COMO FICA O ENEM APÓS A REFORMA DO ENSINO MÉDIO?
Por Alacir Arruda
Essa é uma das grandes dúvidas que hoje permeia a cabeça de milhões de jovens que se preparam para o ENEM 2017. Porém, é necessário ter muita calma nessa hora. É importante que o aluno saiba que a reforma está prevista, segundo o MEC, para ter inicio a partir de 2018, e as escolas tem até 2022 para sua total implantação. Em face disso, os alunos que prestarão o ENEM neste ano não serão afetados. Porém, aqueles que irão prestar o exame partir de 2018 sofrerão os impactos da reforma. O MEC estuda várias possibilidades, uma delas é de fazer o ENEM por áreas escolhidas pelos alunos, em suma, seriam confeccionados vários exames.
Essa reforma do Ensino Médio, que foi transformada em lei pelo presidente Michel Temer no dia (16) de fevereiro, vai influenciar quem for fazer em 2019. A mudança vai afetar bastante as escolas públicas, que vão ter de se adaptar. O horário integral é o mais impactante, já que nos colégios particulares já se tem uma carga horária grande no Ensino Médio.
Com a sanção presidencial, o próximo passo é a publicação do texto final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está sendo debatido e elaborado por um comitê no Ministério da Educação. A BNCC vai ocupar o máximo de 60% da carga horária total do Ensino Médio, aumentando de quatro para cinco horas diárias de aula. O tempo restante deve ser preenchido por disciplinas escolhidas pelo aluno, de acordo com a formação desejada em uma das cinco áreas de interesse — linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
A reforma, além de aumentar a carga horária em sala de aula nos anos do Ensino Médio, afeta também o Ensino Fundamental, quando torna o estudo da língua inglesa obrigatório a partir do sexto ano.
O objetivo do governo é aprovar primeiramente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para somente depois começar a implementar a reforma, gradualmente, a partir de 2018. O texto aprovado divide o conteúdo do ensino médio em duas partes: 60% para disciplinas comuns a todos, a serem definidas pela BNCC, e 40% para que o aluno aprofunde seus conhecimentos em uma área de interesse, entre as opções Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Profissional. Originalmente, na MP, o governo federal defendeu uma divisão 50% a 50%.
Outro pilar da medida é ampliar a oferta de turno integral de 800 horas para 1,4 mil horas anuais, mediante financiamento da União aos Estados e ao Distrito Federal durante dez anos. As disciplinas de Filosofia, Sociologia, Educação Física e Artes funcionarão como matérias “optativas”. As escolas serão obrigadas a oferecer as matérias, mas ficará a cargo do aluno escolher estudar as disciplinas ou não.
Pode-se concluir então, que o ENEM 2017 está imune a todo esse conjunto de mudanças e a celeuma que envolve a reforma do Ensino Médio. Se a reforma será positiva ou não só o tempo dirá, o que se tem questionado é a forma autoritária ( por medida provisória) usada pelo governo para aprová-las. Não houve uma discussão mais profunda acerca dessas mudanças, nem a participação efetiva daqueles que, indiscutivelmente, são a espinha dorsal do sistema educacional, os professores. Oxalá essas mudanças atinjam seus objetivos, pois continuar ostentando a ante-penúltima posição, entre 80 nações, como o pior ensino médio do mundo, não é razoável.
Contato: agaextensao@gmail.com
Para mim essa reforma é pra inglês ver, nosso ensino continuara sendo desigual e as melhores faculdades para poucos.Ou vai me dizer que com essa reforma um pobre terá mais facilidade de passar em medicina em uma federal? Gostei do Blog. Marcelo -Volta Redonda
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