terça-feira, 16 de maio de 2017

ENEM 2017: II Guerra e suas mentiras

"A HISTÓRIA É ESCRITA PELOS VENCEDORES": AS ATROCIDADES DA II GUERRA.

Por Alacir Arruda

Quando se fala em Segunda Guerra Mundial (1939-1945)  é natural que a primeira coisa que venha a mente de qualquer pessoa, seja  o Holocausto praticado contra Judeus, Ciganos Negros, entre outras minorias pelos  nazistas, aliás, foi isso que nos ensinaram nas escolas não é? Não que isso não tenha ocorrido,  e não estamos diminuindo a sua importância histórica, porém:  há mais coisas entre o céu e a terra do que possa imaginar nossa vã filosofia, como diria Shakespeare. Nesse conflito, como nos demais,  existem verdades não ditas, fatos omitidos e heróis fabricados. 

É importante que estabeleçamos um princípio crucial para que possamos entender a Segunda Guerra Mundial: não havia “mocinhos” na Segunda Guerra Mundial! Não era uma guerra do “bem” contra o “mal”, foi a degradação da humanidade. Embora devamos enaltecer os esforços e os sacrifícios de toda uma geração que lutou instintivamente para sobreviver, sejam combatentes ou civis, mas não podemos enaltecer a guerra em si. Guerra é exatamente isso: Guerra! Isso quer dizer que TODOS os seus partícipes irão se desgeneralizar de uma forma ou de outra até perder a noção do bem e do mal; perder a sua própria humanidade.

Nesta linha,  devemos levar em consideração alguns pontos que também são  essenciais para que a História, enquanto ciência, cumpra seu papel, quando no estudo da Segunda Guerra Mundial, o qual listamos abaixo:

1-A Ciência História deve estar acima dos Vencedores;
2-Ela evolui e deve contemplar uma revisão dos Fatos em ato contínuo (Revisionismo);
3-O Revisionismo Histórico deve acrescentar perspectivas sobre os Fatos Históricos, mas com equilíbrio e sem ser objeto de manipulação dos historiadores;
4-A Ideologia do historiador deve sucumbir a Fatos Históricos. A visão do historiador não pode influenciar na análise destes mesmos fatos;
5-Como condiz a todo cientista, não existe verdade absoluta, existem evidências científicas que nos levam a um veredicto, portanto, cabe ao historiador trazer a luz as evidências que nos levam a verdade, mesmo que esta seja temporal.

A minha grande indagação diz respeito às razões pelas quais um povo se lança em guerra contra outros porque assim determinou o seu presidente ou líder político!  Milhões morrem por capricho de déspotas ou títeres, que não têm qualquer consideração pela espécie humana, a aniquilam através de crueldades indescritíveis.

Não consigo entender por mais que eu leia sobre a Segunda Guerra Mundial, que o povo alemão, culto, inteligente, de tradições e costumes refinados, tenha obedecido cegamente a Hitler, e ocasionou o maior conflito da história da Humanidade!

Da mesma forma repudio os ataques atômicos a Hiroshima e Nagasáki, igualmente a carnificina absolutamente desnecessária com o bombardeio aéreo em Dresden, matando milhares de civis criminosamente.

Lamento profundamente ter havido apenas o Julgamento de Nuremberg, condenando os nazistas, pois paralelamente a este tribunal deveria haver aqueles que julgassem os crimes de guerra cometidos pelos aliados, que não foram poucos, incluindo os japoneses pelo que fizeram na China e com os americanos nas batalhas pelo Oceano Pacífico.

E se quisessem de fato punir o genocídio da última guerra mundial, então que os italianos se sentassem também na cadeira dos réus quando invadiram a Abissínia, em gesto tresloucado pelo fascista Mussolini.

Desgraçadamente, a história é escrita pelos vencedores, que os isentam de culpa pelas atrocidades praticadas, e deixando desta maneira um espaço enorme à punição daqueles que liberaram seus monstros dentro de si, que soltaram as bestas escondidas em suas mentes, e macularam o ser humano a tal ponto que animal algum na face deste planeta é tão brutal e cruel quanto ao bicho homem, na verdade o lobo da própria espécie, conforme sentenciado por Plauto (254-184) em sua obra Asinaria.

No texto de Plauto  se diz exatamente: “Lupus est homo homini non homo”, numa tradução grosso modo - O homem é lobo do próprio homem - .Essa frase foi bem mais tarde popularizada por Thomas Hobbes, filósofo inglês do século XVII. O mais angustiante é que os exemplos da Segunda Guerra não foram suficientes para aplacar a ira incontida no ser humano, pois de 1.945 até 2016, 71 anos se passaram, e jamais tivemos na história tantas guerras, revoltas, revoluções, como as registradas nessas sete décadas, gerando fome, miséria, injustiças, calamidades, torturas, sofrimentos à humanidade, e sem que se discuta um fim para tanta morte ou qualquer atitude para minimizar as vidas ceifadas.

Dresdem foi um,  de outros  tantos exemplos de bestialidade, que de nada serviu para a consciência do animalesco homem! Nas fotos abaixo é possível ter uma noção daquilo que essa cidade alemã sofreu durante esse "animalesco" conflito:

Contato: agaextensao@gmail.com

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