferente. Não tão presente no culto aos símbolos, como o hino e a bandeira; traz um pano de fundo étnico, relacionado à crise de refugiados, que buscam abrigo em outros países, por exemplo. Em alguns países há vontade de não tê-los em seu próprio território, o "medo|" que isso com a cultura do povo de algum lugar e influencie negativamente na preservação de suas tradições, tal qual o antigo nacionalismo. Como reflexo, muito países, como o Brasil, recebem os refugiados , havendo possibilidade de a população ser contra essa política e outros sequer abrem suas fronteiras frente a essa crise humanitária.

Um dos exemplos mais fortes de ufanismo atualmente é o discurso do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se elegeu prometendo construir um muro entre os EUA e o México, a fim de impedir que imigrantes mexicanos adentrassem suas fronteiras. Não só prometeu, como proibiu nas primeiras semanas de governo a entrada de diversas pessoas, imigrantes ou não, de varias nacionalidades como: Síria, Irã, Sudão, Líbia, Iraque, Iêmen e Somália. Com a promessa de barrar imigrantes e refugiados, Trump recebeu o voto de 61 milhões de cidadãos estadunidenses.

Suas medidas se aliam de maneira “moderna” às ideias nacionalistas: criar o sentimento da existência de inimigos externos, neste caso, dos refugiados e imigrantes que, segundo ele, vão aos EUA para atrapalhar a vida dos estadunidenses; a ideia de agir nos conflitos como a Guerra Civil na Síria com bombardeios e intervenções militares; discursos racistas e xenofóbicos, criando uma ideia de superioridade da população estadunidense, entre outras questões.

Um outro exemplo de comportamento nacionalista é Brexit. Em junho de 2016, um referendo foi realizado no Reino Unido sobre a sua permanência na União Europeia e o resultado da consulta à população foi: deixar a UE. O contexto é o mais importante neste caso: na época, a política da União Europeia quanto à crise de refugiados era de acolhimento e recebimento. Grande número de migrantes do Oriente Médio fazia o pedido de entrar no país e, como consequência, houve a manifestação do povo inglês em favor do Brexit (junção de Britain – Grã-Bretanha – e “exit“, que significa saída em inglês), cujo slogan era: “Queremos nosso país de volta”. Esse comportamento afastou a Grã Bretanha do protagonismo que exercia, junto com França e Alemanha , junto a União Europeia e no mundo e, segundo analistas, esse decisão - "pueril" para alguns - futuramente trará custos nada agradáveis aos habitantes da região.

Uma política nacionalista compreende a vontade de manter uma unificação nacional, um culto à tradição, à cultura do país e de seu povo Por mais romântico e utópico que isso possa parecer só reforça a ideia de isolamento e afastamento em um mundo cada vez mais conectado globalmente. A globalização, por mais cruel e desigual que possa parecer, ainda é menos letal que um ideia de fechamento de fronteiras, unilateralismo, xenofobia e isolamento.


E o Brasil?
O Brasil, ao se confirmar aquilo que as pesquisas eleitorais revelam, estará seguindo religiosamente a cartilha que leva a esse nacionalismo exacerbado. A questão é que por aqui  ele é politicamente anencéfalo e institucionalmente retrógrado pois se fundamenta nas ideias de um lunático absolutamente analfabeto, não apenas no que refere a economia, mas a diplomacia e aos ideais de mundo moderno, que se coloca acima do bem e do mal. Mas não podemos reclamar afinal nesse pleito que opção temos? Hoje temos duas faces de uma mesma moeda, de uma lado os artificies da corrupção que conseguiram expropriar erário de tal forma que o país faliu e que 0 líder maior comanda a campanha de seus asseclas   de uma cadeia, de outro temos um mentecapto que, em 30 anos como parlamentar , fez seu patrimônio multiplicar 1000% e brada aos quatro cantos que o maior orgulho foi ter conseguido eleger seus três filhos: um vereador e dois deputados estaduais e que acha natural politico brasileiro ganhar bem, ter vidão. Enfim.....Só me resta desejar boa sorte ao nosso pobre Brasil...


                                       Não tenho dúvidas: O mundo Enlouqueceu!!!






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