UM GOVERNO SEM RUMO.
Por Alacir Arruda
Bateu desespero no governo Temer. Após a mentira divulgada no do inicio do ano que o déficit fiscal de 2017 seria reduzido de 160 bilhões
para 139, agora a situação está tão “preta”
que os otimistas já falam em 180 bi de déficit. Um rombo jamais visto
nas contas públicas. O governo tentou de
tudo: disse que iria reduzir o aumento do salario mínimo em 10,00 para 2018 , algo inédito no mundo - após uma enxurrada
de criticas ele recuou. E tem mais, a equipe econômica de Temer ainda anunciou: aumento da alíquota do
Imposto de Renda de 27,5% para 35%, aumento da contribuição previdenciária dos
servidores públicos de 11% para 14%, e teve que recuar também em ambas face as
criticas.
Ainda em função desse
desespero, o governo cortou todas as nomeações de aprovados em concursos e
diminuiu o repasse às universidades federais em media 40%, algumas não tem
dinheiro para se manter ate dezembro. Mandou
ainda o INSS fazer um pente fino em seus benefícios, cortando mais de 160 mil por incapacidade e licenças saúde. Mas a prova de que esse governo perdeu completamente
o rumo, economicamente falando, foi o anúncio de que irá privatizar 47 empresas
estatais ate o final do ano.
Minha mãe, do alto dos seus 80
anos, sempre diz assim: “filho quando a
água bate na bunda a gente aprende a nadar”. Essa água já bateu há anos no
traseiro desse governo que está morrendo afogando aos poucos. Podemos comparar
o governo Temer a um paciente na UTI cujo médico manda avisar a família para
fazer as despedidas, em suma, esta em fase terminal. E a culpa é única e
exclusiva é dele, um homem que tem usado de todas as artimanhas politicas para se
manter no poder a qualquer custo. Só em julho Temer liberou mais de 2 bilhões,
isso mesmo 2 bi.. de reais em emendas do Orçamento para os aos seus
apadrinhados políticos com o objetivo de barrar qualquer tentativa do MPF processar a sua “Excelência”.
Quanto as privatizações, o
Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda mantem empresas públicas, qualquer
pais sério já privatizou suas empresas
há anos. O que temos que entender, é que por mais que sejamos um país construído a partir da ideia de um Estado “paizão”, onde o serviço publico acaba sendo o sonho de
11 em cada 10 brasileiros, no mundo contemporâneo isso é considerado um retrocesso.
O estado como administrador é um
fracasso total. Segundo o economista Milton Friedman, da Escola de economia de Chicago,
“Governos são péssimos administradores, ao ponto de se colocarmos qualquer um deles para administrar o Deserto do Saara, faltará areia em 5 anos."
No
caso do Brasil, não tenho dúvidas que faltará areia em 2 anos, afinal, damos sempre
um “jeitinho” de acelerar as coisas.
Privatizar a toque de caixa, como Temer pretende fazer, não resolverá , ao menos no curto prazo,
o problema crucial do país que são os gastos
públicos. Enquanto não houver uma Reforma do Estado brasileiro que diminua o
tamanho de suas atribuições não há privatizações, aumento de impostos, demissões
voluntárias de servidores, reforma previdenciária que dê jeito.
O
que esse país precisa é de uma nova diretriz enquanto nação. O mundo mudou
estamos nos século XXI, o século do conhecimento, século do empreendedorismo e da criação e estamos com regras e comportamentos sociais, econômicos e fiscais do inicio dos século passado.
Não podemos aceitar que hoje, de cada dez jovens, nove queiram prestar concursos,
seguirem carreiras publicas, segundo uma recente pesquisa da FGV-SP constatou. O serviço público
em qualquer pais sério do mundo é a ultima opção do cidadão, no Brasil acabou virando a primeira, em função de falta de politicas
públicas que estimule a criação e o empreendedorismo. Temos que aprender com
Córeia do Sul, Finlândia e outros países que após a II Guerra se encontravam totalmente
arrasados em condições medievais de vida
e hoje são potências tecnológicas. Sabem o segredo deles? Altos investimentos
em Educação!!!
O
Brasil precisa parar com esse orgulho besta de ser o maior produtor de soja do
mundo, o terceiro de milho, o maior de carne
bovina, isso são commodities do setor primário e nada agrega ao país. Precisamos investir em pesquisa em inovação em química fina para que possamos desenvolver
projetos que alce o pais ao roll das grandes nações. O Brasil não e respeitado mundialmente
por isso, a fama que temos la fora é de
produtores rurais, ou seja produzimos a soja aqui no Mato Grosso, mandamos “in natura” por carretas para o porto de Santos
de lá segue para Estados Unidos e Europa
de onde volta como “Ades” entre outros produtos industrializados que lotam as prateleiras de nossos supermercados. Isso não é um
contrassenso? Porque não
industrializamos essa soja aqui? Sabem por
quê? Porque não temos tecnologia, ou
quando temos não somos autorizados, pois a patente é americana.
Enfim,
só uma Reforma do Estado para corrigir essas discrepâncias e, quem sabe, daqui a 80 anos, nossos filhos possam ver uma realidade diferente dessa. Mas falar em Reforma do
Estado com esse Congresso, onde quase
2/3 de seus membros se encontram
envolvidos em “maracutaias”??
O
problema é que no Brasil os Políticos não são eleitos pelas pessoas que leem
jornais, mas pelas quais se limpam com ele.
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Sabemos que o país afunda cada vez mais. As prefeituras só falam em crise. Muito bom Alacir. Um abraço
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