No Irã políticos corruptos
são condenados a pena de morte..
Por Alacir Arruda
Os meios de
comunicação divulgaram na ultima semana uma reportagem que trata das punições que sofrem os políticos
corruptos no Irã. Para quem não sabe, o
Irã é uma Teocracia Islâmica, ou seja, não há divisão entre a “sharia” (lei islâmica) e o Estado. Como e de conhecimento geral, as punições no
Islamismo são severas independente de quem cometeu o erro, seja homem, mulher,
criança e, sobretudo, os políticos.
Aos olhos ocidentais
isso choca, uma vez que um dos nossos orgulhos
é praticarmos uma democracia liberal em que as punições são estabelecidas
por um órgão supremo de justiça e a nossa constituição não permite a pena de
morte. Mas cultura à parte cabe aqui uma reflexão sobre essa classe que se reproduz
como uma epidemia em nosso país, o político corrupto. Alguns antropólogos entendem que a corrupção
chegou em nosso pais no momento de sua
ocupação pelos portugueses, visto que eles
não tinham qualquer comprometimento com a” terra brasilis” que não fosse explorá-la.
Outra corrente da Antropologia prefere dizer que a corrupção é algo ligado ao
Ego humano, a idéia primitiva de sobrevivência onde eu preciso acumular bens visto
que na sociedade, tal qual a natureza, sobrevive somente os mais fortes e
adaptados. Nesse contexto, quando mais bens eu tenho, mas chance de se manter
vivo terei.
Teorias à parte a única
certeza que temos, é o estrago que esse comportamento traz ao nosso país. 18%
da população brasileira é absolutamente analfabeta, quase 20 milhões vivem na
mais absoluta miséria, destes, 18 milhões recebem incentivos do Governo Federal
que mais parecem esmolas. Temos ainda o pior sistema publico de saúde do
mundo e a terceira pior educação do planeta.
Em contraponto, estima-se que são desviados dos cofres públicos todo ano
algo em torno de 600 bilhões de dólares segundo a consultoria JP Morgam (2011).
Isso seria suficiente para acabar com toda a pobreza do Brasil e ainda sobraria
uma boa quantia para que fosse
emprestado aos países mais pobres africanos. Mas ao contrario os únicos beneficiários
desse absurdo são os políticos que multiplicam seus patrimônios de forma
exponencial
Tenho certeza que
muitos, apesar de inconstitucional, defendem a pena de morte em nosso país,
sobretudo, para crimes Hediondos, mas tem ainda uma grande parcela da população
que manifesta o desejo que essa pena seja entendida aos políticos. A USP, através
do NEV-2009 ( Núcleo de Estudos da Violência)
fez a seguinte pergunta há 5 mil pessoas de 200 municípios brasileiros: “Qual punição merece quem desvia (rouba) dinheiro publico? 46% se revelaram a favor
da pena de morte. Cabe agora uma reflexão
por parte dos nossos homens públicos, pois a população já sabe muito bem como
eles deveriam ser tratados
Pena de morte é pouco!
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