sexta-feira, 2 de junho de 2017

Trump: um fenômeno psiquiatrico

TRUMP NÃO É UM FENÔMENO POLÍTICO, ELE É UM CASO PSIQUIÁTRICO.

Por: Alacir Arruda

A decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris é de uma estupidez poucas vezes vistas no campo diplomático. O comportamento desse “insano”, disfarçado de homem publico, coloca em risco não somente os objetivos desse acordo, uma vez que Estados Unidos lidera emissão de CO2, mas sobretudo, coloca em risco a própria soberania do país, deixando o caminho livre para que a China ( com seu viés comunista) se torne a maior potência do século XXI. 

Os Estados Unidos se tornou líder mundial, logo apos o fim da II Guerra Mundial, justamente porque utilizou de estratégias que previam alianças e parcerias com outras nações. Foi assim com criação da ONU, 1945 e da OTAN em 1947, além de serem parceiros históricos da União Europeia e da APEC. Deixar de cumprir o Acordo de Paris, que prevê a diminuição da emissão de CO2 até 2020 em 5%, transformam os Estados unidos numa ilha, pois esse acordo teve a anuência de 200, dos 2011 países filiados a ONU.

Trump aos poucos está conseguindo seus objetivos, qual seja, impor uma politica isolacionista baseada na discriminação e perseguição dos não americanos, construções de muros e parcerias com déspotas, como Vladimir Putin. Esse comportamento se fundamenta em seu lema durante a campanha “América's  Fisrt”, ( primeiro a America), o resto que se f... 

Trump  é um lunático? 

Sim, ele o é. não se pode descreditar esse “adjetivo” a um dos líderes mais poderosos do mundo. Despreocupado com as relações internacionais anunciou a construção de um muro na fronteira com o México e proibiu refugiados de entrar nos EUA. Determinou que as eleições sejam investigadas por acreditar que foram fraudulentas e que em 30 dias o Pentágono demonstre como acabar com o Estado Islâmico.

Mas existe sanidade no meio da loucura. A construção do muro com o México não servirá para barrar os imigrantes ilegais que adentram nos EUA, e podem entrar sem pularem muros. Ela servirá para justificar a sobretaxação dos produtos mexicanos importados em 20%, assim evitará que produtos com qualidade similar aos norte-americanos concorram com produtos “made in USA”.

A retórica de Donald Trump é semelhante aos líderes populistas latino americanos, porém utiliza algumas vezes retóricas dos antigos nacionalistas da década de 1930 (Hitler, Mussolini, Peron e Vargas). Em seu discurso de posse deixou claro que não interessava a ele a política internacional, frisando por diversas vezes que para deixar a América (EUA) grande — America Great Again — deve colocar ela em primeiro lugar — America’s first. Nega o papel da imprensa, limitando o acesso para jornalistas que não estão “alinhados” com o governo, demitindo quem contraria seus posicionamentos e sendo irônico com os problemas relatados por seus decretos.

De fato Trump joga para a torcida. Sua eleição foi marcada de um confronto direto e baixo que os norte-americanos não estavam acostumados, dividiu o país entre “nós e eles”, começou uma vigilância sobre quem não estava alinhado e criou uma aura de superpoderes para si. Logicamente não foi ele o responsável por esse plano de marketing digno de estudo. De acordo com o Washington Post o responsável pela eleição de Trump foi Larry Weitzner. Ele é CEO da agência de marketing Jamestown Associates e ostenta com orgulho que coordenou a campanha do magnata e agora presidente dos EUA.

A questão de refugiados é para justificar uma promessa de campanha, mas principalmente para no futuro evitar a contratação de imigrantes de outros países. Quer que empregadores utilizem a mão de obra nativa, que é mais cara, diminuindo em tese o desemprego. Impede assim que outros profissionais adentrem nos EUA, eliminando assim a concorrência.

Quer acabar com o Estado Islâmico mas não para salvar o mundo. Ao lado da Rússia quer uma posição no novo cenário do Oriente Médio que se desenha. Graças a posição de negar o estado palestino pretende fortalecer o poder israelense na região, afastando a aproximação com o Irã. Ou seja, é lunático, mas nada que ele faça é puramente loucura.

Futuro?

Não há como prever algo com governantes populistas no poder. Tudo é possível. Com o crescimento da direita conservadora e populista em todo o mundo, Trump poderá com o tempo ser o líder dessa geração ou sucumbir com ela. Sabemos que este tipo de governante não governa para todos, somente para uma parte da população, jogando pequenas migalhas para os cidadãos.

Há quem diga que Donald Trump não durará muito na presidência, há quem diga o oposto. Uma coisa é certa: sempre que um populista, palhaço e lunático ascende ao poder o resultado termina em crise, miséria e população mais pobre. Exemplos existem por todos lados: Brasil, Venezuela, Equador, Argentina, entre outros.

Se espera que o "Trumpismo" populista norte-americano não seja um motivo para iniciarmos um movimento nacionalista extremado, que descambe para ditaduras aqui ou ali. Período assim já tivemos e terminou com milhões de mortos lutando em uma guerra que não era de ninguém.

Com Trump estamos diante de uma caso clássico de vaidade estupidez e irracionalidade juntos. Se para Freud:  "A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos", podemos então concluir que Trump é um caso perdido.


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