BOLSONARO E O DESESPERO DAS "ELITE" .
Por Alacir Arruda
O livro Revolução do Bichos, escrito pelo Britânico George Orwel em 1945, não poderia traduzir melhor a nossa realidade. Nesse livro o escritor retrata um grupo de animais em uma fazenda que se rebelam contra o "homem". Após esse ato de rebeldia eles nomeiam o Porco como novo líder, na certeza de que qualquer animal que tenha asas e quatro patas é amigo e pode entender o outro. Ledo engano! O mal pode estar mais próximo do que você imagina. Vejam o caso do Brasil.
O livro Revolução do Bichos, escrito pelo Britânico George Orwel em 1945, não poderia traduzir melhor a nossa realidade. Nesse livro o escritor retrata um grupo de animais em uma fazenda que se rebelam contra o "homem". Após esse ato de rebeldia eles nomeiam o Porco como novo líder, na certeza de que qualquer animal que tenha asas e quatro patas é amigo e pode entender o outro. Ledo engano! O mal pode estar mais próximo do que você imagina. Vejam o caso do Brasil.
Com a aproximação das eleições os grupo políticos se movimentam, sobretudo aqueles que estão em vias de perder o poder. A teta esta ficando cada vez mais longe para alguns. Com a iminência da derrota os partidos de centro-direita do Brasil estão desesperados. O site Antagonista obteve cópia da proposta encaminhada pelo ministro Carlos Marun a lideranças partidárias, com o objetivo de reunir o apoio desses partidos em torno de uma candidatura única.
-Seguem os tópicos.
1) Os partidos que promoveram o impeachment e participaram ou participam do governo concordam e celebrar um pacto de seguirem juntos nas eleições presidenciais;
2) Todos os partidos que aderirem retiram as suas pré candidaturas;
3) Os partidos indicam cada um 2 nomes para a composição de uma comissão que elaborará no prazo de 15 dias um plano conjunto de governo, necessariamente moderno e realista;
4) Este plano é internamente discutido nos partidos pelo prazo de até 7 dias; e
5) E tem mais, um colegiado formado pelos parlamentares federais filiados aos partidos, em reunião única, devem aprovar o plano de governo e, entre os pré-candidatos apresentados pelos partidos, em votação de dois turnos, escolhem os candidatos a presidente e vice-presidente do grupo.
É risível, para não ser mal educado, a postura desses partidos. Será que esqueceram que o caos ai instalado tem suas digitais? O que esses partidos fizeram para evitar a catástrofe em que estamos? E ainda querem o poder? Ah..me poupem! Os dois piores conselheiros são: o medo e o desespero. Elementos presentes na candidatura Bolsonaro. Um candidato sem dinheiro, sem partido e sem máquina propagandista, mas com incontáveis potenciais eleitores e que tem liderado todas as pesquisas em que Lula não participa.
É risível, para não ser mal educado, a postura desses partidos. Será que esqueceram que o caos ai instalado tem suas digitais? O que esses partidos fizeram para evitar a catástrofe em que estamos? E ainda querem o poder? Ah..me poupem! Os dois piores conselheiros são: o medo e o desespero. Elementos presentes na candidatura Bolsonaro. Um candidato sem dinheiro, sem partido e sem máquina propagandista, mas com incontáveis potenciais eleitores e que tem liderado todas as pesquisas em que Lula não participa.
O que mais chama atenção é que aqueles que deveriam estar apavorado com a ascensão de Bolsonaro é a esquerda. Ou as esquerdas, para sermos mais precisos. Mas, não. Quem está se pelando de medo são as “zelites”, aquela parte da mídia que acreditava que, derrubando Dilma Rousseff, estariam abertas as vias de acesso ao poder para o PSDB.
O conservadorismo elitista ama o PSDB. Ali está uma gente que sabe segurar um garfo à mesa. O PSDB conta com um time de intelectuais de primeira ordem. E mesmo seus líderes são cavalheiros distinttos que falam bem, vestem-se bem, falam línguas estrangeiras. Gente fina é outra coisa.
Mas aí, a massa conservadora, a classe média batedora de panela, a juventude coxinha, os mebelistas da vida e outros que tais, consagraram Jair Bolsonaro o seu candidato à presidência. Bolsonaro é o Lula lá deles.
O ex-capitão de artilharia, ex-terrorista e ex-agitador de quartéis, é um homem sem modos. Ele não argumenta: achincalha seus adversários. Não tem posições doutrinárias, apenas opiniões idiossincráticas. É absolutamente inculto, talvez até mais do que Tiririca. É o homem dos pontos de vista extravagantes. É dos tais que acha que tudo se resolve à base de porrada.
Pois é este o homem que a classe média paneleira adora. A classe média que é super patriota, mas visceralmente antinacionalista – adoraria ver o Brasil colonizado pelos EUA – vê em Bolsonaro o homem providencial. Ele, machão e durão, vai resolver todos os problemas do País, que têm causa na depravação moral e não no conflito de interesses econômicos.
A pouco tempo atrás a Revista Isto é – também conhecida no submundo da mídia como “Quanto é"– trouxe uma capa alarmista, estampando a cara de Bolsonaro, o bicho-papão da vez. É ataque frontal. Apela ao medo, como Regina Duarte dizendo cretinamente que tinha medo de Lula. Não percebe que é o medo da classe média que gerou o monstro que agora se tenta abater.
Tempos atrás foi a revista Veja que advertiu para o “perigo” Bolsonaro. Isto é apenas vai na onda, para não ser levada tal como aquele camarão dorminhoco de que fala o samba.
Por que tanto medo? Bolsonaro, apesar de ser de direita e antiesquerdista visceral, não tem compromissos com as “zelites”, ou seja, não reza pela cartilha neoliberal, não tem rabo preso com banqueiro, não é recebido nos salões da burguesia paulista.
Ele já disse que entende lhufas de economia. Aí mora o perigo. Vai buscar aconselhamento entre os neoliberais, entre os vende-pátria, os entreguistas, os quinta-coluna. Até aí, isto poderia deixar a grande imprensa mais tranquila. Ocorre que a “geni” da política brasileira tem lá os seus caprichos nacionalistoides, um nacionalismo algo ingênuo e sentimental. O bicho é xucro e talvez não possa ser domado.
O medo se agiganta a partir da percepção de que Lula ( preso) não poderá candidato. Lula fora do páreo, para onde iria os votos lulistas? Há quem acredite que, com Lula fora, Bolsonaro vence com um pé atrás. Ainda que boa parte do voto lulista posa ir para quem Lula recomendar, o fato é que as chances de Bolsonaro aumentam.
E o pior é que as alternativas antilulistas frequentáveis, respeitáveis, se mostraram um fiasco total. Doria é uma piada. Joaquim Barbosa? Este é de tão honesto desistiu de sua candidatura. Luciano Hulk? Esse e digno de gargalhada. Ciro Gomes? O mais preparado de todos, do ponto de vista intelectual, mas elitista demais, não vai ao povo, não consegue falar a linguagem do povo, de que Lula é mestre e na qual Bolsonaro vai ficando batuta.
Veja e Isto é foram publicações que, no afã de derrubar Dilma e envenenar o povo contra o PT, acirraram o ódio e o clima de confrontação ideológica do qual emergiu Bolsonaro. Foi para isto que deram o golpe? Não, não foi, mas deu nisso. Agora não adianta chorar as mágoas. Quem pariu Mateus que o embale.
-Sugestão de leitura: Revolução dos bichos- George Orwel.
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Bela analise do atual quadro politico que vivemos. Apenas acrescentaria que a ascensão de Bolsonaro nao apenas é culpa desses partidos que agora se unem contra ele e de uma mídia partidária, mas de um mundo que passa por transformações ao ponto de um país com uma Democracia consolidada, como os Estados Unidos, elegerem um mentecapto como Donald Trump. Bolsonaro será o nosso Trump, com um detalhe, um Trump bem terceiro mundista.Parabéns pelo Blog, te acompanho daqui de Natal-RN
ResponderExcluirO Alacir adorei esse texto, por dois motivos, primeiro pela sugestão de leitura, pois Revolução dos Bichos e um clássico que todos deveriam ler, e prometo que irei lê-lo novamente. Segundo por você ter usado uma expressão que eu não via há mais de 20 anos:"Quinta Coluna". ADOREI. Mas penso como você, Bolsonaro é cria desses mesmos que hoje governam o nosso país. Sinto muita falta de suas aula, aliás, você faz muita falta. Mas entendo seu período sabático. Natália de Búzios-RJ
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