domingo, 12 de novembro de 2017

ENEM 2017

ENEM 2017 - NADA MUDOU..

Por Alacir Arruda

Eu resolvi esperar o segundo domingo da provas do ENEM para que pudesse tecer alguns comentários sobre o exame, como tenho feito nos últimos 9 anos.  Bom, a primeira consideração que faço é direcionada a alguns "imbecis" de plantão que, não possuindo absolutamente nada em suas massas cefálicas, se escondem atrás de um teclado para fazer  comentários anômalos ofensivos e desprovidos de qualquer conteúdo aproveitável, são uns inúteis. Umberto Eco estava coberto de razão ao dizer que "a Internet deu voz a imbecis", SEGUNDO ELE, antes esses energúmenos destilavam suas imbecilidades  bêbados em "butecos", e hoje usam um teclado. A esses não dou,  e jamais darei, qualquer crédito, por isso não publico seus comentários. Lembrando que esse  Blog  tem quase 5 anos e está aberto a qualquer tipo de crítica, sugestões  ou elogios,  desde que não envolva ofensas pessoais. Aliás, eu aprendi com um professor do ensino médio que "quando acabam-se os argumentos, as pessoas partem para agressões", comportamento tipico de anencéfalos.

Mas falando do que interessa, ENEM, esse ano tivemos uma experiência nova que foi a realização da prova em dois finais de semana o  que,  pessoalmente, achei inteligente por parte do Inep. Quanto a prova em sí posso compará-la a um caminhão cheio de japonês dirigido por um chinês, em suma, igual as outras. A única coisa que me chamou atenção foi a  redação e a recuada do Inep frente a  decisão do Supremo Tribunal Federal, que o proibiu de  zerar redações com conteúdos discriminatórios. É obvio que, em princípio,  aquele não era o tema da redação. Ficou claro, após a decisão do STF,  que o tema  foi mudado às pressas, na noite de sábado, com o propósito de amenizar futuros problemas jurídicos. Escolher  um tema relacionado a Inclusão foi a saída que o Inep encontrou para fugir de uma "saia justa", afinal, com raríssimas exceções uma vez que loucos existem em todos os níveis, um tema desse quilate jamais poderia  trazer qualquer tipo de problema ao Instituto. Em face disso, considero que o tema facilitou muito a vida dos estudantes.

No que diz respeito a minha área, Humanidades, o que  vi foi uma prova  bem elaborada e que exigiu muito conhecimento - a priori- dos educandos. Questões de filosofia muito bem elaboradas e um conteúdo histórico, sociológico e geográfico pertinente com as demandas do mundo atual. O que me chamou atenção nas humanidades foi a opção dos organizadores de evitar temas atuais como : Conflito Coreia do Norte e USA, 100 anos da Revolução Russa os 50 anos da morte de Chê Guevara entre outros. Mas sem duvida,   o fato que mais me surpreendeu, é o Inep não propor  nenhuma questão que mencionasse  os  500 anos da Reforma Protestante. Esse fato achei  muito estranho,  uma vez que o desenvolvimento do Brasil se deveu,  em grande parte,  aos protestantes que para cá  emigraram da Europa em meados dos seculo XIX e inicio do seculo XX e se estabeleceram na região Sul do Brasil. 

Mas esse comportamento do Inep não me surpreende, uma vez que o ENEM se transformou nos últimos 10 anos em um instrumento de manipulação das massas e trunfo politico de quem está no poder. Foi assim nos períodos  Lula-Dilma e agora não é diferente. O ENEM tem sido usado pelos governos como mecanismo de propaganda politica passando uma falsa ideia de ser um exame justo, ledo engano, uma vez que não se iguala desiguais por decreto, mas sim,  com politicas publicas sérias que possibilite, sobretudo aos menos  favorecidos, uma certa equivalência com relação aos mais abastados. Esses acabam ficando com as melhores notas em cursos como: medicina,engenharias e direito. Como falar em igualdade quando vemos os cursos  de medicina  em federais recheados de filhos de Desembargadores, Políticos, e Ricos de toda ordem? Pessoas que, em tese, tem um poder aquisitivo que possibilita o pagamento das  mensalidades m particulares para seus "pimpolhos" e as Federais deveriam ser destinadas a quem realmente precisa. Nessa hora que discordo do Art. 5 da Constituição que estabelece que todos somos iguais perante a Lei, porém, já dizia George Orwel:  "existem os mais iguais".

Uma outra critica a essa  pseudo "justiça" desse exame reside na ideia de que somos um pais com dimensões continentais e realidades educacionais culturais bem distintas,  Ou vai me dizer que um aluno do Amapá ou Acre, por exemplo, tem em,  seus Estados, a  mesma estrutura educacional de um aluno do  Rio Grande do Sul, Paraná ou São Paulo que possuem as notas mais altas no IDEB? É obvio que não, isso só ressalta o quanto o ENEM  é injusto uma vez,  que apesar das limitações que os alunos do Acre Amapá sofrem, a prova do ENEM que eles fazem é a mesma  dos alunos do Sul. Isso é justiça? Não quero desmerecer os briosos alunos e professores desses dois estados, mas não é novidade para ninguém que eles fazem parte de uma das regiões que mais se concentram analfabetos do Brasil,  colocá-los em uma disputa com alunos que hoje recebem o que há de mais moderno em educação no Brasil - como lousa digital, aulas interativas com tablets e salas de áudio visual ultra modernas -  é, no minimo, uma excrescência.

Por fim, é isso que temos! Um exame que é o espelho de um a sociedade desigual, injusta, ignorante e egoísta. Enquanto os 6 milhões de alunos se matavam em 5 horas de prova,os nossos "honrosos" políticos estavam em casa,  aproveitando mais um recesso. Semana passada  trabalharam apenas dois dias e essa semana foram liberados,  em virtude de mais um feriado prolongado...Vai cumendo Raimundo!!


Se gostou compartilhe..

Nenhum comentário:

Postar um comentário