quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ENEM 2016 - Eleições americanas??

ELEIÇÕES AMERICANAS: ENTRE A DESGRAÇA IMINENTE E UM FUTURO INCERTO..
Por Alacir Arruda


Os americanos estão numa encruzilhada;  entre  eleger um mentecapto  com sérios problemas de ordem mental e uma mulher que não possui qualquer carisma e ficou conhecida como "Woman War" ( senhora da guerra) quando desempenhou a função de secretaria de estado no primeiro mandato de Obama.  Os americanos jamais viveram uma situação parecida onde ambas as opções são péssimas para a maior economia do planeta e o mundo assiste atônito o desenrolar  pois os americanos  são a locomotiva do planeta e  os vagões estão a mercê desse pleito.

Como qualquer populista de sucesso, Trump apela para a desesperança que muitos eleitores americanos dizem sentir. Dois terços da população americana dizem em pesquisas que não confiam no governo e que acreditam que os Estados Unidos “estão no caminho errado”. Quase 70% afirmam temer o terrorismo ou a criminalidade, ou as duas coisas. Foi assim que Trump inverteu uma regra de ouro da política americana: desde a reeleição de Ronald Reagan, em 1984, o candidato mais otimista e com mensagem mais positiva é o vitorioso. A campanha de Reagan cunhou a ideia de que era “uma nova manhã na América”. Donald Trump cultiva o espírito soturno do eleitorado e transforma a alvorada de Reagan em escuridão. “Tenho uma mensagem a cada pessoa que ameaça a paz em nossas ruas e a segurança de nossa polícia: quando fizer meu juramento presidencial no ano que vem, vou restaurar a lei e a ordem”, disse em seu discurso, ecoando o lema da campanha de Richard Nixon em 1968.

Para se vender como o candidato da lei e da ordem, Trump desfia histórias de pavor e incentiva seus eleitores a sentir medo. No discurso na convenção republicana, ele pintou um cenário de caos e trevas, como se os Estados Unidos fossem a terra arrasada do filme Mad Max, para se vender como a solução para essa desordem. Disse que “tristemente, o sonho americano está morto” e que só ele poderá restaurá-­lo. “Entrei na arena política para que os poderosos não consigam mais bater nas pessoas que não podem se defender. Ninguém conhece o sistema melhor que eu. É por isso que só eu posso consertá-lo”, afirmou. “Eu sou a sua voz.”


Do limão, Trump fez limonada na convenção. Os políticos que não endossavam sua candidatura eram “parte do passado” republicano. Ele é o futuro. As convenções partidárias nos Estados Unidos são o momento em que as principais vozes dos partidos apresentam suas ideias e tentam influenciar os temas que vão nortear o debate político americano. Melhor do que qualquer candidato, Trump sabe vender seu peixe. Ele transformou a convenção em um reality show – e é isso que ele sabe fazer melhor.

Criar espetáculos baseados em informações equivocadas e meias verdades não é algo novo para Trump. O magnata imobiliário e estrela do reality show O aprendiz construiu sua carreira vendendo-se como um self-made man, que sozinho conseguiu construir um império de negócios bem-sucedidos. A história real não é bem assim. Trump herdou o empreendimento de construção de casas nos subúrbios de Nova York do pai, Frank, um descendente de imigrantes alemães. De fato, ele elevou o negócio da família à categoria de império em Nova York. Mas esse sucesso, dizem alguns críticos, foi obtido em grande parte a arranjos que asseguraram descontos e isenção de impostos em seus negócios. Até hoje, ele se recusa a liberar seus arquivos de Imposto de Renda, com a alegação de que é alvo de auditoria da Receita Federal americana. A Forbes diz que sua rede de empreendimentos vale US$ 4,5 bilhões – ele retruca ter ao menos US$ 10 bilhões em negócios.

Diante de todas as façanhas de Trump nos últimos 13 meses, não é mais possível desprezar as chances de ele vencer a disputa contra a democrata Hillary Clinton e se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos. Segundo os sites americanos mais confiáveis e com maior índice de acerto em prévias eleitorais, Trump tem 38% de chances de vencer. Nas eleições americanas, o candidato que tiver 270 delegados ou mais no Colégio Eleitoral ganha a Casa Branca. Segundo a média das pesquisas, Hillary tem hoje 43,8% das intenções de voto em relação a 41,1% de Trump. Mas as pesquisas são apenas um termômetro – bastante volátil. Nesta altura de campanhas anteriores, John Kerry liderava contra George W. Bush em 2004 (Bush venceu). Em 1988, Michael Dukakis estava na frente de George H. Bush (que também venceu).

O mapa eleitoral americano deve seguir o traçado das últimas eleições. Estados mais democratas, como Califórnia e Nova York, vão votar em Hillary. Estados mais republicanos e conservadores, como Wyoming, Texas e Tennessee, vão votar em Trump. Serão decisivos os estados com histórica falta de preferência partidária, os chamados estados-pêndulo (“swing states”, em inglês, porque votam ora num partido, ora em outro). É o caso de Carolina do Norte, Colorado, Flórida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Ohio, Virgínia e Wisconsin, que concentram 111 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Para vencer, Trump precisa levar Flórida, Indiana, Ohio e Pensilvânia. Um problema para ele é que esses estados têm uma enorme população de latinos e negros – um eleitor que tradicionalmente vota em democratas, ainda mais com Trump no páreo.

Esse é o principal desafio não apenas de Trump, mas do Partido Republicano como um todo. Com a radicalização das bases do partido, impulsionada em 2008 pelo crescimento do Tea Party, um grupo de nacionalistas que defende a restrição de alguns direitos civis, candidatos moderados têm pouca chance de conseguir a nomeação. Mas, para vencer as eleições, é preciso, de alguma forma, moderar o tom para garantir o voto dos eleitores de centro e das minorias.

E a Hilary? Bom essa é a esperança do mundo, pois muitos, sobretudo o mercado financeiro, a consideram menos lunática que Trump ( o que duvido muito). Hilary tem uma considerável experiência política,  foi senadora por Nova York, esposa de Ex Presidente e ocupou o cargo mais importante do primeiro mandato de Obama: Secretaria de Estado. Hilary tem mantido um discurso moderado tentando satisfazer todas as correntes, porem tem sofrido com uma série de denúncias de uso do seu e-mail pessoal para tratar de assuntos de Estado, coisa que os americanos não perdoam. Recentemente o site Wikileaks publicou o conteúdo de alguns desses emails o que fez com que a candidatura de Hilary sofresse um grande abalo, em alguns Estados ela foi ultrapassada por Trump nas pesquisas e isso tem feito o mundo tremer, pois uma eventual vitoria de Trump é visto por alguns especialistas como um cataclisma mundial. Em suma, quem viver verá. Em uma semana saberemos o que o interesseiro povo americano escolheu..a incerteza, ou a dúvida?


Contato:agaextensao@gmail.com

4 comentários:

  1. Alacir, gostaria que vc comentasse qual seria a relação, caso Trump ganhe, com o Brasil? Saudades de suas aulas, a melhor aula que tinha. Beijos-Raquel.

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    1. Ola Raquel, obrigado por estar por aqui, saudades também. Bom Raquel eu não vejo com bons olhos uma vitoria do Trump, ele ja deixou claro que vai suspender uma serie de acordos com os países latino americanos, entenda o Brasil também. Logo, não sera bom para as relações Brasil USA uma possível vitoria desse senhor. Abs

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  2. Penso que as eleições desse ano nos Estados Unidos será uma grande farsa, pois existe a interferência de órgãos como FBI e a Midia, esses sim e que decidirão o pleito. Alacir parabéns por ter voltado a escrever, tive a honra de ser seu aluno aqui em SP, hoje sou advogado bem sucedido e reputo grande parte do meu sucesso a vc, eu sim, sei quem e vc um dos professores mais competentes que conheci. Quanto aos críticos e invejosos, ignore-os, são a escoria a humana. Abração. Carlos Alberto Lembra?

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    1. Obrigado Carlão, é obvio que lembro, tocamos muito violão juntos. Kibom que esta bem sucedido, nunca duvidei disso desde a época de faculdade. Obrigado pela força e nao desistirei

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