quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Inep divulga gabarito oficial do Enem 2013


Por Redação 
Estadão Conteúdo
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) liberou nesta terça-feira (29) o gabarito oficial do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2013. Mais de cinco milhões de candidatos responderam 180 questões e uma redação no último final de semana. (26 e 27 de outubro).

Veja os gabaritos

Sábado (caderno amarelo)

Sábado (caderno azul)


Sábado (caderno branco)


Sábado (caderno rosa)

Domingo (caderno rosa)

Domingo (caderno azul)

Domingo (caderno cinza)

Domingo (caderno amarelo)

No sábado (26), as provas tiveram questões de ciências humanas e ciências da natureza com duração de 4h30. No dia seguinte (27), os candidatos tiveram 5h30 para responder 90 questões sobre linguagens, códigos e matemáticas. A redação teve como tema ‘Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil’.

MEC quer criar sistema para antecipar faltas no Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), pretende criar um sistema em que os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possam comunicar com antecedência se pretendem faltar no dia da prova. O objetivo é diminuir o número de ausências e reduzir gastos com a preparação do exame. Mais de 2 milhões de inscritos não fizeram o Enem neste ano, quase um terço do total.
A ideia não é instituir uma confirmação de inscrição, o que tornaria o processo mais complexo, mas poder antecipar ausências previstas e evitar impressões de provas, cartões de convocação, formação de salas e contratação de equipe.
O presidente do Inep, Luis Cláudio Costa, diz que o número de ausências preocupa. “Queremos um Enem inclusivo, mas 29% de ausência chama a atenção e é um custo para o Brasil”, avalia. “Temos de fazer um trabalho de conscientização.”
Com base no custo por inscrito, calculado pelo Inep após o fechamento dos 7,1 milhões de inscrições, o gasto com os faltosos é de R$ 103 milhões. O presidente do instituto defende, porém, que esse prejuízo não passará de R$ 60 milhões. “As redações desses faltosos não serão corrigidas, o que reduz o gasto. E há um custo de operação, de rotas, que não tem alteração.”
A taxa de abstenção cresceu em relação a 2012, quando 1,6 milhão de inscritos (27,9%) faltaram. Em 2011, foram 26,4%.
O Inep já sabe que, no ano passado, praticamente dois terços dos faltosos eram inscritos com isenção de taxa - o instituto não divulgou o estudo sobre o assunto. Costa diz que, por questões legais, há impedimentos para sanções a faltosos não pagantes - uma vez que, caso haja comprovação de carência, existe a garantia da isenção. Também por esse motivo, o Inep não teria criado um mecanismo para a edição deste ano, como era o plano no ano passado. “A solução não é simples”, explica.
Os estudantes concluintes de escola pública estão livres da taxa. Mas até quem paga acaba causando prejuízos, uma vez que a taxa não é suficiente.
Para o professor Zacarias Gama, da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o número de ausências se deve à característica da prova. “O exame não segue o fluxo da escola básica, ou seja, os candidatos não são só aqueles que estão acabando o ensino médio”, diz.
Queixas
O MEC deve analisar nesta semana casos de possíveis prejudicados na aplicação do exame e daqueles que perderam a prova. Em Belo Horizonte, cem estudantes reclamam que no domingo os portões teriam sido fechados antes do horário previsto na Faculdade Kennedy, no bairro Rio Branco.
Ao menos um desses estudantes vai recorrer à Justiça para tentar fazer as provas. “Cheguei dentro do horário, e teve gente que chegou antes de mim e também não entrou. Nossa ideia é recorrer à Justiça”, disse ele, que preferiu não se identificar. O Inep defende que não houve fechamento antecipado e não haverá nova data para o grupo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

DESESTABILIZAÇÃO SOCIAL: O BRASIL E OS JOVENS MASCARADOS

Por Alacir Arruda.

Nos últimos dias, o Brasil tem sido palco das mais variadas formas de manifestações. Desde julho, quando o Brasil inteiro parou para protestar , temos assistido diariamente o continuísmo  daquele evento.   No Rio de Janeiro surgiu um Grupo denominado “Black Blocs” numa tradução livre “máscaras negras”. Esse grupo tem sido o protagonista de vários protestos não somente no Rio de Janeiro, mas já se  espalhou  para outros  Estados.. Seus membros são jovens, alguns de  classe média  outras media baixa, suas reivindicações vão desde o fim da hegemonia PT a cobranças mais plausíveis como melhorias na saúde, segurança e  educação. O que chama atenção nesse movimento - além do modus operandi- marcado pelo enfrentamento e destruição do patrimônio publico-   é o nível intelectual de seus lideres.  Jovens Universitários, alguns com mestrado e doutorado nas mais diversas áreas com ideais libertários e comprometidos com algumas das demandas mais urgentes da população. Isso demonstra o surgimento de um   novo  tipo de  militante, aquele que vem do meio acadêmico.  E isso é preocupante sob a ótica do governo. Uma coisa é você lidar com “ignorantes motivados”, outra é o intelectual engajado. Este ultimo é  muito mais perigoso  e possui uma alta capacidade de persuasão.

Diante desse quadro, sobra a um governo (absolutamente leniente) o uso da força. Ou seja, policia neles! Resultado..... instala-se o caos urbano. Outro grande aliado desse governo inerte é a imprensa, ela  minimiza as manifestações relegando o elas o grau de “ações de vândalos”,  assim, a população – corrompida por distorções ideológicas dos meios de comunicações  - passa a ver esses jovens como “bandidos mascarados” e repudia tal comportamento. Ora, não há interesses de Grupos como;  Globo, Bandeirantes, ou qualquer outro mega-conglomerado de comunicação, que a população adquira discernimento e se liberte, ao contrario, quanto mais alienante for a programação melhor. Assim eles atingem seus objetivos, qual seja, manter a população sob controle e o “status quo”, (as coisas como são), é mantido. Ao ler o Livro Vigiar e  Punir de Michel  Foucault, filosofo francês,  passamos a entender melhor os instrumentos usados pelo Estado para manter  “bons soldadinhos” em casa assistindo novelas.  Deduz-se, a partir da leitura de Foucault, que as instituições publicas (sem exceção) foram criadas, construídas e idealizadas para não funcionar. Ou seja, imaginar uma educação, uma segurança  ou uma saúde de  qualidade é  utopia. Isso não pode funcionar, afinal como ficaria os discursos de nossos políticos caso essas demandas fossem resolvidas?  Um exemplo disso é a escola, segundo Foucault;
 “A escola torna-se “(...) um espaço fechado, recortado, vigiado em todos os seus pontos, onde os indivíduos estão inseridos num lugar físico onde os menores movimentos são controlados onde todos os acontecimentos são registrados (...)” (FOUCAULT, 1977, p. 174). Esse tipo de vigilância permite a diretoria um controle sobre todas as movimentações na escola: quem está no corredor, quem vai ao banheiro, a classe “indisciplinada” e outros mais. O poder disciplinar exercido através da configuração arquitetônica e, da mesma forma, o controle da diretoria sobre o professor e o aluno através do “olhar panóptico” demonstra de forma veemente como a disciplina faz “(...) funcionar o espaço escolar como uma máquina de ensinar mas também de vigiar, de hierarquizar, de recompensar” (FOUCAULT, 1977, p. 134).
Podemos concluir então ,  que a escola, assim como outras instituições  do Estado,  tem como principal atribuição a  vigilância e a seguir  a  punição  com  objetivo de doutrinar esses pequenos cidadãos aos moldes de quem esta no poder.  Aborta se ai qualquer possibilidade do surgimento de uma “sombra” libertaria nesses indivíduos.  Escola, prisões, policia,  manicômios, hospitais, todos cumprem a sua função doutrinária..
Esses jovens mascarados descobriram isso, ouviram  Gabriel o Pensador..............

ATE QUANDO ???
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando?







segunda-feira, 28 de outubro de 2013

LEI SECA: UMA ANÁLISE  SOB A ÓTICA DA CIDADANIA

Por Alacir Arruda

Achei uma grande “sacada” o INEP ter escolhido como tema da redação do ENEM 2013  “os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. Julgo o tema  pertinente e, do ponto de vista da cidadania,  levar o aluno e o país a uma  reflexão. No Brasil morrem 42.000 pessoas por ano vitimas de acidente de transito dessas, 70%  em conseqüência do álcool. Esses dados  superam qualquer país em Guerra. O que mudou com a implantação da Lei Seca? Os dados diminuíram, isso é fato, mas estão longe daquilo que é considerado razoável em termos de melhorias concretas. E isso por uma razão muito simples. Todos os países que criaram leis mais rígidas com relação ao consumo de bebidas alcoólicas e direção, o fizeram a partir de uma ação conjunta, ou seja,  o acesso a bebida alcoólica ficou mais restrito. Na  Inglaterra, por exemplo,  bares fecham as 23 horas e nas casas noturnas que ficam abertas ate de madrugada o consumo é limitado ao mesmo horário  ou seja  23 horas. Nos Estados Unidos é semelhante.  O Brasil é um paradoxo, nas “baladas”  consumir bebida  é muito fácil e o motorista daqui não adquiriu consciência “cidadã” de que  a sua  atitude (beber)  possa colocar a vida de terceiros em risco . Uma das soluções para que essa consciência fosse adquirida é a inclusão da disciplina “educação para o transito” desde as series iniciais ate o ensino médio, só assim, num futuro não tão distante,  surgiria uma geração de verdadeiros cidadãos.

COMO SERÁ A CORREÇÃO DAS REDAÇÕES?
A prova de redação, aplicada neste domingo, 27, que teve  como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". Como no ano passado, os candidatos terão acesso ao espelho da correção somente para fins pedagógicos.
A redação do aluno será avaliada por dois corretores independentes. A discrepância entre as notas de ambos não pode ultrapassar 100 pontos — no ano passado, o limite era de 200 pontos. Se houver discrepância superior a 100, a redação passará por um terceiro corretor. Caso a diferença permaneça, o texto será submetido a uma banca de especialistas. Redações com discrepâncias maiores que 80 pontos entre as competências avaliadas também serão analisadas por um terceiro corretor.
Na correção da redação, cinco competências são avaliadas:
Domínio da norma padrão da língua escrita
Compreensão da proposta de redação e aplicação dos conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolvimento do tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
Capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários à construção da argumentação
Elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos
Para orientar os participantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, na segunda quinzena de agosto, o Guia do Participante: A Redação no Enem 2013, com exemplos de redações bem avaliadas.
Este ano, serão prontamente anuladas redações que contenham inserções indevidas ou fujam deliberadamente do tema proposto. Desvios gramaticais ou de convenções somente serão tolerados como excepcionalidade e não caracterizarem reincidência.
Também serão passíveis  de nota zero as redações entregues com:
-Folha em branco, ou seja, sem texto escrito
-Texto insuficiente, com menos de oito linhas, qualquer que seja o conteúdo
-Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação
-Desrespeito aos direitos humanos.


domingo, 27 de outubro de 2013

SÓ LAMENTO.....

“AOS CRITICOS DE PLANTÃO;...SÓ LAMENTO....MAS ACERTEI O TEMA DA REDAÇÃO DO ENEM 2013..”





ENEM 2013

VEJA A RESOLUÇÃO DO SEGUNDO DIA DE PROVAS...







Tema da redação do Enem 2013 fala sobre a Lei Seca no Brasil
Alacir Arruda

Eu havia comentado com meus alunos que o possível  o tema de redação do ENEM 2013 estivesse relacionado a cidadania, e a confirmação veio hoje, o tema Lei Seca criada em 2008, mas que se tornou mais rígida em 2013. O Tema escolhido foi  "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) minutos após o fechamento dos portões dos locais de prova pelo Brasil.
Pelo Twitter, o Inep afirmou que "sobre esse tema, os participantes devem desenvolver um texto  dissertativo-argumentativo segundo os critérios definidos no Edital do exame." A autarquia do Ministério da Educação disse ainda que os candidatos deverão redigir o texto "a partir de leitura dos textos motivadores apresentados no exame".
A prova trouxe quatro informações para servir como base para a redação, duas imagens e dois textos. Uma das imagens ilustrava uma campanha do governo federal defendendo que as pessoas não dirijam após beber, e a outra trouxe um infográficos com dados de uma pesquisa sobre os efeitos da campanha na percepção da população.
Já os dois textos eram informativos: um deles listou diversos dados sobre os efeitos da bebida no trânsito, como a porcentagem de acidentes provocados por motoristas embriagados. O segundo citava um exemplo de como os bares se adaptaram à nova lei. Em uma campanha feita em Belo Horizonte, bolachas que sustentam os copos de chopp nos bares foram coladas em ímãs e preenchidas com informações opostas sobre bebida e direção. Se o usuário optasse por colocar para cima o lado em que afirmava que voltaria para casa de carro, a bolacha magnética repelia o copo de bebida. Se ele preferisse o lado que escolhia o táxi como veículo para a volta para casa, o copo não era repelido.
A Lei Seca foi sancionada em 2008, mas no fim de 2012 ela se tornou ainda mais rígida e passou a ter tolerância zero com motoristas que dirigiram depois de beber.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Que é um Café Filosófico?..
Alacir Arruda

Um Café Filosófico é um diálogo público moderado por um filósofo, ou qualquer outro profissional,  em que se investiga de forma cooperativa um tema, questão ou problema do universo humano. Essa idéia teve inicio na Europa a partir século XIX, sobretudo na França, onde esse espaço de discussões sobre temas do cotidiano eram freqüentados por pelos grandes intelectuais. Este espaço, animado pelo gosto pela discussão educada e pelo confronto intelectual, propõe um percurso dialético em que crenças, idéias e teses são analisadas, testadas e criticadas através do poder simultaneamente problematizador e clarificador do diálogo de matriz socrática. Como exercício de devolução da Filosofia à Cidade, a participação é aberta a todos, independentemente da sua bagagem filosófica, pois todo o cidadão está habilitado para o questionamento autêntico e investigação racional.
Tem como objetivos: exercer a cidadania via diálogo filosófico e investigação cooperativa, a criação de um grupo informal de investigação filosófica: a Comunidade Filosófica, discutir idéias abertamente e em grupo, exercitar o pensamento crítico e atualizar competências filosóficas.

Aproveito para convidar os interessados  que compareçam no Palácio da Instrução- Centro de Cuiabá ao lado da Matriz- no próximo Sábado 26 de outubro de 2013 as 19h00 para o nosso  III Café Filosófico... Não precisa ter conhecimento prévio sobre o tema, basta ter curiosidade e estar aberto ao conhecimento..Não temos limite de idade ou qualquer outra restrição, a entrada é franca e no final ainda poderemos degustar um  delicioso Coffee Brake...

O TEMA DO PROXIMO CAFÉ SERA UMA ANALISE DA OBRA DO FILOSOFO  ALEMÃO ARTHUR SCHOPENHAUER...E A I MPORTANCIA DO AMOR...

“O AMOR COMO ESTRATÉGIA DA NATUREZA”


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

PETRÓLEO: A VERDADE ESCONDIDA NO LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA
Por Alacir Arruda
      A  Petrobras leva a leilão hoje, 21 de outubro de 2013   a maior reserva descoberta na era pré sal, o Campo de Libra na Bacia de Santos.  Existem alguns pontos que precisam ser esclarecidos em face desse obscuro leilão. A humanidade está no limiar do pico da produção de petróleo,  fato inconteste que  elevará  seu preço. Em pouco tempo, os países que controlarem suas reservas serão donos de um tesouro fantástico. Assim, leiloar o nosso petróleo é o mesmo que vender um bilhete premiado.  Na década de 90, auge do neoliberalismo, o Governo FHC  flexibilizou o monopólio da União sobre o petróleo, através da emenda numero nove da Constituição Federal (1995), e passou a permitir que outras empresas, além da Petrobrás explorassem e produzissem o petróleo. Em 1997 enviou ao Congresso e o fez aprovar a Lei 9478/97 que, em seu artigo 26, dá a propriedade do petróleo a quem o produzir, com a suave obrigação de pagar só 10% de royalties, em dinheiro. Para se ter uma ideia do absurdo dessa lei, no mundo, os países exportadores ficam com a média de 80% do petróleo produzido.
     Durante o mesmo governo, se iniciou um processo de desnacionalização da Petrobrás e se chegou a tentar mudar o seu nome para Petrobrax. O Diretor de exploração da época fazia corpo mole na exploração, já que, em agosto/2003, as áreas em poder da Petrobras, que não tivessem sido exploradas seriam devolvidas à Agência Nacional do Petróleo para serem leiloadas. Ele também desmontou o Grupo que trabalhava na pesquisa do Pré-sal.
      Veio o Governo Lula e o novo diretor de exploração, geólogo Guilherme Estrela, retomou intensamente a exploração e de janeiro a agosto/2003 se descobriu 6 bilhões de barris dos 14 bilhões anteriores ao pré-sal. Ele também reativou o grupo de pesquisadores do pré-sal e, em 2006, se iniciou a perfuração nessa província, logrando êxito total em 2007.
      Essa nova província apresentou uma reserva de 100 bilhões de barris conservadoramente estimada, pois entre ela e o limite da zona economicamente exclusiva existem mais áreas com prospectos de grandes possibilidades de existência de hidrocarbonetos.
     Desde a descoberta do pré-sal, a Petrobrás já perfurou cerca de 25 poços e achou campos com potencial superior a 50 bilhões de barris de reservas, a saber: Tupi (Lula) – 9 bilhões de barris de reservas de óleo equivalente (Óleo, gás e condensado); Iara – 4 bi; Carioca – 10 bi; Franco – 9bi; Libra - 15 bi, Guará 2bi, área das baleias, 5bi e vários outros. Antes do pré-sal, os 14 bilhões de barris de reservas provadas já garantiam uma auto-suficiência para mais de 10 anos. Com os campos acima citados essa auto-suficiência supera os 50 anos. Pra que mais leilões se a Petrobrás mapeou e descobriu as reservas brasileiras e atingiu tal auto-suficiência?
     A Agência Nacional do Petróleo, desde a sua fundação tem tomado posições não muito favoráveis ao País são elas:
1) No discurso de posse do seu primeiro diretor, com o salão repleto de empresas estrangeiras ou seus representantes, ele proclamou: “o petróleo agora é vosso”;
2) Ao estabelecer o tamanho dos blocos para leilão ele fixou suas áreas com cerca de 210 vezes as áreas dos blocos leiloados no Golfo do México na pressa de entregar;
3) A ANP fez parte do lobby no Congresso Nacional em defesa dos leilões com argumentos muito falaciosos, tais como: “o Brasil só explorou 4,5% das áreas prováveis” (a Petrobrás explorou todas as 29 províncias e constatou que só 4,5% tinham possibilidades); ou: “quando a Lei 9478/97 foi promulgada, a atividade do petróleo só representava 3% do PIB. Agora ela representa mais de 10%”. Claro, o petróleo custava US$ 10 por barril, agora custa mais de US$ 100 por barril. E os derivados subiram na mesma proporção.
4) Mas a última da ANP é de estarrecer: entre os projetos de Lei que o GT criado pelo presidente Lula enviou ao Congresso, foi aprovado o da capitalização da Petrobrás através de uma cessão onerosa, que consistiu no seguinte: a União cedeu um conjunto de blocos onde se esperava encontrar 5 bilhões de barris de reserva. A Petrobras pagou essa reserva com títulos do Governo e este, com esses títulos comprou ações da Petrobrás.
Quando a Petrobrás perfurou o primeiro bloco, Franco, achou reserva de 6 a 9 bilhões de barris; perfurou Libra e achou reserva de cerca de 15 bilhões de barris. Pela nova lei, L 12351/10, a ANP pode contratar com a Petrobrás, sem licitação, as áreas consideradas estratégicas. Mas o que fez a ANP? Retirou Libra da cessão onerosa e quer leiloar o campo. Qual o critério para leiloar um campo já descoberto – o maior do Brasil e um dos maiores do mundo? Perguntamos à atual diretora da ANP e ela não soube responder. Mas fala entusiasmada que no próximo no leilão esse bloco será “o grande atrativo”. A nosso ver isto é um contrassenso e só há duas possibilidades aceitáveis: i) A ANP cede o bloco para a Petrobrás no regime de partilha e de acordo com a nova Lei; ii) a ANP contrata a Petrobrás para explorar e produzir o bloco no regime de prestação de serviços. Leiloar, jamais! 
7  ARGUMENTOS INCONTESTÁVEIS CONTRA OS LEILÕES:
1) Se já foram descobertos no pré-sal cerca de 50 bilhões de barris de reservas, que somados aos 14,2 bi já existentes, assegura uma autossuficiência superior a 50 anos e dá para a Petrobrás e suas associadas abastecerem o País e ainda exportar uma boa parte da produção, para que mais leilões? Para que correr e acabar com o pré-sal precocemente?
2) A Petrobrás é a empresa que mais entende da tecnologia de produção em águas profundas; a Petrobrás já perfurou mais de 20 poços do pré-sal com a empresa perfuradora Transocean sem qualquer problema. A mesma Transocean ao perfurar para a British Petroleum no Golfo do México e para a Chevron, no campo de Frade, causou dois acidentes sérios. Por que essa diferença? Porque as duas empresas estrangeiras mandaram a Transocean transgredir regras de segurança por economia, o que causou os acidentes. A Petrobrás como empresa estatal jamais faz esse tipo de transgressão. Ela tem o controle da sociedade. As transnacionais não têm controle de ninguém e até controlam governos;
3) A Petrobrás é a única empresa que compra materiais e equipamentos no País e propicia o desenvolvimento tecnológico gerando empregos de qualidade, pois contrata os técnicos brasileiros para seus serviços. As estrangeiras não fazem isto;
4) A região onde se localiza o pré-sal esteve por 13 anos com empresas estrangeiras durante os contratos de risco. Elas não o pesquisaram nem investiram na área. Ou seja, não fosse a Petrobrás o pré-sal não teria sido descoberto. Elas não correm riscos;
5) Os três gargalos tecnológicos do pré-sal são: a) a perfuração; b) a completação submarina e c) os dutos flexíveis que ligam o fundo do mar ao navio de processo. Essas três atividades são contratadas com empresas especializadas que fornecem os materiais e prestam o serviço. Assim a petroleira, contratante, é uma intermediária desses serviços. A Petrobrás é a melhor intermediária por conhecimento e também por ser uma estatal que, além de mais confiável e competente, defende os interesses estratégicos do País.
6) A ameaça aos royalties – conforme a Aepet já publicou em seus boletins, no mundo, onde existe perfuração em águas profundas as transnacionais do cartel conseguiram que fossem abolidos os royalties sob o argumento de que “o risco é alto e o retorno baixo”. E elas, que conseguiram que o Congresso Nacional quebrasse o monopólio da União, irão certamente pressionar pelo fim dos royalties. É mais uma razão forte pelo fim dos leilões.
7) O País não precisa de novas descobertas, em curto e médio prazos, conforme dito no item 1. O que o país precisa é de ampliar o parque de refino, pois exportar petróleo bruto é ruim para o Brasil e para a Petrobrás. Para o Brasil porque ele perde mais de 30% de impostos pela Lei Kandir, que isenta a exportação dos impostos: ICMS, PIS/COFINS e CIDE; para a Petrobrás porque ela deixa de ganhar mais de 50% com as venda de derivados, ao invés de petróleo bruto.
8) O campo de Libra foi perfurado pela Petrobrás e apresentou reservas estimadas em 15 bilhões de barris – o maior campo brasileiro e um dos maiores do mundo. A ANP, como sempre, contra os interesses nacionais, retirou-o da cessão onerosa e quer licitá-lo. Não tem sentido. Ela tem que seguir o artigo 12º da Lei 12351/10:
 “Art. 12.  O CNPE proporá ao Presidente da República os casos em que, visando à preservação do interesse nacional e ao atendimento dos demais objetivos da política energética, a Petrobras será contratada diretamente pela União para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção.


(Alguns dados retirados do Sindipetro)

terça-feira, 15 de outubro de 2013


A felicidade por traz do oficio de mestre.

Por Alacir Arruda

      Hoje é o dia do  professor, refletir sobre esse oficio de vital importância para a construção de uma sociedade mais justa, reconheço, não e fácil.. Optei por ser professor, alias, sempre digo aos meus alunos que não fui eu que escolhi a Educação, ela me escolheu... Eu tinha outras opções bem mais rentáveis, mas fazer o quê quando se é contaminado pelo vírus chamado “sala de aula”?. Lembro-me da minha primeira vez..Eu tinha 18 aninhos, nem era formado, mas fui substituir um professor de matemática amigo meu.. Era uma escola publica típica..50 alunos na sala, 5 querendo aprender e o restante, consumidos pelas desilusões da vida e da pobreza, não viam a hora de eu desaparecer de suas frente. Comecei com o tradicional: “boa noite”...três deles responderam, e um dos alunos que sentava no fundo emendou: “ so se for para você”! Percebi que não seria fácil. Informei a eles o motivo de estar ali e me apresentei..Quando comecei a contar a minha vida, percebi que, aos poucos, a atenção deles se voltavam para mim..Talvez por semelhança de vida.. vida, pobreza etc.. Uma das alunas me interrompeu. “você e novinho quer ser professor mesmo?” Disse a ela que não podia responder  aquela pergunta naquela momento, que a fizesse a mim depois dos 25 anos. Ela sorriu e disse: “duvido se escolherá isso para você”, e continuou: Ser professor não faz ninguém feliz não traz felicidade!...Então contei a ela essa passagem:
       Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: 
-Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade? Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro `NÃO´, daqueles bem redondos! - `Não, o meu marido não me faz feliz´! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima). `Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz´. E continuou:
       O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: O ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada, mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza. 
           Em suma, sou feliz como professor por mim mesmo, independente do que pensam, julgam..Acredito no que faço e acredito em mim...Assim como a esposa expressou  ao seu  marido como entedia a felicidade, eu me refiro à   educação..Amo educar, porque antes de tudo, amo aquilo que pratico..


Um abraço a todos os meus ex-professores que me forjaram no humanismo critico...




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

COTAS RACIAIS:  SOMOS TODOS IGUAIS, ...... POR DECRETO!

Por Alacir Arruda

         Estamos  na iminência do ENEM 2013 e uma pergunta ainda paira na cabeça dos postulantes  ao nível superior. “Tenho  direito a cotas?”.  O artigo quinto da Constituição  brasileira, que é causa “pétrea”, ou seja, ninguém pode mudá-lo, pois trata das garantias individuais e coletiva, logo no Caput insere: “Todos são iguais perante a  Lei independente de raça, sexo religião, opção sexual  etc..”.  Pergunto:  Por que foi preciso criar  a Lei de Quotas raciais então? Visto que a Carta Magna já garante isso em seus  dispositivos. Ora, que temos uma  demanda reprimida no mínimo de  300  anos com relação aos negros e índios, isso todos sabem,  mas resolver 500 anos de preconceitos com uma Lei,  é sintoma de quem quer  “empurrar a sujeira para debaixo do tapete”. Esse comportamento só reforça algo muito mais cruel ainda, qual seja: a incapacidade do Estado em  criar políticas publicas verdadeiramente inclusivas, que reconhecesse a  multiplicidade racial como algo que constitui  a essência do brasileiro.  
        Agora o estudante que irá prestar o ENEM se encontra numa contradição racial, uma vez que a grande maioria  não é  100 % negro, nem 100% branco muito menos 100% índio, na verdade ele é o resultado biológico das três raças* ( termo raça usado em seu conceito biológico*). Logo, posso me incluir na política  de cotas? Não a respostas  é não, uma vez que o MEC estabeleceu parâmetros para essa inclusão ( só não me perguntem baseados em quê). Ou seja,  o politica de cota não existe para incluir, ela inclui para excluir..
A idéia do estabelecimento de um sistema de quotas étnicas para o ingresso nas universidades como forma de combate à discriminação originou-se nos Estados Unidos. Quotas, de fato, faziam um certo sentido naquele país, com sua longa tradição de universidades brancas, que não admitiam negros e de todo um sistema educacional segregado que proibia a coexistência de negros e brancos nas mesmas escolas.  Convém lembrar que, nos Estados Unidos, os critérios de admissão para o ensino superior não são baseados exclusivamente em provas que avaliem a capacidade de desempenho escolar, mas incluem inúmeras outras considerações, variáveis de uma universidade para outra, as quais podem levar em conta o fato dos candidatos serem filhos de ex-alunos, ou dos pais terem feito doações financeiras para a instituição, ou terem talento para os esportes, ou serem homens ou mulheres ou ainda, inclusive, a  origem étnica dos postulantes. Este sistema permitiu, no passado, que negros fossem impedidos de ingressar nas universidades em virtude de sua condição racial e mulheres fossem excluídas em função do gênero, o que não acontece nos vestibulares brasileiros.  Neste contexto, as quotas podiam de fato ser defendidas, especialmente porquê o preconceito racial nos Estados Unidos é de tal forma agressivo que classifica como negros toda a parcela da população que possui algum ancestral africano, tornando a separação entre negros e brancos extremamente rígida.
A divisão da população em duas categorias fechadas e excludentes – brancos e negros - permeou o conjunto das instituições e serviços públicos norte-americanos. Classificações desse tipo estão na base de todas as formas mais violentas de racismo, especialmente quando são oficialmente e legalmente reconhecidas como critério para acesso a benefícios, serviços e posições sociais. O anti-semitismo oficial da Alemanha nazista, como o apartheid sul-africano, são exemplos muito claros disto, assim como a segregação racial que existiu no sistema educacional norte-americano. O artificialismo perverso destas classificações fica especialmente claro no caso da população mestiça, para as quais o problema da identificação racial ou étnica se torna particularmente espinhoso. Nos países de preconceito mais violento, a questão tendeu a ser resolvida com uma ampliação desmesurada dos excluídos, incluindo entre eles todos que possuíssem qualquer ascendente, mesmo que remoto, da minoria desprezada. Há uma perversão especial nesta forma de classificação, porque ela pressupõe um poder extraordinariamente “contaminador” da raça considerada inferior, a qual “corrompe”, por assim dizer, a contribuição genética dos brancos na descendência mestiça. No caso da África do Sul, a solução foi um pouco diferente: toda a população foi rigidamente classificada oficialmente nas categorias brancos, pretos, indianos e mestiços e rigidamente segregada social, sexual e espacialmente. O absurdo desta medida fica patente quando se verifica que ela dividiu membros de uma mesma família, irmãos inclusive, em categorias diferentes, impedindo que morassem na mesma casa, no mesmo bairro e freqüentassem as mesmas escolas.
Pode-se argumentar que estabelecer quotas para impedir o acesso de minorias a posições vantajosas na sociedade é condenável, mas o contrário (estabelecer quotas para forçar a inclusão) é desejável. Mas, mesmo que seja “para o bem”, as quotas possuem um pecado de origem que consiste justamente em estabelecer categorias artificiais que tomam como critério características raciais. Com isto se cria um precedente perigoso, pois se rompe com a base da luta mundial contra o racismo que consiste justamente em negar, com o apoio da ciência, a validade da utilização de critérios deste tipo. De fato, o racismo se apóia numa teoria que toda a ciência moderna tem demonstrado ser falsa: a de que existem diferenças genéticas na capacidade mental das diferentes “raças”, as quais, por isso mesmo, são insuperáveis e se perpetuam através das gerações. O próprio conceito de raça humana dificilmente é utilizado cientificamente, porque praticamente não existem geneticamente raças isoladas e uniformes. A raça é uma criação social discriminatória e não uma classificação científica. E é por isso que a Declaração dos Direitos Humanos consagra o princípio da igualdade de todos perante à lei. Sacrificar este princípio fundamental para resolver um problema muito específico, isto é, a ampliação do acesso dos negros ao ensino superior, constitui um risco demasiado grande e desproporcional aos benefícios que as quotas podem promover. É preciso encontrar outra solução, inclusive porque, no Brasil, a separação da população em duas categorias, negros e brancos, que as quotas oficializam, é particularmente artificial não só porque não possui qualquer base científica, mas também porque contraria a evidência gritante da imensa heterogeneidade racial da população brasileira. Contraria inclusive o próprio bom-senso dos brasileiros, para os quais, se meu pai é negro e minha mãe é branca ou vice-versa, eu não sou exatamente branca nem negra. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ENEM 2013

O  RESULTADO DO ENEM  SERA  A SINTESE DE UMA EDUCAÇÃO FRACASSADA..

Por Alacir Arruda
       
       Estamos há alguns dias daquilo que é considerado pelo Guinnes Book como a maior avaliação em larga escala do planeta..o ENEM 2013. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia as habilidades e competências dos alunos que estão terminando a educação básica. E aqui vai o meu prognóstico. “Será o maior fracasso já visto em termos de resultado”. E não culpo o aluno, esse é o bobo alegre da história. Culpo em partes o professorado, pela inércia de alguns e a falta de comprometimento de outros, sobretudo no que se refere a atualização. Mas a culpa maior é do nosso sistema educacional, um modelo ultrapassado, medieval e alienante.
     Quando o MEC estabeleceu parâmetros para que o ENEM, antes uma ferramenta de avaliação do ensino médio, fosse um requisito para ascensão ao ensino superior, sobretudo nas universidades publicas, o caos se instalou de vez na educação secundária. Escolas despreparadas, e aqui eu incluo as particulares, que hoje ensinam “tudo sobre absolutamente nada”. Quanto as publicas, com o devido respeito, não merecem comentários, visto que estão sucateadas há anos. O últimos ENEM apenas confirmam isso. Segundo dados do INEP, menos de 5% dos alunos de escolas publicas atingem notas acima de 750 pontos. Nas particulares esse numero é menos vexatório, porem não menos preocupante, 13% dos seus alunos atingem notas acima de 750 pontos. Muito pouco para tão caro investimento. E esse caos na educação pode ser analisado a partir de alguns elementos:
        O Currículo – O atual currículo adotado pelo ensino médio, atendendo aos famigerados e ultrapassados PCNs, não contemplam nem 10% das exigências do ENEM, em suma, o aluno caminha para o pólo sul, e o ENEM para o norte. As discrepâncias são brutais, chega ao ponto da escola de educação da Unicamp ter declarado que é um “crime” o que hoje as escolas praticam com os nossos adolescentes ávidos por entrarem em grandes universidades. Um teste realizado em SP é a prova cabal dessa disparidade. Pegaram o aluno que foi o primeiro colocado no vestibular mais difícil do Brasil , do ITA (instituto tecnológico da aeronáutica) e aplicaram um ENEM inédito nele em 2011.. Sua nota final 745 pontos, nota que não o colocava, na época, nem em pedagogia em algumas instituições boas de ensino. Ora, isso não é uma contradição? Como pode o melhor aluno do vestibular mais difícil do Brasil não conseguir nota para pedagogia na UFRJ?....Esse aluno refez essa prova, após três meses de aulas especificas voltadas para o ENEM, com professores que ministravam aulas no estilo Enem, resultado: 954 pontos em apenas três meses, nota que o colocava em medicina em qualquer universidade brasileira. É evidente que não podemos usar esse caso como referencia padrão, pois se trata de um aluno diferenciado, mas serve para provar que as escolas brasileiras, de forma geral, não preparam seus alunos para o ENEM e sim para vestibulares tradicionais, que não existem mais, e aqueles que ainda se mantém, tendem a acabar ate 2016. 
       A pergunta que eu não me calo de fazer: até quando as escolas vão esperar para mudar esse quadro melancólico? Tenho recebido pesadas críticas, algumas até maldosas, por ser um defensor da mudança do currículo do ensino médio e da capacitação de todos os professores que hoje compactuam com esse caos. Mas insisto, ou se muda a cabeça de quem hoje pratica educação nesse país, a começar pelo MEC, ou continuaremos a ver o fracasso ano a ano do ENEM quanto a resultados. Aqui segue uma critica aos alunos também.. Vocês que hoje estão em vias de completar a maioridade precisam se posicionar também. Sou professor há 17 anos e nunca gostei de aluno bonzinho, sempre preferi os mais agitados, esses sim, manifestam o que sentem, mesmo que por vezes de forma errada, mas se manifestam. Aluno “mosca morta” que aceita tudo, inclusive professores ruins, nunca mereceu minha preocupação. Já passou da hora de exigirem um ensino diferenciado, que os preparem para o ENEM. Enquanto se comportarem como “bons soldadinhos”, que pagam altas mensalidades, em dia, e nada exigindo de contrapartida, a nossa educação continuará mergulhada nesse limbo..Não aceito, não compactuo com isso....Por isso deixei escolas e cargos interessantes..Prefiro andar com a minha consciência tranqüila, a carregar a  culpa eterna de estar jogando imbecis no mercado de trabalho....

MESMO ASSIM..... BOA SORTE A TODOS.....

terça-feira, 8 de outubro de 2013



INFINITO ENQUANTO DURE...
-Dedicado aos amantes-
Por Alacir Arruda

Na visão de Schopenhauer, a felicidade não existe. O que existe são estratégias da natureza para que nos aproximemos do sexo oposto com um único objetivo:  “PROCRIAR”.   Mas o que dizer das razões do coração?  Do carinho que sentimos pelo outro?  O que dizer da saudade?
O INICIO.....
“Era inicio do ano e  mesmo o corredor lotado de pessoas  não foi obstáculo para que eu a  observasse encostada na parede com aquele rostinho angelical .... Ao passar por  você  e ser açoitado por um belo  sorriso,  introspectivo (como tudo em você), pensei:  “que moça interessante”.  Sempre achei que amor a primeira vista fosse  devaneios de poetas, ou coisa de desocupados....Maldita língua!... Pensar em você passou a ser uma constante, mesmo a contragosto...Mas o que fazer quando você e atingido por um sentimento incontrolável denominado “paixão”..??
Tive a coragem dos apaixonados,  aquela que é  totalmente irresponsável, e revelei a você o que sentia.... E você, como uma jovem freudiana que  se perde nos labirintos da mente,  não entendeu nada......Mas foi delicada...Disse que tinha alguém e que  respeitava meus sentimentos.......Senti o peso de uma tonelada nas minhas costas quando você saiu da minha sala.... As suas visitas se tornaram mais freqüentes e surgia ali o inicio daquilo que imaginei como uma grande amizade......Mas o destino quis mais....E sem planejar absolutamente nada...de repente estávamos juntos.....
JUNHO ....INESQUECIVEL.....
Vivíamos irresponsavelmente felizes, nada nos assustava. Você me mostrou as angústias de  uma jovem e eu lhe mostrei “literalmente” o que é o mundo...O mês de junho foi inesquecível...ali se concretizou aquilo que os poetas  denominam de "maturidade amorosa".... Você conheceu sensações e  lugares nunca antes vistos e a  relação caminhava para uma forte sedimentação....
MAS VEIO O FIM.....
O  grande mal dos apaixonados e se esquecerem que o sol  queima se ficar muito tempo exposto a ele, que não importa o quanto você se  importe.., algumas pessoas simplesmente não se importam....Enfim.....as pessoas mudam!
E com o tempo, você  vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.  Percebe também que aquele alguém que  você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.  O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.  No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"

Assim como Vinicius um dia exclamou::

SONETO DA FIDELIDADE
Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.






sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A felicidade é provavelmente uma infelicidade que se suporta melhor....

Por Alacir Arruda

Sempre questionei  as pessoas que afirmam terem encontrado um caminho para a felicidade plena, como se essa felicidade fosse uma linha que poucos atingirão. Aliás sempre achei esse lance de felicidade um embuste do nosso Ego. Porém, quando toco nesse assunto, muita gente me olha com aquela cara, do que é que você está falando? Você está maluco?...Nossa sociedade é viciada em felicidade. Aprendemos desde cedo que nossas decisões na vida devem ser tomadas baseadas no potencial que as escolhas a nossa frente possuem de nos proporcionar uma vida feliz. Com quem vou me casar? Vou ter filhos? Que profissão vai me realizar mais? E por aí vai. A cada passo que damos, supostamente, devemos fazer a matemática da felicidade em nossa mente e analisar qual opção tem maior potencial. Ficamos furiosos quando depois de um tempo descobrimos que a escolha que fizemos não era a que trazia felicidade, mas sim a outra que abrimos mão. Tudo isso culpa da nossa moral  Judaico-cristã ocidental, diria Nietzsche.
Esse raciocínio está tão impregnado em nossas mentes que temos muita dificuldade em percebermos toda a sua armadilha e decepção. A reação natural quando toco nesse assunto é o questionamento contrário: então se não vamos procurar a felicidade, vamos fazer o que? Procurar a infelicidade? Aceitar uma vida que não queremos? Qual o propósito disso?
Esse raciocínio provém da noção de que se não buscarmos a felicidade na vida, então nada nos sobra. Bom, vamos pensar um pouquinho aqui com lógica, ok?!
O que é realmente essa tal de felicidade? Não de uma forma concreta, mas o que as pessoas estão buscando quando elas medem alternativas tentando descobrir qual delas as fará felizes?
Conforto, ausência de problemas e desafios, alegria, tranqüilidade, paz… Humm… parece ótimo, não? Do ponto de vista social, o final feliz é esse, não é mesmo? Mas você já parou para pensar que não há final algum? Não há final feliz, nem triste, não há final até que sua própria vida acabe! Nossa vida não é um filme que acaba depois que alcançamos nossos objetivos. Então porque tanta gente persegue “sonhos” como se esses carregassem seus finais felizes?
Mas vamos um pouco mais fundo… que vidinha mais medíocre essa feliz, hein? Nenhum problema, nenhum desafio, só alegria, só conforto, só paz, só tranqüilidade… O quanto demoraria para você se sentir infeliz com toda essa felicidade?!
Mas  Alacir,  você está dizendo então  que deveríamos ser infelizes?
É aí que muita gente não entende exatamente do que é que estou falando… 
Felicidade ou infelicidade são percepções do ego, inclusive, já falei sobre isso em artigos anteriores, mas percebi pelos comentários que muita gente não entendeu direito o que eu estava falando…
Nosso lado egoísta, aquele que tem vontade, que quer as coisas, é que quer ser feliz. Nosso ego não gosta de nada que atrapalhe seu prazer. Se dependesse do nosso ego, ficaríamos em casa o dia inteiro sentados na frente da TV, comendo pipoca e pizza e só levantaríamos para fazer coisas que também são prazerosas. Jamais aceitaríamos qualquer situação que nos proporcionasse qualquer tipo de desconforto… a não ser que visualizássemos um benefício futuro resultante do sacrifício de abrir mão do próprio prazer.
Como a maioria das pessoas não pode se dar ao luxo de só fazer o que quer de acordo com suas próprias vontades, elas desgostosamente fazem os sacrifícios que a vida lhes impõe, mas seu “sonho” é voltar à condição de prazer máximo. É por isso que buscam a felicidade com tanto ardor. O que elas querem na verdade é eliminar todas as atividades que a vida lhes impõe para que elas possam então desfrutar de tudo de bom que a vida tem a oferecer.
Muitas pessoas erroneamente interpretam a filosofia carpe diem dessa forma. O motivo é que simplesmente não entendem o que poderia haver na vida além de se buscar a própria felicidade. Esse raciocínio, como eu mencionei, é resultado de uma vida inteira tendo essa idéia martelada na cabeça, assistindo filmes de Hollywood que mostram exatamente esse conceito – o filme sempre acaba quando o herói finalmente conquista seus objetivos e então supõe-se que depois do final da estória, ele viveu feliz para sempre.
A minha percepção sobre esse assunto é altamente influenciada pelas diversas teorias orientais que abominam o ego e suas vontades e também pela ocidental
Esse meu background me leva a crer que não viemos a esse mundo para curtir a vida e sermos felizes, mas sim para evoluir e ajudarmos uns aos outros. Dentro dessa perspectiva, a felicidade parece ser uma grande perda de tempo, um poço sem fundo de mediocridade.
Acredito que temos uma programação de vida, uma missão (ou várias!) e que a realização desse propósito não envolve conforto, alegria ou tranqüilidade. Quem sente essas emoções é o ego, justamente a parte de nós que não está a fim de cumprir missão alguma, está a fim de ficar quieto, sem ser perturbado ou melhor, só curtir a vida no maior conforto. O ego não gosta de nada difícil, evidentemente! “Difícil” envolve desconforto, desafios e muitas vezes sacrifício sem benefício do final das contas. O ego não quer saber desse tipo de coisa, o ego só topa o sacrifício se ele estiver de olho no benefício que vai usufruir quando terminar.
O próprio conceito de evolução carrega inerente consigo uma interpretação de benefício, porém, muitos de nós, na condição de seres humanos sem visão de conjunto alguma, não conseguimos ver os benefícios reais. Nosso ego, por sua vez, não topa desafio algum se não for para ganhar nada em troca de todo o sacrifício. É por isso que muita gente simplesmente não entende porque precisamos abrir mão da felicidade. Nossa sociedade está tão impregnada com a idéia de que se não há benefício, não vale à pena, que muita gente não consegue deixar cair a ficha.
Não é uma questão de ser infeliz, não é isso que estou defendendo! A minha posição é que se preocupar com felicidade ou infelicidade é uma atividade puramente egóica. O que defendo é não se importar com felicidade ou com infelicidade, simplesmente fazer o que tem que ser feito e ponto final. É difícil? Ok. Vou ter que fazer sacrifícios sem benefício algum? Ok. Viver seu propósito de vida requer esse tipo de postura.
Não acredito que a felicidade seja o propósito de ninguém! Se fosse pra ser fácil, você não estaria nesse mundo! Você já pensou nisso?
O negócio então é aceitar a dificuldade sem reclamar, sem ficar dizendo com aquela voz chorona “mas não é fácil!”… (por que deveria ser?)
Ao aceitar o que vier, encarar as dificuldades, vencer os desafios sem fugir deles, sem ficar tentando eliminá-los porque você quer ser feliz, porque você quer sombra e água fresca, ao ter essa postura, você encontra sua força interior. É só a partir daí que você pode realmente viver seu propósito de vida!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Brazil (s) Realmente Estragou Tudo??..
Por;  Alacir Arruda
         Reprodução da Revista The Economist

    Em matéria exibida há uma semana, a revista inglesa de maior credibilidade no meio econômico (The Economist), lançou um sinal de alerta quanto a economia brasileira. Em capa  de 2009, ela dizia que o Brasil estava pronto para decolar, que era a bola da vez, que os investimentos externos no país seguiam de vento em popa, enfim, pregava o melhor dos mundos para nós. Ela utilizou,  para ilustrar o crescimento no Brasil da época , o Cristo Redentor decolando.   
     Há 8 dias,  a mesma  revista, usando o mesmo   Lay Out de  2009,  ilustrou o  Cristo em direção ao abismo.. É evidente que o mundo não passa por um bom momento no campo econômico. Quando Marx, (Karl Marx)  no século XIX , alertou quanto as crises cíclicas do capitalismo ele já antevia situações como essa, dizia ele:  “ O capitalismo é um regime cíclico, vive de momentos de ganhos  e perdas” . A crise da superprodução de 1929, que causou a quebra da Bolsa de New York, hoje foi  substituída pelo endividamento  monstruoso das economias européias que acaba refletido nos mercados de todo o globo, esse é  preço da globalização.  
      A Revista não erra ao preocupar com a nossa economia, mas exagera quando alimenta a tese que o Brazil caminha para o caos econômico, inclusive, usando a Argentina como exemplo. Ora, nem mesmo o mais ignorante dos economistas acredita que o Brasil esta no mesmo nível que a nossa vizinha. A economia Argentina vive uma crise de credibilidade há anos, um governo centralizador de Cristina Kristhner, opressor, que persegue a imprensa etc.. Estamos longe disso.
    A matéria da Revista inglesa contrasta dois momentos bastantes discrepantes da economia brasileira. Primeiro, quando sinalizava um futuro bastante promissor ao registrar crescimento de 7,5% em 2010, o melhor desempenho em um quarto de século. Para aumentar a magia, o Brasil foi premiado tanto com a Copa do Mundo (2014) quanto com as Olimpíadas (2016), diz a matéria.
      De 2010 para cá, porém, o que se viu foi um tranco. Em 2012, a economia cresceu 0,9%, bem abaixo do que foi visto em 2010. Além disso, em junho de 2013 milhares de pessoas foram às ruas para protestar do alto custo de vida, da má qualidade dos serviços públicos e da corrupção.
Segundo a matéria, muitos já perderam a esperança de que o país decolou e que o crescimento passado foi apenas outro "voo de galinha" --expressão usada para designar surtos econômicos de curta duração.
    Ainda segundo a reportagem, o Brasil fez poucas reformas durante os anos de boom econômico. Diz que o setor público brasileiro impõe um fardo particularmente pesado no setor privado.
A "Economist" ressalta que as empresas enfrentam o sistema tributário mais pesado do mundo, com impostos que chegam a 58% sobre a folha de pagamento e que o governo tem suas prioridades de gastos incoerentes.
INFRAESTRUTURA
    Quanto à infraestrutura nacional, diz que é ruim e o investimento, muito pequeno. "Gasta-se 1,5% do PIB em infraestrutura, contra uma média global de 3,8%", afirma a reportagem.
Para a revista, os problemas do Brasil vêm se acumulando ao longo das gerações, e a presidente Dilma tem sido relutante ou incapaz de enfrentá-los, o que criou novos problemas justamente por interferir na economia --mais do que o ex-presidente Lula.
"Ela assustou investidores estrangeiro em projetos de infraestrutura", avalia.
"DILMA FERNÁNDEZ"
     Para o Brasil se recuperar, precisa de reforma, diz a revista, sobretudo no que diz respeito aos impostos. Destaca ainda que os impostos representam 36% do PIB, a maior proporção entre os emergentes, mas ao lado da Argentina.
  Nesse contexto, a matéria ironiza ao chamar a presidente de "Dilma Fernández", fazendo uma referência à presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner.
Também criticou o setor previdenciário brasileiro. Embora seja um país jovem, o Brasil gasta uma grande parcela da sua renda nacional com aposentadorias e pensões.
"O governo precisa remodelar o gasto público, especialmente pensões", afirma