quinta-feira, 27 de novembro de 2014

tudo sobre vestibular

“O blog do professor alacir arruda agora em parceria com Tudo sobre Vestibular.

Tudo Sobre Vestibular

Plataforma de estudos online lança portal exclusivo para vestibulandos, com mais de 1 milhão de materiais de estudo gratuitos, criados por alunos e professores com o auxílio de ferramentas digitais

Na reta final para as últimas provas de Vestibulares deste ano, plataforma de educação online, que conta com mais de 100 mil estudantes e professores do Brasil, reúne em um único portal Tudo sobre Vestibular.
ExamTime – plataforma de educação online que existe nas versões em Inglês, Espanhol e Alemão , com total de 600 mil usuários de 190 países – conta, em sua versão Brasileira, com mais de 1 milhão de materiais de estudos criados por professores e alunos, com o auxílio de ferramentas online.
O objetivo da plataforma é democratizar o acesso à educação, incentivando alunos e professores a criar material de estudo e compartilhá-los entre os usuários.
Às vesperas de Vestibulares como o da Fuvest  e  Unicamp, ExamTime reuniu no portal Tudo sobre Vestibular os mais completos materiais de estudo criados por vestibulandos e professores, para guiar o candidato em sua missão de passar no exame.
Material de estudo como Mapas Mentais, com resumos e esquemas de conteúdos complexos; Flashcards (os cartões de memória), para praticaro conhecimento de fórmulas de Matemática, Física, Química, datas histórias e conceitos desde Biologia até Inglês; Simuladoscom questões de provas de Vestibular e Cadernos Online, com anotações e resumos de obras literárias. Todos esses materiais de estudo estão disponíveis gratuitamente aos usuários da plataforma.
O cadastro em ExamTime e a utilização das ferramentas online para estudar também são gratuitos.
O portal traz aindainformaçõessobre as disciplinas mais cobradas nas provas de Vestibulares, como Português, Matemática, Física, Química e História; as melhores estratégias de estudo para cada uma, além de informações sobre os diferentes estilos de provas aplicadas nos mais concorridos processo seletivos do país.
Em cada página do portal, há sugestões dos mais variados materiais de estudo e exercícios sobre todo o conteúdo cobrado nos exames.


Veja alguns dos materiais de estudo disponíveis no portal :



porquê???

PORQUE SOMOS ASSIM III

Por Alacir Arruda

É o terceiro artigo que publico com o mesmo tema, quem tiver  curiosidade basta pesquisar no Blog que encontrarão as partes I e II. Porque insisto nesse tema? Não sei, talvez por acreditar que um dia essa nossa forma corrupta de lidar com as situações do cotidiano mude. Uma certeza eu tenho: O brasileiro é desonesto até que se prove o contrário. Não sou eu quem está falando, não. São nossas empresas. Nossas centrais de atendimento, nossos prestadores de serviço, nossos patrões… Exemplo que ressalta minha revolta: tenho uma linha telefônica de uma destas empresas “tipo de telefone, sabe?”. Eu tinha o pacote todo, mas como o serviço era horrível, fiquei apenas com o telefone, cancelando a internet e a televisão. Isso faz dois anos. E esse mês fui cobrado de um valor completamente indevido referente a ambos os serviços. Por mais que eu fale que eu não o tenha mais e que os equipamentos foram retirados da minha casa há dois anos, eles não acreditam. Mesmo vendo o histórico dos meus pagamentos, muito menores desde então, nos últimos vinte e quatro meses, eles não acreditam. Não deu baixa no sistema? Problema meu. Mesmo que o erro tenha sido deles. E agora, além de perder a manhã resolvendo, também preciso ficar à tarde disponível para que eles entrem na minha residência e vasculhem meus aparelhos eletrônicos a fim de encontrar provas de que estou errado.

Esse exemplo é só o mínimo. Quantas vezes precisei entrar em contato com companhias aéreas para comprovar que paguei o valor promocional e não o cheio. Ou, quantas vezes precisei deixar um produto para análise, sem substituição de outro, para que chegassem à conclusão que não fui eu quem quebrou, mas sim ele que não funciona. E até foto de trânsito que já tive que tirar, inclusive da parte do acidente, para provar que eu não atrasei por motivo fútil no trabalho.

Nossa política é de desconfiar sempre, porque com o jeitinho brasileiro todo mundo tem medo de ser passado pra trás. Nas empresas, se não fizerem essa fiscalização, o prejuízo deve ser enorme. Nos recursos humanos, se não pedir o atestado, é capaz de faltar gente todo dia. E se até no Congresso, com todas as CPI’s e investigações, a gente ainda leva um prejuízo danado dos políticos corruptos, imagina só o que aconteceria se acreditássemos na palavra do outro?

Até aí, parece justo. Mas quando a gente olha com mais profundamente a questão, o que dá vontade de perguntar é simples: “cadê” o respeito à minha palavra? Onde está o meu crédito, o meu direito a ser ouvido e respeitado? Quem defende a minha casa de prestadores de serviço que vão entrar aqui apenas para conferir o que eu já disse? Quanto mais dessa invasão de privacidade eu precisarei suportar para que não venham novas cobranças indevidas, como se isso fosse um benefício e não uma obrigação deles? Quanto mais prejuízo vou levar entre debater com uma destas companhias e perder uma hora do meu trabalho, ou trabalhar e alimentar estas atitudes e cobranças indevidas comigo?

O que parece acontecer é que essas situações fazem parte de uma cadeia com muito mais consequências do que podemos imaginar, que englobam “falsificar a carteirinha” porque o cinema está caro, ou “arranjar esse atestado” pra chegar mais tarde… O “toma uns cinquenta reais para o café, seu guarda” ou aquele típico “vai que ninguém tá vendo”… O nosso pular a catraca “só por hoje”, comemorar quando vem o troco a mais porque “não vai fazer falta pra ele mas a mim, sim” e até aquele silêncio quando a pessoa da frente derruba o dinheiro e você espera para tomá-lo para si.

Esse nosso comportamento, vicioso e corrupto, a cada dia mata um pouco mais de nossa própria palavra. Cobra um pouco mais de nossa própria paciência e de nosso próprio tempo. E permite cada vez mais depredações à nossa educação, saúde, transporte, moradia, cultura… Porque vem também dos governantes, é algo nosso. Não há como ter um país melhor sem melhorarmos, sem nos modificarmos (não, não somos os piores, os mais errados, os mais corruptos, etc., mas aqui o assunto é apenas nós).

Cobramos atitudes honestas dos outros e esquecemos de nós, do exemplo que damos no dia-a-dia, quando ninguém está olhando. Além de corrermos o risco de tomarmos as mesmas atitudes erradas se formos nós no comando. Nos tratam com desonestidade e nós achamos normal, talvez porque pensamos lá no nosso íntimo que esse tipo de situação é um problema localizado. Mas, o que me parece é que permeia toda a população, e somos nós os algozes e, também, as vítimas. Nós deveríamos nos questionar sobre isso! Nós consideramos comum ter que passar por toda a dor de cabeça para mostrarmos, no final, que estávamos certos desde o começo. Alimentamos uma cadeia venenosa para nossa sociedade sem perceber que, no fim do dia, temos o que provocamos, ou melhor, construímos.

Até quando?




sábado, 22 de novembro de 2014

o limite da burrice

(Vejam abaixo que não há limites para a ignorância humana)

Projeto criacionista de Feliciano é um monumento à ignorância..

POR MAURÍCIO TUFFANI
15/11/14  17:41
O deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), autor de projeto de lei que propõe ensino de criacionismo nas escolas brasileiras. Imagem: Alan Marques/Folhapress

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) apresentou na quinta-feira (13.nov) ao Congresso Nacional mais uma ideia que certamente dará o que falar: um projeto de lei para tornar obrigatório o ensino do criacionismo na educação básica pública e privada do país. Desta vez o parlamentar evangélico paulista se superou na demonstração de profunda ignorância ao tratar de um assunto em uma proposição legislativa.

Para “justificar” seu projeto de lei 8.099/2014, Feliciano deu uma explicação digna de destaque nos anedotários políticos. Segundo o texto, o evolucionismo se baseia na ideia de que a vida surgiu de uma “célula primitiva que se pôs em movimento pelo Big Bang”.
Em outras palavras, o projeto do parlamentar reeleito com 398 mil votos —o terceiro mais votado para deputado federal em São Paulo, atrás apenas de Celso Russomano (PRB) e Tiririca (PR)— mistura a teoria sobre o surgimento do universo há cerca de 15 bilhões de anos com a da evolução das espécies por meio da seleção natural.
Mesmo sem saber que bilhões de anos se passaram desde o Big Bang até o surgimento dos primeiros seres vivos, qualquer pessoa com o mínimo de interesse sobre o assunto entende que se tivesse existido uma célula naquela explosão primordial do universo, ela jamais teria escapado à desintegração.

Crianças ‘confusas’ 
A “justificação” do projeto lei apresenta outras asneiras, a começar pela absurda pressuposição de que a ciência  procede “como se  fosse possível submeter à autenticidade do Criador em laboratório de experimentos humanos”, e outras, como as dos trechos a transcritos seguir.
“As crianças que frequentam as escolas pública tem se mostrado confusas, pois aprendem nas suas respectivas escolas noções básicas de evolucionismo, quando chegam a suas respectivas Igrejas aprendem sobre o criacionismo em rota de colisão com conceitos de formação escolar e acadêmica.”
“Ensinar apenas o EVOLUCIONISMO nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo, uma vez que a doutrina CRIACIONISTA é a predominante em todo o nosso país. O Ensino darwinista limita a visão cosmológica de mundo existencialista levando os estudantes a desacreditarem da existência de um criador que está acima das frágeis conjecturas humanas forjadas em tubos de ensaio laboratorial. Sem menosprezo ao avanço tecnológico e científico, indispensável às necessidades sociais enquanto aplacador da inventividade e curiosidade humanas, é possível harmonizar ensinos que contribuam ao desenvolvimento e amplitude da visão cósmica do conhecimento humano.”

Saia justa
Além desses e outros disparates, o texto do deputado-pastor Marco Feliciano contém erros gramaticais em excesso. Uma simples consulta à Wikipedia ou pelo Google e a ajuda de um simples corretor gramatical teriam resolvido esses problemas. É possível que a apresentação desse projeto de lei seja resultado de uma iniciativa apressada.
Coincidentemente, no dia seguinte à apresentação dessa desastrada proposta legislativa teve início em Campinas o 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente, no qual estarão reunidos até amanhã (domingo, 16.nov) biólogos, químicos e especialistas de outras áreas que rejeitam o modelo evolucionista baseado na seleção natural, mas não necessariamente baseados na interpretação literal da Bíblia de que o universo tem menos de 6 mil anos.
Tendo ou não sido proposital a coincidência com o evento, Feliciano arrumou uma saia justa para os adeptos do DI (Design Inteligente) com esse projeto de lei que é um monumento à ignorância. Sem querer, o deputado talvez tenha ajudado a abertura da caixa-preta do criacionismo, sobre a qual comentarei em breve.

PS – Copia e cola
A coisa é pior do que eu imaginava. Poucos minutos depois de eu publicar este post, o biólogo Roberto Takata me mostrou pelo Twitter que, na verdade, a proposta do pastor Marco Feliciano é uma cópia piorada de outra, o projeto de lei 594/2007, apresentado pelo deputado estadual Artagão Jr. (PMDB) à Assembleia Legislativa do Estado Paraná (Alep) em 2007. Nesta semana ele começou a ser apreciado na Comissão de Constituição e Justiça do Legislativo paranaense.

Em seu projeto Feliciano repete não só os mesmos disparates, mas também os mesmos erros de gramática do texto apresentado originalmente por Artagão Jr., apesar de o site do deputado estadual paranaense já ter uma versão corrigida. A única originalidade do parlamentar evangélico paulista só serviu para acrescentar ao início da “justificação” mais uma bobagem, aquela acima mencionada sobre “submeter à autenticidade do Criador em laboratório de experimentos humanos”.
É possível que Feliciano tenha copiado o projeto apresentado à Alep com a anuência do deputado paranaense ou, quem sabe, até mesmo com a recomendação dele. É estranho, no entanto, não ter sido dado nenhum crédito. Seja como for, tudo isso reforça que o deputado federal paulista desconhece o assunto de que trata. E que continua em pé o monumento à ignorância, cuja demolição cabe aos legislativos estadual e nacional.

PS 2 – Congresso de DI se posicionou contra ensino de criacionismo
A novidade está no post “Design Inteligente rejeita criacionismo em aulas de ciências”, publicado em 16.nov às 21h36.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

escândalo da petrobras

Escândalo na Petrobras: só a ponta do iceberg...

Por Alacir Arruda/ Reinaldo Azevedo

Amigos que acompanham esse Blog, vocês acham mesmo que já viram tudo em matéria de corrupção, de roubos e de bandalheiras na Petrobras companheiros?

Pois tenha a absoluta certeza de que não vimos nem um terço, nem 10% de tudo o que os companheiros já roubaram e continuam roubando naquela vaca petrolífera, que eles sugam com a cupidez de ratos famintos chegados num banquete aristocrático e pantagruélico. Tenha certeza de que eles continuarão roubando, corrompendo, extorquindo, se tal for a decisão do povinho miúdo que os elege -- o tal popolo minuto de que falava Maquiavel, em contraste com o popolo grosso que os explora -- e que pode ainda nos garantir pelo menos mais quatro anos de roubalheira garantida.

Sem ter nenhum conhecimento interno sobre os casos, nenhum indício direto sobre os crimes cometidos na estatal -- e em vários outros setores também, aliás todos -- posso afirmar que não sabemos quase nada de todos os horrores perpetrados, mas que eles existem, disso eu tenho certeza absoluta, e por uma razão muito simples: eu conheço o espírito dessa gente, eu sei qual é a essência essencial dos companheiros e eu sei reconhecer uma máfia quando vemos uma.

Nada disso me surpreende, e nada do que um dia virá me surpreenderá: máfias são assim, sempre previsíveis no seu comportamento mafioso.


Reinaldo Azevedo, 20/09/2014

Pois é… Reportagem da Folha deste sábado informa que Paulo Roberto Costa envolveu mais duas diretorias no esquema corrupto que vigorava na empresa: a Internacional, que era comandada pelo notório Nestor Cerveró, e a de Serviços e Engenharia, cujo titular era o petista Renato Duque. Entre as irregularidades que atingem as duas diretorias, estão a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Segundo o Jornal Nacional, Costa admitiu ter recebido R$ 1,5 milhão de propina só nessa operação.

Duque, note-se, já aparece citado em outro inquérito da Polícia Federal para apurar irregularidades nos negócios da Petrobras. A polícia investiga sua relação com outros funcionários da estatal suspeitos de evasão de divisas.

Em abril, outra reportagem Folha informava que Rosane França, viúva do engenheiro da Petrobras Gésio França, que morreu há dois anos, acusou a empresa de ter colocado o marido na “geladeira” porque este se opusera ao superfaturamento do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. Para a sua informação, leitor amigo: esse gasoduto foi orçado pela Petrobras em R$ 1,2 bilhão e acabou saindo por R$ 4,48 bilhões.

A viúva de Gésio não citou nomes, mas em e-mails que vieram a público, ele reclamava justamente da diretoria de Serviços e Engenharia, que era comandada pelo petista Renato Duque, que negociava com as empreiteiras. Duque, aliás, é amigo de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, um dos nomes citados por Costa como parte do esquema corrupto, que recorria aos préstimos do doleiro Alberto Youssef.

Além de amigo de Vaccari, Duque sempre teve um padrinho forte no PT: ninguém menos do que José Dirceu. Quando Graça Foster assumiu a presidência da estatal, em 2012, ela o substituiu por Richard Olm. Mas isso não significa, é evidente, que a Petrobras está livre da politicagem. Lá está, por exemplo, José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT e outro peixinho de Dirceu: é diretor Corporativo e de Serviços. Não só ele. Também é da cota do ainda presidiário Dirceu o gerente executivo da Comunicação Institucional, Wilson Santarosa.

A estatal, diga-se, tornou-se um retrato dos desmandos do PT e da forma como o partido entende o exercício do poder. Como esquecer uma frase já antológica do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, em 2005, em reunião com uma certa ministra das Minas e Energia chamada Dilma Rousseff? Ele cobrou uma promessa que lhe fizera Lula: “O que o presidente me ofereceu foi aquela diretoria que fura poço e acha petróleo”.
Era assim que Lula exercia o poder. E foi assim que a Petrobras passou a furar poço e a achar escândalos.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

tecnicas de redação

TÉCNICAS DE REDAÇÃO

 Por Alacir Arruda

“Para aqueles que ainda irão prestar vestibulares, segue abaixo um conjunto de orientações de como construir uma boa redação”


I- NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado:
                                     onde ? 
                                        |
         quando?  ---      FATO    --- com quem?
                                        |
                                    como?
 A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história é contada (é NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração predomina a AÇÃO: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de texto são os VERBOS DE AÇÃO. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de ENREDO.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas PERSONAGENS, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado ("com quem?" do quadro acima). As personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes( mesmo sem querer) ele acaba contando "onde" (=em que lugar)  as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações  é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos ADVÉRBIOS DE LUGAR.
Além de contar onde , o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o TEMPO, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o NARRADOR,  que pode ser PESSOAL (narra em 1a pessoa : EU...) ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...). Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada.

II - DESCRIÇÃO
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras. No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres  caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS. Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).    

III- DISSERTAÇÃO
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO.
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher lingüiça"): que a dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O texto impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e organizadas de maneira LÓGICA:
a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES ARGUMENTATIVOS.
b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.
A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e conceituar é GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:
  1. Transforme o tema numa pergunta;
  2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA);
  3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO).
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos publicamente).
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda bem o tema; 2. Reflita a respeito dele;3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere; 4. Faça  a organização textual ( o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos que a dissertação terá no  DESENVOLVIMENTO do texto.



sábado, 15 de novembro de 2014

a estupidez

Vamos celebrar a estupidez humana II

Alacir Arruda
“A juventude envelhece, a embriaguez passa, a burrice se educa, mas a estupidez é eterna.” (Aristóteles)

Um tema sempre em evidencia: o nível de “emburrecimento” da sociedade e a estupidez nos relacionamentos. Segundo o dicionário Houaiss, “estupidez” significa “tolice”, “asneira”, “indelicadeza”, “grosseria”. Eu acho que essas palavras não contemplam de forma ampla o significado desse substantivo. Aliás, quando Aristóteles afirmou que a estupidez é eterna, certamente ele não estava se referindo a uma simples tolice, a uma mera indelicadeza, a uma situação específica de grosseria.

A estupidez a que o filósofo se referiu é característica dos que se recusam a evoluir. E isso não tem a ver com grau de instrução, com títulos acadêmicos. Tem a ver com pessoas que são estúpidas, mesmo sendo inteligentes.

E como isso é possível? 

O conhecimento enciclopédico, aquele que se aprende na escola e também na vida, por meio de fontes variadas, é importante e pode ser o grande diferencial na ascensão profissional, social e financeira de alguém. Uma pessoa com vasto conhecimento assim é inteligente. 

Mas mesmo os inteligentes podem ser estúpidos. E eles serão sempre que se recusarem a mudar de ideia por pura teimosia. Pessoas inteligentes serão estúpidas quando não fizerem reflexões sobre o mundo que as cerca e apenas vomitarem teorias e notas de rodapé. Pessoas inteligentes provarão que são estúpidas quando se julgarem melhores que os outros por causa dos diplomas que guardam nas gavetas. 

O jovem pode rever seus conceitos sobre a vida quando chegar à maturidade. O bêbado pode voltar à sobriedade depois de um bom sono e uns goles de café. O ignorante pode buscar fontes de informação e sanar suas dúvidas. Mas o estúpido, ah, o estúpido jamais admitirá sua estupidez. Ele está ocupado demais pensando em si mesmo. 

O estúpido não se sensibiliza com a dor do próximo, não é generoso. O estúpido apega-se a coisas, e não a pessoas. Ele não sugere, mas é ótimo para reclamar. Abre a boca para denegrir, jamais para elogiar. Ironiza a fé alheia, mas, quando conveniente, é hipócrita o suficiente para ler a Bíblia e chorar. 

Os estúpidos não têm bom humor e são ranzinzas. Homens estúpidos tratam a mulher como um pedaço de carne. Mulheres estúpidas se consideram meros pedaços de carne. 

A estupidez cega, ensurdece, emudece. O estúpido não enxerga ao longe simplesmente porque não se esforça para isso; não ouve nada além do que lhe seja oportuno; não dá opinião quando necessário. 

Pessoas estúpidas acham que o dinheiro lhes tornam melhores que os outros. Acreditam piamente que são auto-suficientes. Rotulam como ruins a piada que não entenderam e o livro que nunca leram.

Estúpidos são chatos, quase insuportáveis, entretanto é preciso conviver com eles. Mas não eternamente. Bom mesmo é mandar o estúpido passear.

Comecei com Aristóteles. Terminarei com Einstein: 

“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que se refere ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.”






terça-feira, 11 de novembro de 2014

educação enriquece?

EDUCAÇÃO ENRIQUECE, PERGUNTE AOS DONOS DE ESCOLA!

Por Alacir Arruda

Após mais uma certeza de fracasso de muitos jovens que freqüentam instituições particulares no ENEM 2014, a pergunta que não quer calar é: O que acontece com as escolas privadas que não conseguem bons resultados nesse exame? Para responder essa pergunta precisamos analisar o processo histórico que levou a isso.

O setor da educação no Brasil assistiu a quatro grandes operações de aquisição nos últimos 8 anos. Em 12 de julho de 2010, a Abril Educação comprou o Anglo, um dos mais tradicionais grupos de educação do país. Um mês depois, o fundo de private equity (de investimentos em outras empresas) BR Investimentos adquiriu parte da  Abril Educação por 226,2 milhões de reais. Ainda em julho de 2010, foi a vez da britânica Pearson assumir o controle do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), dono do COC, Pueri Domus e Dom Bosco.

Longe de configurar simples coincidência, a proximidade das operações reflete o aquecimento do mercado de sistemas de ensino nos últimos anos em nosso país – métodos desenvolvidos por empresas de educação e distribuídos a escolas privadas, em sua maioria, e também instituições públicas. Alguns dos protagonistas desse mercado – em ordem, Positivo, Abril Educação/Anglo, Pearson/SEB e Objetivo – não informam faturamento e suas respectivas fatias de mercado, o que dificulta precisar o tamanho do bolo. Mas uma coisa é certa: trata-se de um negócio, de fato, bilionário. A Hoper Consultoria, especializada em educação, estima que a receita do setor gira em torno de 1 bilhão de reais.

O que mais tem chamado atenção de especialistas, é que na educação pública, que hoje ainda atende a 85%  da demanda nacional,  a relação é diametralmente oposta, ou seja, o sucateamento das escolas publicas brasileiras segue na mesma proporção, em sentido oposto, ao crescimento desses grandes grupos. Mas educação é negocio?
Sim! E isso tudo se deve ao fato da escola  brasileira estar em crise há muitos tempo e  não é exagero nem uma novidade, infelizmente. Mas qual seria a razão para tamanho problema? Ao procurarmos explicação para essa crise, nos perdemos na tentativa de definir o que é causa e o que é conseqüência de tudo.

Violência escolar, violência em casa, descaso na escola e em casa, uso de drogas, indisciplina, desinteresse, desestímulo. O que é motivo e o que é motivado? Onde começa o problema e em que ponto ele poderá se tornar solução?

Em artigo à revista Superinteressante, Luiz Barco, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, analisa possíveis razões da decadência do sistema escolar brasileiro. Ele cita uma cena curiosa que presenciou um dia desses: “uma jovem mãe tentava responder à pergunta de sua filha de cinco anos sobre como nascem os bebês. Em dado momento, a menina cortou-lhe a frase e disse: o que eu quero saber é se eles nascem com roupa ou sem roupa”.

Um bom exemplo da diferença entre quem quer fazer e quem quer explorar educação é o caso da Coréia. Em 1958, Coreia do Sul e Gana tinham o mesmo Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Nas décadas seguintes, surgiu uma diferença brutal,  com a Coréia despontando. Até que ponto isso pode ser atribuído ao investimento em educação? Esse resultado se deveu a um esforço do governo coreano em conciliar crescimento econômico e políticas educacionais. A Coreia do Sul tem a tradição de manter esse tema dentro de seus valores. Depois da II Guerra Mundial, o governo começou a pensar nos alicerces da sociedade, com a educação no centro da construção da identidade nacional. Fica impossível pensar em crescimento econômico sustentável sem investimento em ensino.

De que forma a escola conseguiu servir de plataforma para a mobilidade social? Logo após a II Guerra, a escola conseguiu ser um bom mediador para aqueles que pretendiam alcançar uma posição social mais elevada. Isso pode ser traduzido em uma palavra: meritocracia. Hoje, para os pais, a educação é uma preocupação constante na criação dos filhos, mas nem sempre foi assim. Durante os anos 1960, muitas famílias acreditavam que apenas o filho homem poderia ir à universidade. As mulheres, após completarem o ensino médio, tinham de ir trabalhar. Em apenas uma geração a mentalidade mudou. Os casais têm um ou dois filhos e acham que todos devem concluir os estudos.

O investimento privado em educação na Coréia do Sul é um dos maiores do mundo. Essa é uma questão que não deve dizer respeito apenas ao Estado.? É uma questão que deve ser gerenciada por agências públicas. O investimento privado vem crescendo, enquanto o público se estabilizou. Discute-se que o governo deve focar em mais recursos para a educação pública, até como forma de diminuir a intervenção do setor privado. Mas as escolas privadas são monitoradas pelo governo, que garante qualidade. O governo desempenha um papel central no controle de ambas.

Uma das principais discussões no Brasil é elevar o investimento público em educação para 7% até 2020. Como é na Coreia?  A  Coréia, investe entre 4,6% e 4,8% do PIB em educação (em décadas passadas, o índice superou 10%). Cerca de 15% do orçamento nacional vai para a área (em 2013, o orçamento do governo federal para a área foi de 3,87%), mas segundo o governo, eles  precisam mais que isso. Vejam a situação do Brasil, que curiosidade. O Brasil é a sétima maior economia do mundo e para onde esse dinheiro vai? Logo, há  dinheiro o suficiente para realizar mudanças estruturais em educação, o que falta e vontade política.

Já o ambiente privado é totalmente diferente, investimentos não faltam. Escola colocam catracas e só entra quem é estudante e estudante pagante. Aquele que não paga pode ter a credencial bloqueada até regularizar o pagamento”, conta Donizete Sanches, aluno do cursinho Anglo de SP. Ele mesmo já passou por esse constrangimento quando atrasou o pagamento, por dificuldades financeiras devido ao desemprego  de seus pais. “Cheguei atrasado e não consegui entrar para assistir às aulas”, conta o aluno, que só teve acesso à escola após o pai comparecer emitir um cheque como garantia do pagamento da parcela.             

Especialistas avaliam que essa é uma tendência no ensino privado do país, justamente pelo fato de essas instituições terem assumido o papel de empresas prestadoras de serviços. “E, como empresas, pensam prioritariamente nos lucros e na concorrência com as demais instituições”.

A questão é que toda essa opulência não e garantia de bons resultados. O ENEM tem provado ano a ano que o modelo conteudista, que essas escolas ainda adotam, tem sido um empecilho  ao acesso do educando ao ensino superior de qualidade ( entenda Universidades Federais e Estaduais). Os dados são alarmantes,  de cada 100 alunos de boas escolas privadas, apenas 2 passam em medicina em federais, que é um curso referencia no Brasil (fonte: todos pela educação).

Portanto, se alguém um dia lhe perguntar: “ Educação enriquece?”. Responda sim: Pergunte aos donos de escola!!





domingo, 9 de novembro de 2014

ENEM 2014- acabou.....

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENEM 2014

Por Alacir Arruda 

É, acabou o martírio! Ufaa... para alguns foram anos de estudo ate chegar esse dia, para outros foi a primeira vez. O ENEM 2014 chega ao fim com uma certeza: “Os nossos alunos não estão preparados para essa prova”. E um alerta: “Faz-se necessário que as escolas, sobretudo as particulares, revejam seus métodos e conteúdos ministrados”. O modelo que ai está , ruiu, estagnou e o ENEM é a prova disso.

Vou me ater a apenas dois pontos. Primeiro as humanidades, até por ser minha área, e segundo a Redação, que é uma área que considero um curioso. Pois bem, a prova de humanidades desse ano, embora fácil, exigiu dos alunos uma capacidade de leitura e interpretação bem apurados, ainda uma visão holística do mundo, sobretudo as questões de filosofia e sociologia. Ate ai normal, o ENEM é um exame que busca isso mesmo, fazer com que o educando tenha essa visão panorâmica das coisas fugindo do modelo tradicional, conteudista e decoreba, o problema é: “as escolas ensinaram isso aos seus alunos?” 

Por exemplo: qual Escola ou cursinho aprofunda Platão a partir da sua realidade inteligível. Ou a teoria dos “dois mundos”, o das idéias e o sensível? E a maiêutica socrática? Como as escolas tratam esses assuntos? Com apenas uma,  ou no Maximo duas aulas de filosofia por semana? Isso quando tem, algumas engessam essa disciplina junto com historia. Ou discutir II Império sob a ótica dos interesses políticos, a velha e batida “ política dos governadores”, fazendo uma ponte com a exploração da mão de obra barata na Índia, ou a responsabilidade dos municípios cortados pelo aquífero de Alter do Chão no norte do país? Teve aluno que me ligou dizendo que jamais ouviu falar nesse aquífero, alguns pensarem ser pegadinha. Mas com certeza os alunos sabem de cor e salteado: clima, relevo e vegetação do Brasil que esse material didático “risível”, conteudista e ultrapassado que ainda hoje as escolas usam, insistem em ensinar e nunca caem no Enem, salvo em contextualizações. Discutir o Golpe de 1964 sob a égide do papel da Comissão da Verdade, que foi criado para verificar circunstâncias das violações de direitos humanos durante os “ anos de chumbo”? Com certeza as escolas ensinaram o que foi o Golpe, fizeram os alunos decorar o nome dos cinco Presidentes militares desse período, falaram sobre o Milagre Econômico, a tortura e as grandes obras, mas sobre a Comissão da Verdade??? Não deu tempo!

Bom, vamos à redação. Confesso que fiquei surpreso com o tema. Sabia que seria algo relacionado a cidadania, (basta consultar blog abaixo, POSSÍVEIS TEMAS DA REDAÇÃO ENEM 2014 que publiquei semana passada) algo como: qual papel do cidadão diante de acontecimentos que o cercam, mas “publicidade infantil”?? Não imaginei. Mesmo sabendo que não deixa de ser um tema ligado a cidadania o considero de pouco, ou quase nenhum, domínio pelo alunos. Isso não me impede de parabenizar o INEP por levantar esse questionamento. Mas o aluno para conseguir argumentos que preencham os 5 eixos cognitivos do ENEM precisaria ter um certo domínio,  um conhecimento a priori. Então pergunto qual Escola ou  cursinho  hoje ensina: Escola de Frankfurt, Marcuse, Foucault, Sartre, Stuart Hall, Baudrillard Lukacs, Habermas, Michael Novak, Michael Sandell ou Baumam?? Alem de outros? Ou ainda Kafka, Dostoievsky, Tolstoi, James Joyce ou Oscar Wilde...Bom, em 20 anos de sala de aula nunca vi. Faço isso e meus alunos sabem que é por minha conta e risco, saio fora desses conteúdos programáticos engessados e divorciados da realidade do educando. Só assim podemos conseguir “extrair do educando”, isso mesmo! “Retirar” algo que na verdade ele já possui. Como a própria etimologia da palavra educação nos assevera: Educação vem do Latim “educere”, ou seja: tirar de dentro do aluno.....literalmente.

Não quero com isso dizer que os professores dessas escolas não sabem dar aula, longe disso, até porque conheço uma gama de profissionais de primeira ordem, mas a grande maioria ainda não sabe o que é o ENEM e  desconhecem a  sua matriz,  seja por ignorar o exame, seja por falta de humildade.

O mais legal, é que amanha esses mesmos professores chegarão aos cursinhos, ou escolas com o discurso na ponta da língua: " Eu não disse pra vocês que iria cair isso?? Viu ?? Avisei pra vocês"...Transferindo um possível fracasso aos educandos,  se eximindo de qualquer culpa. Bem faria um aluno se assim respondesse: "Não mestre, o senhor não disse, se dissesse, não teríamos ido tão mal" 


Parabéns a todos que passaram por essa batalha de 9 horas de prova e Sorte..


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

matemática Enem 2014

TEMAS DE MATEMÁTICA QUE PODEM SER  COBRADOS NO ENEM-2014

Por Alacir Arruda

        Continuo apresentando temas que possivelmente farão parte do ENEM em 2014. Esses tema foram obtidos após minuciosa pesquisa dos últimos 8 ENEMs  e usando a minha própria experiência como professor de cursinho  há mais de 18 anos e elaborador de Itens do ENEM desde 2006. Obtive ainda  a ajuda de  alguns professores da área e representantes de cursinhos que  concordam nos seguintes temas:

 1)Álgebra, gráficos e tabelas.  Entenda como são pedidos os conteúdos básicos de matemática no exame.  
Álgebra é a essência da matemática. Em cima dela é que se resolve as questões. No Enem é julgada a interpretação do texto. É importante tirar as informações que podem vir em forma de equação, gráficos ou tabelas. Analisar gráficos e tabelas são comuns nas provas do Enem.
 2) Porcentagem
Do financiamento do carro às promoções das lojas, quase tudo o que envolve as contas dos brasileiros traz o sinal de "porcentagem". Ele aparece no juro do empréstimo, na remuneração da poupança, nos preços das ações. Mas muita gente ainda tem dúvidas sobre como fazer as contas.
 3) Análise combinatória
Na análise combinatória não interessa quais são as soluções, mas quantas são as soluções. Para questões mais elaboradas, é preciso usar uma das três possibilidades de cálculo: os arranjos, as combinações ou as permutações. A análise combinatória permite saber quantos jogos da Mega-Sena com 15 dezenas é possível fazer.
 4) Estatística
Média, moda, mediana, variância e desvio padrão de um conjunto de valores são alguns conceitos de estatística que podem aparecer no Enem. Veja ao lado um exemplo para o cálculo da mediana
 5) Logaritmo
O logaritmo pode ser aplicado, por exemplo, nas questões que pedem para que sejam comparadas as energias entre dois terremotos e a formação de tsunamis. Veja ao lado a explicação de como o tema pode cair na prova.
 6) Geometria plana
Questões sobre geometria plana e geometria espacial são frequentes nas provas do Enem. Veja ao lado um exemplo de como calcular a área de um triângulo quando são conhecidos dois lados e o ângulo entre eles.
 7) Geometria espacial
Em geometria espacial, questões sobre cones, cubos, pirâmides e prismas são comuns no Enem. Os prismas são sólidos cujas bases são sempre paralelas e iguais. Há dois tipos de prisma: reto e oblíquo. Entenda como se calcula a área delel.
 8) Cálculo
Exemplos práticos como o número de acidentes de trânsito podem ser abordados para que o candidato use cálculo e raciocínio para resolver a questão.
 9) Geometria analítica
Questões de geometria analítica podem ser usadas para situações do cotidiano. No exemplo ao lado, veja como o cálculo pode ser feito para determinar quantos litros de cada combustível é necessário comprar para obter a maior autonomia possível de um veículo com motor flex.
 10) Interdisciplinariedade
As questões de matemática podem vir em um contexto junto com física, onde no cálculo de forças resultantes é utilizado trigonometria, ou ainda combinada em questões de química, biologia ou geografia, com leitura de gráficos. Veja ao lado um exemplo de combinação entre física e matemática.

 Dicas  para a prova
Pelo visto nas provas passadas do Enem, sem dúvida, o conteúdo dominante (cerca de 35% da prova) é relativa aos seguintes conteúdos: grandezas proporcionais, porcentagem e conceito de funções relacionado a gráficos e tabelas. A competência e habilidades avaliados nesses itens são: construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais; reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais; identificar relações entre grandezas e unidades de medida.  Probabilidade e estatística também é muito recorrente (cerca de 15%) que trabalha a competência de compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.  O conhecimento de geometria plana e espacial (cálculo de áreas e volumes de figuras espaciais), que aparece em cerca de 20% da prova, é trabalhado na competência ao utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.  Logaritmos e exponenciais, trigonometria e sequências, como, por exemplo, progressão aritmética e progressão geométrica, também não são muito exploradas. Porém, podem cair. Todos esses assuntos juntos totalizam em média 15% da prova." 

"Nos últimos anos, predominaram questões sobre grandezas proporcionais e geometria espacial. São questões contextualizadas e bastante relacionadas a situações do cotidiano. Decorar fórmulas, sem a preocupação com o desenvolvimento do raciocínio, é o caminho mais certo para um desempenho fraco na prova de matemática do Enem."

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

redação enem 2014

POSSÍVEIS TEMAS DA REDAÇÃO ENEM 2014

Por Alacir Arruda

Alguns alunos tem me cobrado o tema da redação do ENEM 2014, em função de ano passado eu ter acertado. Bom, primeiro eu gostaria de dizer que não sou vidente segundo, eu trabalho com cenários tendências faço uma leitura de mundo e aposto. Sendo assim, segue abaixo uma lista de possíveis temas que poderão ser cobrado domingo na redação. Lembrando que a minha maior aposta é em algum tema ligado a cidadania ou ao Golpe de 1964, mas a Crise na Ucrânia não pode ser descartada bem como as questões relacionadas a Homofobia e União Civil de pessoas do mesmo sexo ou o cyberterrorismo praticado pelo Estado Islâmico ainda o legado da copa. Boa sorte a todos..

Redação Enem 2014: 1. Papel da mulher no século XXI
O papel da mulher no século XXI é um tema social que tem grande destaque na mídia e, portanto, é a aposta para tema de redação não só do Enem como também de outros vestibulares. Sobre esse tema é preciso discutir, por exemplo, sobre uma solução para a questão do assédio nos transportes públicos e outros problemas comuns no cotidiano das mulheres.

Redação Enem 2014: 2. Manifestações durante o Mundial
O mundo parou para assistir ao Mundial, porém muitos brasileiros continuaram tomando as ruas para protestar contra a realização do evento. É importante refletir sobre o que querem esses manifestantes e encontrar respostas para essas reivindicações.

Redação Enem 2014: 3. Os 50 anos do Golpe Militar de 64
A democracia é recente no Brasil. O Enem pode tratar a sua consolidação como tema da redação. O Golpe Militar de 1964 cessou muitos dos direitos humanos. O aluno deve ter a consciência de que a democracia instaurada após esse período precisa se solidificar.

Redação Enem 2014: 4. Ética dentro e fora do campo
Outro assunto relacionado ao Mundial é a questão da ética dentro e fora do campo, desde a mordida do jogador Suárez até a compra de ingressos reservados aos deficientes físicos. O que podia ter sido diferente no comportamento das pessoas?

Redação Enem 2014: 5. Os “justiceiros” 
Este ano, observamos muitos casos de pessoas que tentaram fazer justiça com as próprias mãos e agiram de forma violenta, causando até mesmo o assassinato de pessoas em prol dos seus próprios valores. Até que ponto a justiça brasileira falha e onde acaba o direito de uma pessoa de tomar esse exercício para si?

Redação Enem 2014: 6. Diretas Já
O movimento das Diretas Já, consideradas uma das maiores manifestações populares do País, completa 30 anos. Novamente a questão da democracia é abordada, porém desta vez na vertente da redemocratização do Brasil. O fim do bipartidarismo e a mobilização popular podem ser tratados pelo Enem.

Redação Enem 2014: 7. Patriotismo 
O verde e amarelo caracterizaram ainda mais o País durante o Mundial, com bandeiras penduradas nos retrovisores de carros e janelas de casas. Por isso, o patriotismo pode ser abordado no exame como algo que só aparece durante eventos de futebol.

Redação Enem 2014: 8. Cobertura do Mundial pela mídia
O Mundial foi abordado sob diferentes aspectos pela mídia. É interessante que o estudante analise se a imprensa priorizou os jogos, as manifestações ou os estrangeiros que vieram conhecer o País, bem como se foi adotada uma postura ética.

Redação Enem 2014: 9. Redes sociais x Direitos Humanos
Uma discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. A proximidade do tema com o cotidiano dos alunos faz com que páginas como o Facebook e o Twitter sejam colocadas em debate quando falamos sobre o respeito e a privacidade.

Redação Enem 2014: 10. O Futebol
O tema futebol parece óbvio, mas a verdade é que o esporte pode ser analisado de diversas formas, partindo da sua função durante períodos ditatoriais e passando pelo desrespeito que acontece nos campos.

Redação Enem 2014: 11. Legado do Mundial
O que vai restar do Mundial? Como vai ficar a economia brasileira? A reflexão e análise de dados ligados aos jogos podem ser cobradas, incentivando o estudante a fazer o balanço dos seus benefícios e prejuízos.

Redação Enem 2014: 12. Plano Real
O Plano Real, estratégia adotada pelo governo em a fim de controlar a hiperinflação econômica que o país vivia, completa 20 anos em 2014. As origens da inflação e o período antes do Plano podem ser colocados em destaque.

Redação Enem 2014: 13. Racismo
O racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas para a redação. Vivemos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas. Além disso, o racismo nos campos de futebol pode ser apontado após o episódio sofrido pelo jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.

Redação Enem 2014: 14. Limites do humor nas redes sociais
Após a derrota do Brasil pela Alemanha no Mundial, muitas piadas surgiram nas redes sociais utilizando até mesmo o ditador Adolf Hitler. Esse tipo de piada pode ser considerada ofensiva devido aos horrores acontecidos no Holocausto. Portanto, é preciso discutir sobre os limites do humor nas redes sociais.

Redação Enem 2014: 15. Escassez de água
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. A escassez de água enfrentada pelo País é um dos temas mais preocupantes, e o exame pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão.

Redação Enem 2014: 16. Campanhas de Vacinação
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. O candidato precisa avaliar os dois lados da moeda e refletir sobre o que pode ser feito para prevenir os cidadãos e, ao mesmo tempo, conscientizar os pais sobre a importância dessas vacinas.

Redação Enem 2014: 17. O Brasil diante dos estrangeiros
Como o Brasil se mostrou para os diversos estrangeiros que vieram acompanhar o Mundial e, afinal, qual é a cara do Brasil? O encontro de culturas também é forte candidato para aparecer na redação do Enem.




terça-feira, 4 de novembro de 2014

para meus alunos

PARA: KARINA, VERUSA, EASMIM, GABRIEL E MATHEUS

Por: Alacir Arruda


Chegou a hora da despedida...........

No dia 02 de junho de 2014, nós começamos uma jornada, um desafio do tamanho dos seus sonhos. Lembro do 1º dia, as carinhas desconfiadas (sera que esse cara conhece mesmo sobre ENEM..?? O meu Deus.....). A incerteza era a única razão: O que não dizer da falante Verusa, se lembrando do seu, já falecido, papai com muito carinho, ou da meiguice de Easmim, sempre sorridente, a determinação da Karina, séria, mas um doce. E o Matheus? Menino de tudo, mas obediente e perspicaz (quando quer),  tem ainda as tiradas do Gabriel sempre contando alguma aventura engraçada que passou por esse Brasil afora..Enfim..(..) foram 5 meses de intensos estudos e convivência nas incontáveis tardes, sem contar os inúmeros simulados aos sábados, cansativos, porem necessários.

É...... chegou o fim!! Sábado 8/11 e domingo 09/11 vocês colocarão em pratica tudo aquilo que esse humilde escravo do giz e um sonhador da educação lhes ensinou, mas  carreguem uma certeza, “para mim, vocês já são vencedores”, o resultado que obtiverem é apenas um dado aritmético, vocês são bem melhores que ele.

Levo no meu coração os sonhos de jovens puros, sinceros e transparentes, porque vocês são assim!!!

Vejo vocês como flores a desabrochar num jardim muito belo que jamais sairá da minha memória. Sei que me zanguei, mas vocês sabem que foi preciso!! E mais, os professores são assim mesmo!!

Permanecerá a lembrança dos rostos de vocês, sempre sorridentes e felizes, querendo dizer que compreenderam tudo, ou quase tudo!!!

Acima de tudo fica a amizade, o carinho, a enorme ternura que sempre senti por vocês, desde o primeiro dia que nossos olhos se cruzaram. Não esquecerei de nenhum de vocês, podem estar certos disso. O eterno rosto ficará para sempre.

Cada gesto, cada palavra, cada som, cada atitude de vocês, serão preservados como um tesouro imenso, uma riqueza incalculável, no no meu coração. Foi muito bom estar com vocês!! Por agora, fica o meu muito obrigado.., e saibam que fiz o que pude..Dei o meu melhor..

Obrigado..Boa Sorte..... e até sempre!!