ENQUANTO OS CÃES LADRAM, A CARAVANA PASSA.
Infâmia, calúnia, perfídia e difamação: quem nunca sofreu com isso? O incomparável escritor gaúcho Mario Quintana ironizava: “Sorri com tranquilidade quando alguém te calunia. Quem sabe o que não seria Se ele dissesse a verdade.” Já o norte americano Mark Twain, um dos maiores escritores da língua inglesa, era categórico com os seus difamadores: “Primeiro, informe-se dos fatos; depois, pode distorcê-los quanto quiser.”
A literatura mundial é farta de contos onde Calúnia, Injuria e a Difamação são as grandes protagonistas. Me vem a mente agora, um livro que li, ainda na adolescência, " Otelo" do maior escritor da língua inglesa, Willian Shakespeare. Apesar de escrito há um tempo, achei que valia a pena complementar essa reflexão com mais um tantinho dessa grandiosa obra. Sem mais delongas, aí vai.
Otelo é uma das mais conhecidas tragédias de William Shakespeare cujo cerne é o ciúme, a insensatez e a perfídia. Um dos maiores e melhores exemplos de como a palavra pode se tornar manipuladora e desencadear uma série de consequências irremediáveis. Como diria Sardas, 'influência da palavra como criadora de fatos (...) usada para fomentar intrigas, para intrigar corações, para mudar a vida das pessoas, para mudar o rumo das coisas, para provocar rupturas, para criar adesões."
Iago, o invejoso alferes de Otelo, primeiro despertou a ira de Brabâncio, contando que sua filha, a boa e doce Desdêmona, fugira com o Mouro:
Irra, senhor! Irra! O senhor está roubado! Vista-se, por decência!, despedaçaram-lhe o coração, perdeu metade da sua alma; agora mesmo, neste instante, um velho carneiro negro está cobrindo a sua ovelha branca. Levante-se, erga-se! Acorde com o toque de rebate os cidadãos que ressonam descuidados, quando não o diabo fá-lo à avô. Erga-se: digo-lhe eu.
E quando Brabâncio, aturdido, pergunta-lhe que é, responde o intrigueiro:
Sou aquele que lhe vem anunciar que sua filha e o mouro estão agora perfazendo o animal de duas costas.
Não satisfeito, e ambicionado o posto do tenente Cássio, Iago, ainda com a força da palavra, instiga Rodrigo, que é apaixonado por Desdêmona, fazendo-o crer que a doce dama por aquele se apaixonara:
Põe o teu dedo assim e deixa que a tua alma seja instruída. Repara com que violência ela primeiro amou o Mouro, somente pela sua jactância e fantasiosas mentiras. Ama-lo-á ela ainda pelo seu palavreado? Não deixes que o pense o teu discreto coração. Os seus olhos precisam de alimento; e que deleite poderá ela ter em olhar para o diabo? - Quando o sangue está entorpecido pela ação dos deleites, deveria haver - para outra vez o inflamar e saciar -, um novo apetite - beleza que ajudasse, harmonia de idade, maneiras e encantos; tudo isto falta ao Mouro. À míngua destes requisitos essenciais, a sua delicada ternura se achará iludida, começará a sentir náuseas, a enjoar-se e a aborrecer o Mouro. A própria natureza a instruirá no assunto e a compelirá a uma segunda escolha. Agora, posto isto (e é uma suposição a mais fecunda e natural), quem está tão iminente nos degraus desta fortuna como Cássio? - um biltre extremamente volúvel -, com tanta capacidade quanta basta para se envolver nas formas polidas e decentes, com que melhor possa encobrir o seu obsceno e libertino afeto? Ninguém, com certeza ninguém, um sutil e insinuante patife, um farejador de ocasiões, que tem olhos capazes de publicar e simular quando mesmo tais fortunas nunca se deram; um endiabrado velhaco! Além disso, o patife é bonito, novo e tem todos os requisitos que a doidice e a imaginação inexperiente procuram. Um biltre completo, pestilento; e a mulher já está eivada.
E, numa clara demonstração de suas intenções , Iago planeja derramar peçonha no ouvido do Mouro, levando-o, envolvido com as palavras do alferes, a matar a bela Desdêmona.
Divindade do inferno!, quando os diabos sugerem os mais negros pecados, tentam-nos primeiro com aparências celestiais, como eu faço agora; porque enquanto este honesto imbecil pede a Desdêmona que repare a sua fortuna, e ela intercede por ele junto do Mouro, eu derramarei esta peçonha no seu ouvido: - Que ela o protege por motivo da luxúria do seu corpo; - e quanto mais ela tratar de fazer bem, mais destruirá o próprio crédito no conceito do Mouro. Assim transformarei a sua virtude em pez; e a sua própria bondade farei a rede que os colherá a todos.
Bom, há milhares de Iagos espalhados por aí. Homens e mulheres escondidos atrás de máscaras ridículas de vítimas iverossímeis que demoram a cair. Estragam as relações das pessoas porque elas mesmas não sabem se relacionar com os outros. Mentem, manipulam, traem, gerenciam intrigas e calúnias das mais variadas formas, plantam rumores e fofocas e invejam o que não possuem e quando não possuem ou se lhes escapa das mãos, não medem esforços na maldade para reconquistar o 'prêmio'. E enganam a todos, sem remorso, nunca tomando a culpa para si, são sempre vítimas das intrigas e calúnias que elas mesmos criaram. Não há limites para a maldade. Ai de quem se põe diante de seu caminho!
Me permitindo dar um "pitaco", penso que tudo isso decorre de algo mais perverso, a inveja, pois ela se reveste de muitas facetas: críticas, ofensas, dominação, rejeição, difamação, agressão, rivalidade, vingança. Se as pessoas soubessem as consequências que uma difamação, uma ofensa, uma injuria , causa , não sairiam apontando dedos a ninguém. Não seriam cruéis com as outras, não falariam do que não sabem, nem tocariam em feridas que ja foram abertas pela vida. O preço é alto , e a carga é pesada pra quem não se da conta do amanhã que virá. As voltas que o mundo dá , são ligeiras, e o coração da gente nos engana nas certezas que a gente insiste em acreditar ... Sementes que plantamos florescem em qualquer lugar.... e quando tivermos fome , é delas que vamos nos alimentar...
Caí de paraquedas, infelizmente, mas não há de ser nada. Eu sobrevivo. Tenho bons ombros pra carregar o peso do fardo. Há de ser só mais um teste do 'Cara lá de cima' pra ver se eu aguento o tranco. Que ano de provações. O que passou e o que entrou. Alguma dúvida? Eu supero. Ah, se supero. Ego sum qui sum. Infeliz de quem plantou a intriga e fez-se de vítima. Jamais e grifo bem JAMAIS falo daquilo que não sei porque não quero que façam comigo o que não gostaria que fizessem. E busco os porquês e as provas para mim porque só a mim interessa. Não faço uso de mentiras. Sou Professor, com P maiúsculo, e busco fontes mais do que confiáveis para escrever meus artigos. Sempre. Em tudo o que faço na vida. Não confio no diz-que-me-disse.
Tenho que confessar que, neste caso específico que ocorreu comigo, somente busquei expor a verdade, mais ela assusta, e muitos se incomodam... Não, não faço intrigas porque cresci vendo em que poço de maldade é capaz de afundar o ser. E isso não quero pra mim JAMAIS!!! Sou transparente. Sou o que sou. Não preciso de estorinhas ou mirabolices para tornar-me mais interessante. Sou bem resolvido quanto a isso. Mais uma vez: ego sum qui sum. Sou o que sou. Sou porque busco ser. E nunca precisei atropelar ninguém para isto. Acredite você ou não. Mas isso, o tempo há de mostrar. Falem o quanto quiserem. Se incomodo, não sei. Esse ódio todo, felizmente, não me atinge. Como diria Shakespeare, é o veneno que você toma querendo que eu morra, que me alimenta.
Caí de paraquedas, infelizmente, mas não há de ser nada. Eu sobrevivo. Tenho bons ombros pra carregar o peso do fardo. Há de ser só mais um teste do 'Cara lá de cima' pra ver se eu aguento o tranco. Que ano de provações. O que passou e o que entrou. Alguma dúvida? Eu supero. Ah, se supero. Ego sum qui sum. Infeliz de quem plantou a intriga e fez-se de vítima. Jamais e grifo bem JAMAIS falo daquilo que não sei porque não quero que façam comigo o que não gostaria que fizessem. E busco os porquês e as provas para mim porque só a mim interessa. Não faço uso de mentiras. Sou Professor, com P maiúsculo, e busco fontes mais do que confiáveis para escrever meus artigos. Sempre. Em tudo o que faço na vida. Não confio no diz-que-me-disse.
Tenho que confessar que, neste caso específico que ocorreu comigo, somente busquei expor a verdade, mais ela assusta, e muitos se incomodam... Não, não faço intrigas porque cresci vendo em que poço de maldade é capaz de afundar o ser. E isso não quero pra mim JAMAIS!!! Sou transparente. Sou o que sou. Não preciso de estorinhas ou mirabolices para tornar-me mais interessante. Sou bem resolvido quanto a isso. Mais uma vez: ego sum qui sum. Sou o que sou. Sou porque busco ser. E nunca precisei atropelar ninguém para isto. Acredite você ou não. Mas isso, o tempo há de mostrar. Falem o quanto quiserem. Se incomodo, não sei. Esse ódio todo, felizmente, não me atinge. Como diria Shakespeare, é o veneno que você toma querendo que eu morra, que me alimenta.
-E lembre-se:
1. Nada do que disserem a seu respeito poderá diminuir o seu real valor. Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem que você permita.
2. O tempo é o maior aliado da verdade. Nenhuma mentira, calúnia ou difamação resiste à ação do tempo!
3. Sua melhor resposta é sua história de vida. Pratique a virtude, faça o bem. Nada poderá destruir esse patrimônio!
É O QUE POSSO DIZER!
Contato: agaextensao@gmail.com
Caro professor, você não precisa provar mais nada a ninguém,aqueles que lhe perseguem, nao o conhecem sao invejosos e ignorantes. Quem te conhece são seus alunos,esses sim,como eu, podemos falar de vc. Nao ligue para o ignorantes. VOCE E 10. cAMILA - Volta Redonda -RJ
ResponderExcluirOi Alacir. Fez bem desabafar. Quem te conhece são os teus aluno e também os leitores do seu blog. Todos te admiram. Um abraço
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