quarta-feira, 9 de julho de 2014

para reflexão

A arte que é Viver!
Por Alacir Arruda 

“Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer   amanhã”     (Mahatma Ghandi)                                                                                                                                                                     
Eu tive um professor francês de  filosofia na universidade, ao qual eu me inspirei,  que sempre nos dizia: “ caros acadêmicos a vida não tem o menor sentido”....Na verdade eu creio que no fundo ele queria nos dizer: Tudo na vida tem um sentido. Tudo faz parte de um grande esquema projetado para a utilidade das coisas, e sua perfeição. O acaso não existe. Por mais que tudo pareça perdido, e a vida não passe de um caos sem data de validade, hoje compreendo, que as mínimas coisas, sendo ruins ou boas, são perfeitas e estão encaixadas em um processo de evolução longo e contínuo.

Não deixo de questionar as coisas erradas. Isso também faz parte desse processo. As críticas fazem as respostas. Perguntamos tudo, e temos algumas soluções. Mas o que move o mundo, não são as respostas, mas sim, as perguntas.  Houve um tempo em que eu  reclamava da vida,  me queixava das coisas que me rodeavam e não me faziam sentir bem. Da família, da escola, do tempo, da VIDA! 
Hoje sei, que tudo tem um sentido maior. E consigo lhe dar bem melhor com as intempéries da minha existência.

Só o fato de saber que tudo que acontece só irá fazer bem a mim, me dá uma segurança imprescindível. Estou aprendendo a ter paciência; uma paciência que nunca tive, devido à minha ânsia pelo imediatismo. 
Leio mais, busco conhecimento, busco esclarecimento, e inteligência. Estou aprendendo a não mais esperar dos outros o que eles não podem me dar. Gasto esse tempo, pensando, observando as situações, as pessoas, a natureza, o som das coisas. 
Na minha casa, existe um pé de rosa branca. De vez em quando vou até ele e sinto a textura da flor; suas pétalas, seu aroma, sua beleza e simplicidade. 

Todos os dias, tento prestar a atenção no som dos passarinhos que pousam nas árvores do meu quintal. Mesmo com o barulho de dentro de casa; vozes conversando e gritando, a tv, o rádio ligado à toa; nada me atrapalha quando me concentro em contemplar as coisas que dou atenção. Nada é tão ruim, que não possa ser resolvido. Tudo depende do seu olhar para as coisas. O seu modo de ver a vida e suas façanhas diárias. 

O tempo que gastamos nos queixando das coisas, seria muito útil, para fazermos algo que ajude. Desde uma ação modificadora, até uma simples mudança de pensamento à cerca do assunto. [...] 

Vamos deixar “ a vida nos levar”, fazer as coisas ficarem o mais simples possível. Remar para o norte, olhar o horizonte, sem pensar em olhar para trás.

Não faça mal a ninguém, ajude quem puder isso faz bem para a alma, mas não espere recompensas, pois viver também é se decepcionar com as pessoas. No mais...O resto é resto. 

O tempo é o dono da verdade, e ele nos dirá o rumo que devemos tomar 

E quando alguém la na frente lhe perguntar: o que fez da sua vida? diga apenas..Eu vivi! 


2 comentários:

  1. Ki lindo texto professor..parabéns...após a eliminação do Brasil nada como voltar a vida real lendo algo tão otimista..Bjs Michele (UFRJ)

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  2. Alacir me lembrei do curso de existencialismo que vc nos deu onde a expressão: "o acaso não existe" me marcou muito. Lembro que você disse que: Para os filósofos existencialistas, a existência humana é entendida como algo demasiado fluído e rico e, por isso, escapa a todas as sistematizações abstratas. Assim, para estes autores, acima de tudo a vida é para ser vivida. Faz parte inerente da existência humana o devir, a inquietação, o desespero e a angústia. A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de determinismo ou fatalismo. Marcia

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