A
LIQUIDEZ DA VIDA MODERNA
Por Alacir
Arruda
Recentemente fui convidado para participar de uma mesa redonda onde o foco eram as pessoas viciadas em tecnologia. Como
sociólogo me interesso muito por este assunto, principalmente na mágica que
temos que fazer para driblar o ritmo louco da vida e encontrar as oportunidades
que temos para dar boas escapadas e aproveitar ao máximo cada dia.
Ouvi atento alguns relatos de pessoas
que não conseguem mais viver sem celular, FaceBook, Twitter WattApps etc...
Pessoas que passam mais do que 18 horas por dia conectadas. Eles estão ligados
ao mundo virtual, conectados aos vários amigos que têm nas redes sociais, sabem
de tudo e de todos ao mesmo tempo, são muito antenados e podem começar
manifestações em massa.
Mas essa geração está ficando doente acometida de uma doença chamada
“liquidez social” onde valores e relações tem a duração de uma clik. Tudo é
liquido na pós-modernidade de casamento a namoros de amizades a comida. O mundo
moderno só não tem espaço para a solidez.
Dois jovens foram analisados por
especialistas na área de psicologia para entender os problemas que o vício, em
qualquer coisa, pode trazer. Para ambos foram sugeridas
terapias ocupacionais, tratamentos para mostrar o quanto a internet faz bem
para a humanidade, mas que como tudo em demasia, pode fazer mal, muito mal. Em
determinado momento um dos especialistas disse uma frase intrigante: a
modernidade líquida em que vivemos traz uma fragilidade nos relacionamentos, o
amor líquido. Como é que é? Amor líquido, que história é esta?
Nessa celeuma que se tronou a vida moderna, as
pessoas estão priorizando
relacionamentos em redes sociais e estas relações se dão de forma muita rápida
e fácil. Elas podem, de igual forma, se desmanchar com uma velocidade ainda
maior. A sociedade está se acostumando a
relações de curto prazo, sem comprometimento. Na medida que a tecnologia avança e a modernidade muda o
mundo com uma velocidade cada vez maior, vamos também mudando a forma de encarar a
vida, as pessoas e os relacionamentos.
Já expressei minha opinião sobre
isso diversas vezes e não me envergonho em dizer que não quero estar nas redes
sociais (facebook, twiiter etc.) porque
não tenho tempo. O tempo que sobra da correria uso para o meu bem estar. Vou a
livrarias degustar um bom livro ao
cinema e mantenho, o celular desligado ou no silencioso durante todo esses momentos.
Amo manter uma rotina que é, sair com amigos
para tocarmos uma boa musica regada a
uma boa cerveja (com moderação) e muita conversa fiada. Me esbaldo dançando e
tocando o dia inteiro e, quando acompanhado, mantenho me grudado a moça, claro, para manter meu amor bem sólido.
De líquido, apenas um bom cabernet
sauvignon, essa liquidez sim, faz muito
bem.
Mais do que uma constatação este assunto é
um alerta, não só as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados,
mas, sobretudo a alma humana. Somos seres gregários, só vivemos em grupo e o
contato social é algo intrinsicamente ligado ao gênero humano. O Isolamento
Social, segundo Dukhein, leva ao suicídio e o virtual à indiferença. Sou do
tempo em que nada substituía a vida real - The Real World.
Hoje os relacionamentos estão igual mercadoria, experimentou não gostou, troca por outra (o). Falam coisas linda (tudo mentira), iludem, tiram a casquinha, depois somem, não estão nem ai com o outro, só querem satisfazer seu próprio desejos, os outros que se danem, já teve o que quis.
ResponderExcluirComo eu disse não te conheço, apenas pelo blog mesmo, mas vejo que já teve esses relacionamentos pela internet e sabe como é.
ExcluirAtualmente a lei é "praticar a lei do desapego", não se apegar a nada nem ninguém para não sofrer. Hoje as pessoas se sentem mais seguras se encontrando pela internet, afinal, se enjoar da outra, é só deletar, excluir, simples assim. Não se tem mais a responsabilidade de um relacionamento serio e duradouro.
ResponderExcluirJá tive a curiosidade de experimentar esses relacionamentos em “rede” (pela internet através de bate-papo)no entanto, foi decepcionante, mas tudo na vida é um aprendizado.
Anonima (o)Esqueça tudo o que aconteceu, vai ser feliz, vai.
ExcluirBom, eu não te conheço, mas espero q não faça isso com ninguém, ou se já fez ao menos peça desculpas.
ResponderExcluirA ironia as vezes pode expressar uma verdade.Mas, se fez ou não quem sou eu pra julgar, cada cabeça uma sentença.
ExcluirDizer que nunca fez isso com ninguém é muita hipocrisia. Me enoja o alcance da hipocrisia humana.
ExcluirA capacidade de enganar a si próprio e iludir os outras na mentira criada.
Também é uma grande hipocrisía dizer que vai "praticar o desapego", que vai "se afastar de tudo que lhe faz mal", que agora "está em outra fase", que não sei que lá, não sei que lá, do sapatinho branco que em todos cabe bem, para disfarçar dor de cotovelo ou falta de amor...
Quem dera se tivessemos realmente esse poder de largar um namorado quando estamos sofrendo de amor, quem dera se deixar de amar uma pessoa fosse questão de vontade, quem dera se pudessemos blindar nossos corações contra mágoas, decepções e coisas que nos machucam, quem dera se nossas fases tivessem controle remoto, para darmos um stop na hora mais cabível a nossas emoções, quem dera se todas as teorias acontecessem na pratica de fato, e, quem dera se muitos que tentam se fazer fortes fossem mais realistas e menos tolos.
"Posso não concordar um uma vírgula do que disse, mas juro que defendo até a morte o seu direito de dizê-las"..
ExcluirObrigado por estar sempre no Blog...
É um comportamento abominável mesmo, dignas de pessoas fracas.
ResponderExcluirQue bom, porque me admiraria muito, um prof. do seu gabarito, que disse que se envergonha disso tudo, fazendo isso, seria uma vergar pregar uma coisa e fazer outra. Mas se fez também, espero que não volte a repeti-lo
ResponderExcluirProfessor o que você acha desta frase do Einstein : " O dia em que a tecnologia sobrepor a humanidade , teremos uma geração de idiotas ". Concordo e muito com ele , pois a maioria das pessoas nos dias atuais , são alienadas , a TECNOLOGIA tirou o PENSAR do ser humano.
ResponderExcluirEssa frase é a realidade dos dias atuais. Hoje o único convívio que se tem é com a internet.Esses dias recebi um e-mail em que apareciam algumas pessoas reunidas em diversas situações do cotidiano. Ao invés de estarem conversando entre si, aproveitando o momento específico, elas estavam mexendo em seu celular. As pessoas estão ocupada demais com Facebook, twiiter, bate-papo, e esquecem de ler um bom livro, de apreciar uma boa peça de teatro, de ter um convívio social e real com outras pessoas, dialogar. Quantas vezes usamos a tecnologia para falarmos com alguém que está a milhares de quilômetros, e isso é muito bom, mas não abraçamos a quem está perto, não olhamos nos olhos, não damos um beijo, um abraço.Quando a máquina começa a dominar o homem, mal vai o mundo! As tecnologias são úteis, é claro que sim, mas tudo com moderação.
ExcluirNobre Leandro, sua presença me alegra aqui no Blog..Vc com sempre um provocador..Leandro, é bom analisarmos com calma tal declaração de Einstein pela seguinte razão. Em 1942 seu pupilo o físico americano de ascendência alemã Oppenheinn, que chefiava o projeto Manhattan que se destinava a utilizar tecnologia nuclear para fins militares, (a popular bomba atômica) convidou-o a participar do projeto, Einstein desistiu por uma simples questão...Ele discordava do uso dessa arma para fins militares, mas deu todas as coordenadas a Oppenheinn. Essa declaração que vc postou foi proferida na década de 50, anos após o fim da II Guerra, onde seu pupilo havia desenvolvido um armamento letal que matou 140 mil japoneses instantaneamente e mais 90 mil por consequências das sequelas..Então Einstein pouco tempo antes de morrer se tornou humanista, mas isso não o isenta de ter ajudado seu discípulo, ou seja, ele pode ser contra a tecnologia, mas ajudou a desenvolvê la....Com relação a analise que vc faz contextualizando com a nossa realidade eu concordo em gênero, numero e grau...
ExcluirObrigado...abs
Onde esta a provocação do Leandro?
ResponderExcluirFoi apenas um eufemismo...Quando falo em provocação necessariamente não me refiro ao espírito provocador strictu sensu, mas um comportamento inquieto...Você sim uma (um) provocador (a) nato...(a)
Excluirabs...anomino e obrigado por estar sempre por aqui..
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Eu provocador, não, apenas comentei o acontece (e acontece muito)nos nossos dias atuais.
ResponderExcluirSim..e nao disse nada ao contrario...
ExcluirHoje relacionamentos esta igual copinho descartável
ResponderExcluirusa, amassa e joga fora.
Se muito nos importamos com a felicidade, mais ainda nos importamos com a razão.
ExcluirMas, refletindo bem, parece uma insensatez preferir a razão à felicidade. Como se explica, pois, tal contradição? Como todas as outras. Aí há muito de que falar. Taís.