2017 UM ANO PARA ESQUECER..
Por Alacir Arruda
Tenho grande respeito por quem considerou, ou considera, o ano de 2017 um bom ano, afinal sempre defendo a tese de que gosto não se discute.se lamenta. Porém, entretanto, todavia, na minha modesta opinião é um ano para se esquecer e não lembrar, sequer, do aniversario...Ohh ano desgraçado...
Há diversos episódios em nosso passado que fazem o Brasil ocupar o seu lugar na história. Repetimos esse feito em 2017, com um fato sem paralelos que nos colocou sob os holofotes de todo o planeta: somos o palco do maior caso de corrupção e de pagamento de suborno na história mundial, protagonizados pelos seguintes atores: Odebrecht, Braskem, OAS, Andrade Gutierrez. Queiroz Galvão entre outras... Para um ano que está terminando, mas que parece mesmo é interminável, podemos nos considerar sobreviventes. Resistimos a um ciclo de revolução e subversão, agressivo e traumático, como se, a cada dia, um ente querido nos deixasse.
Por exemplo, tivemos a famosa "corridinha" do Loures que até não foi explicada, as relações nada republicanas do senador Aécio Neves com os irmãos Batistas, fora a confirmação de que Jucá, Renan, Moreira Franco, Padilha fazem parte de uma "quadrilha" capitaneada pelo sr. Presidente. Tivemos ainda outra confirmação: a de que Sergio Cabral é um bandido muito mais perigoso do que pensávamos um verdadeiro chefe de uma máfia que durante 20 anos saqueou e afundou o Rio de Janeiro na maior crise que já se viu nesse país, em tempo: Garotinho e sua esposa também fazem parte dessa corja.. Mas sem duvida aquilo que mais chocou os brasileiros foi o comportamento, um tanto quanto, " estranho' do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes tomando algumas decisões, no minimo, suspeitas, retirando de prisão alguns dos maiores criminosos do Brasil como: Garotinho, Barata, e a esposa do Cabral, aquela do anel de quase um milhão.....Aliás, corre a boca pequena que; Fernandinho Beira Mar, Nem da Rocinha e até Marcola do PCC querem que o Ministro revisem seus processos....Pode...?
Pulsa o sentimento em cada brasileiro de um luto eterno.
Eu gostaria de acreditar em iminentes chances de nosso renascimento como nação e cidadãos. Mas a verdade é que, nem mesmo para o mais persistente dos homens e dos militantes das causas justas, a proximidade de 2018 produz um grande alívio. 2018 será um ano de transição, de passagem, em que todos teremos de nos equilibrar sobre bases ainda frágeis e trepidantes, afinal é um ano de eleições, então saberemos o quanto o brasileiro gosta de sofrer..me recordo da famosa máxima de Adolf Hitler , que diante de milhares de militares ele "depenou" uma galinha viva que gritava de dor, após depená-la, ele a soltou e ofereceu a ela milho, ela, mesmo sofrendo de dor, foi correndo em suas mãos comer o milho. No final, frente a uma platéia chocada ele disse: "com o povo é mais ou menos assim,n quanto mais você os oprime, os humilha, mas eles correm em sua direção. Será que veremos isso no Brasil ano que vem...?
Creio que em 2018, do ponto de vista político, talvez possamos iniciar um processo de reflexão sobre o novo perfil de líderes que gostaríamos de ver nos representando. Continuaremos com nossas agruras econômicas, porém, com alguma possibilidade de amenizar essas questões. Teoricamente, alimentamos as oportunidades de destacar pessoas mais comprometidas com a ética e com segmentos sensíveis, como economia, educação, agricultura e saúde. Líderes que se comportem como batalhadores, defensores desses setores. Mas, a realidade é mais pragmática: 2017 não será - e sinto se irei frustrar as suas expectativas com essa afirmação - um ano de transformações.
Na saúde, as perspectivas mais parecem uma ilusão da memória que nos traz a sensação de que já estivemos nesse mesmo lugar antes. Só que não se trata de alucinação. A visão cada vez mais centrada na doença e menos na saúde irá perdurar no ano que se inicia, consagrando instituições públicas e lideranças setoriais alinhadas com esse pensamento que nos aprisiona. Exames que não foram realizados, marcação de cirurgias, pagamentos de consultas, entre outras discussões superficiais e infindáveis, terão distantes a conclusão que verdadeiramente nos importa: o diagnóstico mais consensual possível entre os players do setor, pensando, juntos, novos modelos de remuneração e uma solução mais estruturada para a saúde.
Enquanto não abandonarmos nossas verdades parciais e assumirmos um objetivo único, vagaremos como Alice em uma obra de Lewis Carroll: “se você não sabe para onde ir, qualquer lugar serve”.
Como podemos, então, enfrentar um ano de mais do mesmo, de espera prolongada e sonhos adiados?
Temos de manter a confiança na renovação democrática e republicana. Essa é a luta que escolhemos, a única possível. E um dos pilares de nossa democracia é o judiciário.
A caça às pessoas mal-intencionadas, corrompidas pela ideia de que o sucesso só acontece sobre o prejuízo do direto do outro, ajudará nosso País a estiar os seus pecados. Então, quando finalmente chegar 2018, poderemos, aí sim, acreditar na possibilidade de reconstrução de nossas ruínas.
Até lá, que tenhamos serenidade para recuperar nossas forças, curar nossas doenças, recobrar nossa capacidade de realização. E que tenhamos, também, um pouco de carinho por nossas vulnerabilidades. Porque, se já provamos que a dor é um meio implacável de evolução, também temos a chance de experimentar, por meio da fé, a posse antecipada daquilo que desejamos.
Desejo um Feliz...Natal e um 2017 cheio de paz e harmonia, junto aos seus aos mais de 120.000 leitores desse modesto blog, que busca, unicamente, alertar e denunciar as instituições que se corromperam num pais que naturalizou a coisa errada.Mesmo doente, me mantenho escrevendo...
"Hasta la vitoria siempre"
Querido Professor, só vc mesmo para escrever uma joia dessas. A cada dia que passa tenho mais orgulho de ter sido sua aluna pois sei que vc jamais fugiu de suas convicções. Professor, você, há anos, tem enfrentado o Estado corruto, a Policia corruta, aliás essa ultima vc viu ue fizeram com vc, alem do Judiciário sem medo. Vc pagou um prelo caríssimo por isso, perdeu sua saúde e sua carreira em função de um estrutura corrupta e leniente. Só tenho orgulho de ti. Bom 2018 e feliz natal. Verônica
ResponderExcluirConcordo..aliás PROFESSOR, cadê aqueles alunos que se deliciavam com suas aulas, pagavam "pau" pra você nos orredores das Universidades? Me lembro que após suas aulas você não conseguia andar com o grande numero de alunos que te seguiam? ENGRAÇADO, após o que aconteceu com vc eles sumiram. A pergunta que eu faço é simples: será que eles realmente entendiam você, ou eram apenas puxas sacos. Eu me mantenho sua fã ate a morte, vc foi o melhor que tive. Saudades eternas e Feliz e um 2018 com saúde, torço e rezo pela sua saúde, apesar de saber da gravidade. Stephanie- RJ
ExcluirFeliz Natal Alacir. Que em 2018 seja um ano melhor,concordo com vc, realmente 2017 nao foi um ano bom. Saudades
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