O Brazil (s) Realmente Estragou Tudo??..
Por; Alacir Arruda
Reprodução da Revista The Economist
Em matéria
exibida há uma semana, a revista inglesa de maior credibilidade no meio econômico
(The Economist), lançou um sinal de alerta quanto a economia brasileira. Em
capa de 2009, ela dizia
que o Brasil estava pronto para decolar, que era a bola da vez, que os investimentos
externos no país seguiam de vento em popa, enfim, pregava o melhor dos mundos
para nós. Ela utilizou, para ilustrar o
crescimento no Brasil da época , o Cristo Redentor decolando.
Há 8 dias,
a mesma
revista, usando o mesmo Lay Out de 2009, ilustrou o Cristo em direção ao abismo.. É evidente que o
mundo não passa por um bom momento no campo econômico. Quando Marx, (Karl Marx)
no século XIX , alertou quanto as crises
cíclicas do capitalismo ele já antevia situações como essa, dizia ele: “ O
capitalismo é um regime cíclico, vive de momentos de ganhos e perdas” . A crise da superprodução de
1929, que causou a quebra da Bolsa de New York, hoje foi substituída pelo endividamento monstruoso das economias européias que acaba refletido
nos mercados de todo o globo, esse é preço
da globalização.
A Revista não erra ao preocupar com a nossa economia, mas
exagera quando alimenta a tese que o Brazil caminha para o caos econômico,
inclusive, usando a Argentina como exemplo. Ora, nem mesmo o mais ignorante dos
economistas acredita que o Brasil esta no mesmo nível que a nossa vizinha. A
economia Argentina vive uma crise de credibilidade há anos, um governo centralizador
de Cristina Kristhner, opressor, que persegue a imprensa etc.. Estamos longe
disso.
A matéria
da Revista inglesa contrasta dois momentos bastantes discrepantes da economia
brasileira. Primeiro, quando sinalizava um futuro bastante promissor ao
registrar crescimento de 7,5% em 2010, o melhor desempenho em um quarto de
século. Para aumentar a magia, o Brasil foi premiado tanto com a Copa do Mundo
(2014) quanto com as Olimpíadas (2016), diz a matéria.
De 2010 para cá, porém, o que se viu foi um tranco. Em 2012,
a economia cresceu 0,9%, bem abaixo do que foi visto em 2010. Além disso, em
junho de 2013 milhares de pessoas foram às ruas para protestar do alto custo de
vida, da má qualidade dos serviços públicos e da corrupção.
Segundo a matéria, muitos já perderam a esperança de que o
país decolou e que o crescimento passado foi apenas outro "voo de
galinha" --expressão usada para designar surtos econômicos de curta
duração.
Ainda segundo a reportagem, o Brasil fez poucas reformas
durante os anos de boom econômico. Diz que o setor público brasileiro impõe um
fardo particularmente pesado no setor privado.
A "Economist" ressalta que as empresas enfrentam o
sistema tributário mais pesado do mundo, com impostos que chegam a 58% sobre a
folha de pagamento e que o governo tem suas prioridades de gastos incoerentes.
INFRAESTRUTURA
Quanto à
infraestrutura nacional, diz que é ruim e o investimento, muito pequeno.
"Gasta-se 1,5% do PIB em infraestrutura, contra uma média global de
3,8%", afirma a reportagem.
Para a revista, os problemas do Brasil vêm se acumulando ao
longo das gerações, e a presidente Dilma tem sido relutante ou incapaz de enfrentá-los,
o que criou novos problemas justamente por interferir na economia --mais do que
o ex-presidente Lula.
"Ela assustou investidores estrangeiro em projetos de
infraestrutura", avalia.
"DILMA FERNÁNDEZ"
Para o Brasil se recuperar, precisa de reforma, diz a
revista, sobretudo no que diz respeito aos impostos. Destaca ainda que os impostos representam 36% do PIB, a
maior proporção entre os emergentes, mas ao lado da Argentina.
Nesse contexto, a matéria ironiza ao chamar a presidente de
"Dilma Fernández", fazendo uma referência à presidente da Argentina
Cristina Fernández de Kirchner.
Também criticou o setor previdenciário brasileiro. Embora
seja um país jovem, o Brasil gasta uma grande parcela da sua renda nacional com
aposentadorias e pensões.
"O governo precisa remodelar o gasto público,
especialmente pensões", afirma
SE O CAPITALISMO É BOM POR QUE A ÁFRICA É POBRE?
ResponderExcluirE sem duvida um bom questionamento....Essa pergunta daria uns dez artigos..Mas em síntese, a pobreza do continente africano é, diametralmente, oposta a riqueza dos países centrais...Para estudiosos do capitalismo moderno; esse modelo para funcionar necessita de periferias para subsistir, e a Africa e a maior delas..Logo, podemos deduzir que não e o africano que é pobre, é o capitalismo que é excludente...
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